Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Pesquisar

Pesquisar

Foram encontrados 34351 itens para sua busca (exibindo de 32716 a 32730)

Artigo

  • Anedota incorreta

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/03/2005

    Politicamente incorreto, farei três coisas condenáveis pelos manuais de redações vigentes no país. Primeiro, contarei uma anedota que não é original e, mesmo que estivesse em primeira audição, neste nobre espaço não devia ser contada. Além disso, ridicularizarei um cidadão de outra nacionalidade, ainda por cima um cidadão lusitano, nosso irmão de sangue e língua.

  • Por que estamos longe?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/09/2004

    O Plano Nacional de Educação, em vigor, aprovado pelo Congresso Nacional, merece inúmeros reparos. Somos orientados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96), que exige uma ampla reformulação. A realidade nua e crua é cada vez mais perversa: escolas desprovidas de equipamentos, professores desrespeitados em sua dignidade profissional e salarial, alunos desnutridos e desinteressados - algo como se estivéssemos em pleno caos.

  • Rui e alceu: dois líderes culturais

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/09/2004

    Concentro-me, neste artigo, numa figura de que temos sentido falta, sem perspectiva de que venhamos a nomeá-la entre homens públicos, professores universitários, intelectuais em geral e demagogos da cultura, com trânsito na mídia e nas editoras. É o maître à penser, o líder de uma cultura e de uma civilização que domina, pelo prestígio e pela ascensão sobre a nação inteira ou uma fatia dela, como condutor dos destinos do país e que exerce o domínio com superioridade.

  • Condoleeza e a democracia hegemônica

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/03/2005

    O sucesso da primeira ida de Condoleeza Rice à Europa representa a perspectiva de a atual Secretária de Estado utilizar em profundidade todos os protocolos de uma nova abordagem ao impasse europeu frente à esmagadora reeleição do presidente americano. Não se discutirá o peso de 59 milhões de votos que credenciaram de vez o segundo termo republicano, com a marca próxima de um plebiscito na reiteração da política internacional da cruzada antiterrorista e da guerra preemptiva. Por certo que o governo Bush procurou na chegada à eleição definir uma frente interna de mudança, e o fez na forma mais candente de permitir a privatização dos seguros previdenciários, inclusive com a viabilidade de trazer esta poupança vital aos jogos da bolsa. Reage o país agora num primeiro impacto a esta dimensão múltipla e onívora do mercado, que fica como o esteio do republicanismo na vida econômica do país.

  • Cabo eleitoral

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/09/2004

    O erro deve ser meu, mas, sinceramente, não entendo a legislação eleitoral em vigor. Começa pela promoção da mentira e da hipocrisia, obrigando pessoas respeitáveis - ou que deveriam ser respeitáveis - a mentir descaradamente. E termina em episódios ridículos, como esse que envolveu o presidente da República, transformado em cabo eleitoral de uma candidata a prefeita.

  • As espatódeas em flor

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/03/2005

    15 de março de 1985 foi uma sexta-feira. Hoje, essa sexta-feira cai em 11 de março. Naquele ano, nesta data, ninguém ainda sabia nem poderia prever o que iria acontecer nos dias seguintes, talvez os mais tensos e mais dramáticos da história do Brasil.

  • Auspiciosa notícia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/09/2004

    Quem diria que um médico discreto, auto-transferido da medicina para a política, nos ia sair um administrador de pulso e de visão. Pois esse é o caso do sr. Geraldo Alckmin, que está fazendo, com extrema discrição, o governo bem conduzido e interessado em tudo quanto diga respeito ao povo. Não se ouve falar de trambiques no governo, como foi comum em passado distante e menos distante. O sr. Geraldo Alckmin aprendeu logo a arte de governar com decência.

  • O paraíso perdido de Euclides

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/03/2005

    Diga-se logo: o paraíso perdido é a Amazônia. Apesar de Alberto Rangel haver chamado a região de Inferno Verde, bastou que lá fosse Euclides da Cunha para descobrirmos que se tratava de um paraíso, embora perdido. Já há dúvidas hoje sobre qual haja sido maior: o Euclides da Cunha do Nordeste ou o Euclides da Amazônia. Não que seja necessária uma opção no caso. Mas é que a evidente importância do lado nordestino da obra euclidiana ofuscou por algum tempo as novidades de seus estudos amazônicos.

  • Tentativa inútil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/09/2004

    O presidente da República falou rindo, mas não brincou, quando disse a um de seus colegas, em recente reunião de presidentes, grande parte de cucarachas, que foi ao Gabão aprender como se fica 30 anos no poder, e se quiser ficará mais. O presidente Lula falou sério, primeiro por ter tomado o gosto do poder e, segundo, por lhe ter subido à cabeça a mudança do humilde ex-torneiro a chefe do governo da República Federativa do Brasil, uma nação emergente de 180 milhões de habitantes, mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, portanto uma das maiores do mundo. O presidente Lula quer ficar, não há dúvida.

  • Tomada de consciência

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/09/2004

    O senador Marco Maciel apresentou em junho deste ano um projeto de resolução que institui a Comissão Especial do Bicentenário da Independência do Brasil. Para um político escolado que nunca teve pressa e chegou a governador, presidente da Câmara dos Deputados, ministro e vice-presidente da República em dois mandatos, o projeto não pode ser encarado como uma precipitação.

  • Bush bis e o racha da vez

    Não se esperava viesse a candidatura Kerry morrer na praia, como a de Dukakis - quem se lembra dele? - o outro bostoniano que competiu com o primeiro Bush. Não se vai aceitar, é claro, este fracasso antecipado, mantendo-se uma última esperança nas arquibancadas de todas as periferias mundiais. Mas o inconformismo, por uma vez, com a prevista fatalidade de um Bush bis, é de um racha a prazo indefinido na opinião pública americana, sem arnicas ou sinapismos para curar a cisão de um país, refeito e convenientemente desmomoriado para os próximos quatro anos. Nem poderemos alimentar uma mudança dramática nessas últimas semanas. O desconforto inevitável é o do descolorido da reação de Kerry à queda de sua superioridade nítida de ainda dois meses. Não respondeu, à hora, a brutal demolição de imagem feita pelos adversários. Permitiu se cristalizasse o estereótipo de um candidato indeciso nas tarefas públicas, consoante seus antecedentes no Senado. Mas a opinião pública não concebe que um presidente não pode refletir sem parar para decidir quando puder.

  • Mártires da consciência ecológica

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/03/2005

    Dorothy Stang e o Cabo Dionísio Julio Silveira morreram na mira não de quem apertou o gatilho mas de um medo novo do país arcaico, frente à nossa nova, desarmada, inevitável consciência comunitária. O que desaparece cada vez mais é a velha noção da impunidade que derruba o Brasil arcaico. Leonardo, de 21 anos, paramentou-se para a execução do Cabo Júlio, roupa de camuflagem, a espingarda de seis tiros, em dois disparos a três metros da vítima. Requinte da exatidão, como do ato seguinte, de tirar o uniforme assassino e ir para a praça, no horror assumido, de livrar-se de um estorvo ao seu direito de caçar, e fazendo jus à liderança que buscava no seio do grupo. Rayban, na Amazônia, esparrama-se na assentada monstruosa, cinco balas após o estraçalhamento da cabeça de Dorothy, com a sua 38. Mortes avisadas, na proposição de um novo rito macabro, para valer. Difícil de se acreditar na ameaça, de saída, como se estivéssemos no campo das vendetas, ou do abate de desafetos, no crime de interesse pessoal que pára no algoz, e não pergunta do mando. Ou da motivação maior, ou da percepção difusa do que seja a ameaça que ferreteia o futuro assassino. Dorothy e o Cabo Julio abriram mão da segurança oferecida, por não acreditarem que o tiro se seguisse ao telefonema, a desoras.

  • Leituras e improvisos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/03/2005

    Se não bastassem as dúvidas que temos, sobretudo em tempos incertos como os de agora, dias desses encarei uma questão que nem sabia que era questão, nunca pensara nela e não podia acreditar que houvesse alguém neste mundo de Deus que se preocupasse com isso.

  • A derrota de São Paulo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/03/2005

    Se Ibrahim Nobre fosse vivo, provavelmente escreveria outra página, como " Minha terra, minha pobre terra ", mas por outro motivo que o de 1932; pelo colapso da Vasp.

  • A volta de Cavalcanti

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 08/03/2005

    Até que enfim aparece entre nós um livro que faz justiça ao brasileiro Alberto Cavalcanti. Tendo sido, como foi, um dos responsáveis pela criação da linguagem cinematográfica no mundo, raras vezes citamos, no Brasil, seu nome como tendo influído poderosamente naquela que antigamente chamávamos de "sétima arte".