
Dos bastões e das regras
NO OUTONO DE 2003, ESTAVA passeando no meio da noite pelo centro de Estocolmo, quando vi uma senhora que caminhava usando bastões de esqui. Minha primeira reação foi atribuir aquilo a alguma lesão que tivesse sofrido, mas notei que ela andava rápido, com movimentos ritmados, como se estivesse em plena neve - só que tudo que havia à nossa volta era o asfalto das ruas. A conclusão óbvia foi: “esta senhora é louca, como finge esquiar em uma cidade?”