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Artigo

  • Horizonte infinito

    O Globo em, em 25/01/2002

    Estamos vivendo os tempos da chamada "rodada do milênio", cuja maior característica é a eliminação de barreiras de toda sorte. No mundo da educação, complexo e fascinante, busca-se uma solução global, com a escola multicultural de que carecemos. O comércio eletrônico está na pauta de todas as negociações da Organização Mundial do Comércio, e por uma razão objetiva: representou um movimento de 300 bilhões de dólares na virada do século.

  • Variações sobre o capitalismo

    Desde quando se deflagrou a competição entre as ideologias - tomada esta palavra para indicar as teorias que procuram explicar o processo de desenvolvimento das idéias políticas e as atividades econômicas - o que desde logo impressiona é a mutação contínua delas, em contraste manifesta com a continuidade do capitalismo e da chamada ideologia capitalista.Não creio que o capitalismo tenha sido o mesmo, desde quando surgiu na Época Moderna, não sofrendo alterações através dos séculos, mas o que nele se mantém intocável é a sua estrutura como um fato, ou uma ordenação factual, ou seja, como um polo de referência dos seus demais componentes.

  • Machado e o realismo cético

    Tribuna da Imprensa em, em 09/01/2002

    Vive a literatura brasileira sob a inarredável presença de Machado de Assis, que nos empurra de um lado para outro, exige que o decifremos e analisemos, que o neguemos várias vezes antes de curvarmos a cabeça diante de sua força. Quem foi na realidade o Bruxo, de que maneira se apossou ele da inteligência e das emoções de um País? Conquistou um estilo que não se confunde com nenhum outro, compreendeu-nos como ninguém e até zombou de nós todos que vivemos neste vale de ciúmes.

  • Uma proposta modesta

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/08/2005

    Uma das poucas certezas sobre o jornalismo é a de que a ironia não funciona em texto para ser consumido por um público heterogêneo. Pede-se do autor uma definição imediata e concreta contra ou a favor de um assunto ou pessoa. Admira-se o panfletário que dá nome aos bois, nem sempre acertando com os bois e os nomes. Admira-se o humorista, que nem precisa acertar o boi e o nome, entre outras coisas, porque é um humorista.

  • Crise óbvia, desfecho novo?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 26/08/2005

    O cenário das CPIs montou-se, logo, nos trinques para o espetáculo das oposições, toda mídia escancarada frente ao patíbulo, tangidos os depoentes, seus advogados, seus habeas corpus preventivos. A violência das inquirições punha fim ao jejum de poder, e a forra à chegada do Brasil de fundo ao Planalto. Desataram-se as injúrias, os rangeres de dentes e a irascibilidade solta dos acusadores, sob o álibi da cólera cívica. Um espectador escandinavo, se não um membro do Tribunal de Haia, cobraria esse respeito mínimo a um depoente desprotegido das presunções normais da inocência, de que lhe guarnecem o Judiciário, e seu respeito às provas e à interlocução, deixada ainda no umbral da suspeita.

  • Aqui me tens de regresso

    O GLOBO em, em 13/01/2002

    Tenho um fã aqui no Leblon, sobre quem só sei que o apelido é Gugu e que freqüenta botecos na Rua Humberto de Campos, e que, toda vez que me vê, junta as mãos, curva-se para a frente numa atitude de veneração meio oriental e o mínimo que faz é me chamar repetidamente de “mestre”. Às vezes ele também me beija as mãos. Trata-se de um homem meio careca, aparentando, acho eu, 40 e poucos anos. Pois bem, estou eu na Bartolomeu Mitre, aqui pertinho de casa, esperando um táxi passar, quando Gugu surgiu não sei de onde e começou a mesma rotina, só que desta vez com abraços e me beijando fervorosamente as mãos. Eu já tinha acenado para um táxi, que parou, e consegui fazer um sinal para o motorista para que ele esperasse que Gugu acabasse seus ritos de saudação. E Gugu, num rompante entusiástico, disse que não queria atrapalhar, porque estava vendo o táxi à minha espera e me tacou um beijo na bochecha. Agradeci atabalhoadamente, entrei no táxi e contrariando, como sempre faço, o lema de Henry Ford III ( never explain, never apologize - nunca explique, nunca peça desculpas), dei uma explicação ao motorista.

  • A fábula do homem e seu garrafão

    Correio Braziliense em, em 07/01/2002

    Pelo interior do Brasil é comum a presença de um cara que é chamado de "propagandista". Aqui pelo estado do Rio, antes da camelotagem desenfreada, ele era chamado também de "camelô".

  • Bordolesa e a delação premiada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/08/2005

    Nos meus tempos de mocidade, a figura do delator era infame. Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou Tiradentes, era um maldito. Judas, que vendeu Cristo nas famosas trinta moedas, era um judas. Calabar, o que delatou os brasileiros, entregando-os aos holandeses, ou Lázaro de Melo, que fez a mesma coisa com Bequimão, eram insultos irreparáveis se aplicados a alguém.A coisa está mudando. Não é bem assim. Pode até ser um ato heróico e louvável. Os delatores, pelo bem público, redimem a lista dos anti-heróis e se incorporam a uma tábua de aliviados benfeitores.

  • Leopold Senghor, o poeta do socialismo africano

    Tribuna da Imprensa em em, em 02/01/2002

    A morte de Leopold Senghor foi um dos maiores desfalques sofridos pela humanidade em 2001. Perdemos, com seu desaparecimento, o poeta e o estadista, mas também o pensador que lutou para tornar compreendidos os fundamentos ontológicos do pensamento africano.Professor, parlamentar (representou o Senegal no Congresso francês), criador de um país, intérprete de um povo, defensor de um socialismo africano, isto é, um socialismo que respeitasse a realidade e a "situação da África", na linha do que ele chamou de "humanismo negro-africano", tinha Senghor consciência de que o primeiro desafio, a que os africanos precisavam responder em nosso tempo, era o do idioma.

  • Palocci, o ministro

    Diário do Comércio (São Paulo), em 26/08/2005

    Quem viveu no interior como eu vivi, até os vinte anos, sabe avaliar a personalidade do ministro Palocci. O ministro da Fazenda, médico de formação, é tipicamente o homem simples do interior, que conheci num passado remoto, de um cenário que em geral mudou pouco.

  • Vargas: perfil de um gaúcho

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/08/2005

    Ao se retirar da vida pública, deposto em 29 de outubro de 1949, Getúlio Vargas tornou-se um senador relapso, permanentemente licenciado. Usou da tribuna poucas vezes e, a rigor, só gostaria de tê-la usado uma vez: aquela em que prestou contas de seu governo, transcorrido em sua maior parte sob regime ditatorial. Cometeu uma violência contra a história: um ex-ditador que vai ao Congresso, um Congresso eleito democraticamente, e assume perante a história a responsabilidade de todos os seus atos.

  • Terrorismo e direitos humanos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 25/08/2005

    A onda terrorista não chegou ao Brasil, mas pode chegar quando menos esperarmos. Nas grandes aglomerações, nos estádios, ruas do centro de São Paulo e outros locais onde há inocentes para morrer pelas explosões dos loucos do Islã.

  • Fora todos!

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/08/2005

    Já lembrei aqui neste espaço, há tempos, a cena deliciosa de um dos melhores romances que li em toda a minha vida, "Fontamara", de Ignazio Silone, autor italiano patrulhado pelos comunistas, embora tenha sido, ele próprio, um comunista sincero, mas independente da linha ditada pelo "pápucha" Stalin e seus prepostos espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil.

  • A câmara mágica de Jean Manzon

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/08/2005

    Quando, em 1945, terminou a Segunda Grande Guerra, milhares de europeus, saturados das crises que viveram, deixaram seus países em busca de vida nova na América Latina. A Argentina recebeu muitos alemães, dentre eles antigos membros das SS e da Gestapo. Dentre os que escolheram o Brasil estava o francês Jean Manzon, um dos maiores fotógrafos do seu tempo, com enorme competência jornalística, adquirida, entre outros veículos, na revista Paris Match, de seu amigo Jean Prevost.

  • Palocci e a verdade premiada

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/08/2005

    A crise tem a sua retórica. Normalização, a sua linguagem. Na sucessão de choques e espetáculos cívicos das últimas semanas, a surpresa do pronunciamento do ministro Palocci, em pleno meio-dia de domingo, deu-nos o direito à credibilidade política. Suas frases descansadas contrastam com os excessos do denuncismo ou as manipulações do acordão, no empenho do Congresso de voltar ao controle do script, saído dos trilhos das CPIs, e suas apostas na desmemoria do país.