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Artigo

  • A caminho da catedral

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/03/2004

    Olho para o lado: pelo que acabo de escutar no rádio, são aproximadamente 5.000 caminhões parados na fronteira entre a França e a Espanha, devido a uma violenta e inesperada tempestade de neve. Foi ótimo ter recebido o telefonema de uma amiga, Ruth de Aquino, que fizera este mesmo percurso no dia anterior: ela me avisava que devia evitar a todo custo aquilo que seria o caminho mais rápido para cruzar as montanhas dos Pirineus. Agora estou em uma pequena estrada lateral, que avança lentamente - mas que avança.

  • Começa a construção da diferença

    Jornal do Commercio (RJ), em 17/10/2003

    Porto Alegre vem de acolher a reunião-monstro, de marco internacional, para discutir o direito à água como franquia do cidadão, e não expectativa e paga de um consumidor compulsório. A ocasião, em debate aberto pela Ministra Marina Silva, permitiu a análise mais funda, de até onde nos damos conta de que o mundo da globalização começa por se apossar do nosso inconsciente coletivo, e se impõe como uma lógica do pensamento. Tomamos, como nossos, interesses dominantes do mundo, que se transformam num estado do espírito, depois em imagem e, a seguir, no fato consumado de um comportamento social.

  • Em defesa dos valores humanísticos

    O Estado de S. Paulo (São Paulo - SP) em, em 13/03/2004

    Foi pelo menos oportuna a publicação nesta página (28/2) de meu artigo sobre "o primado dos valores antropológicos", porque, à vista das duas cartas de leitores contrários às minhas idéias, ficamos sabendo em que se baseiam os partidários do "fundamentalismo ecológico" de alguns mentores de nosso Ministério Público ao impugnarem, a pretexto de salvaguarda do meio ambiente, obras públicas e privadas que visam atender a iniciativas de inegável interesse público.

  • A outra agenda da educação

    O ministro Tarso Genro supera, na sua pasta, a opção entre achar e fazer. O primeiro ano do Governo Lula mereceu do líder gaúcho uma das reflexões mais agudas do que fosse a saída do idealismo, para entregar-se à exigência da mudança. Deu-nos a busca do que fosse “uma esquerda em processo”, no avanço realista de um projeto de transformação social que demora, parece desgarrar-se mas não se rende. A ambição desses resultados, na área específica da educação, supõe, inclusive, a amplitude polêmica, como a entendeu Cristovam Buarque, como um ingrediente da tomada de consciência que já é parte mesmo de uma ação que persiga a verdadeira diferença no recado do Governo.

  • Como escrever com lupa e espingarda

    Folha de São Paulo (São Paulo) eJornal do Brasil (Rio de Janeiro) em, em 12/03/2004

    Muitas pessoas me perguntam quanto tempo se leva para escrever um artigo. Digo que depende. Primeiro, o tempo de procurar o tema que muitas vezes está à nossa frente, bem no nariz, e a gente não enxerga. Ele se esconde, e a procura é angustiante. Depois, há o tempo de falta mesmo de assunto, de vacas magras de fatos que esperam tratamento jornalístico. O cotidiano de jornal exige texto imediato. Sofrimento mesmo vive o cronista de cada dia, esse que tem de garimpar em pedra dura; e, se faz jornalismo de declaração, sem esta, tem que se socorrer da invenção e arriscar-se a suposições e versões.

  • Cofins, a estranguladora

    Diário do Comércio (São Paulo) em, em 12/03/2004

    Cito o poema de Carlos Drummond de Andrade. Mundo, vasto mundo, se eu não me chamasse Raymundo, seria uma rima mas não seria uma solução . Se consultarmos o manual de Valentim Magalhães sobre rimas, encontraremos todas as rimas em língua portuguesa de que necessitarmos, mas, uma vez usada essa jóia da poesia, podemos não ter a solução de que precisávamos e termos de procurar outra solução.

  • A noite, a moça e a fuga

    Folha de São Paulo (São Paulo) em, em 12/03/2004

    Pescava em cima de umas pedras que estavam dentro do lago. Olhou para trás e viu que a mulher o observava. O céu era cinzento, ameaçava chuva, a região deserta. Olharam-se nos olhos, a mulher falou qualquer coisa que o encorajasse - o que não foi preciso. Havia um atalho, penetraram no pequeno bosque de bambus - havia muitos ali. Amaram-se sem esforço.

  • O iate e a canoa

    Folha de São Paulo (São Paulo) em, em 11/03/2004

    Ainda bem que há gosto para tudo. Um milionário americano passou uns dias aqui no Rio, trazendo no bolso um iate que é maior do que um couraçado-de-bolso da 2ª Guerra Mundial. No bolso do milionário ainda sobraria espaço para iates tão colossais que poderiam comportar o Taj Mahal, a basílica de São Pedro, de Roma, e o Maracanã inteiro, com lotação esgotada.

  • Conselho empresarial

    Diário do Comércio (São Paulo) em, em 11/03/2004

    No jornal Valor Econômico, editado por nossos confrades da Folha e de O Globo, vem estampada uma notícia, segundo a qual, como fez saber o chanceler Celso Amorim, o Brasil, a África do Sul e a Índia decidiram estimular a aproximação entre os empresários dos três países para fomentar o acordo de cooperação política e econômica. Não poderia ser mais auspiciosa a notícia de procedência oficial, essa que vai fortalecer o comércio de países dele necessitados.

  • Conveniência do porão

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 10/03/2004

    Toda vez que estoura um escândalo, real ou não, os interessados se esforçam em desviar a atenção da sociedade, procurando saber quem e por que divulgou a tramóia, pondo o escândalo em plano secundário e até mesmo esquecido.

  • A Rolleyflex e o 31 de março

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro) em, em 10/03/2004

    Durante pelo menos duas décadas a máquina Rolleyflex foi a vedete das coberturas jornalísticas. Nos anos 60 e 70, quando as maiores revistas semanais do país eram a Manchete e O Cruzeiro, os fotógrafos empunhavam essa máquina, pesada e precisa, para as suas coberturas históricas. Forneciam as imagens necessárias para as grandes reportagens de David Nasser, Luiz Carlos Barreto, Jean Manzon, Joel Silveira, Murilo Mello Filho, Fernando Pinto etc. Foi com uma delas que Marcelo Escobar e José Avelino perderam a vida, na tentativa de cobrir as misteriosas ações de traficantes, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. O trem virou, havia muita gente, mas só morreram os dois jornalistas da Manchete. Estranha coincidência.

  • Euclides e a palavra

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro) em, em 09/03/2004

    Foi na palavra e com a palavra que o bicho homem saiu de sua normal animalidade para pensar e analisar o mundo que o circundava. Desde o começo da linguagem falada, a palavra entrou na memória e criou um signo específico para ajudar na preservação de coisas antigas. Na base de tudo estava ela, como ainda está. Quanto mais a quantidade real de palavras possamos ter armazenado, estaremos aprendendo a raciocinar e argumentar com mais clareza.

  • Assim não dá

    Jornal do Comeercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 15/10/2003

    Duas recentes declarações do presidente da República devem ser analisadas. Numa delas, confessou que nos noves meses de Governo mal conseguiu 1% do que pretendia. A humildade lhe faz bem, mas o pequeno percentual que ele se atribui não parece visível. E não é o cronista que constata a falta de visibilidade de seus feitos.

  • O nome do molho

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 09/03/2004

    Devemos aos intelectuais do PT uma louvável contribuição à semântica nacional. Antigamente, quando os governos trocavam favores em troca de adesão, eram indistintamente acusados de fisiológicos. Agora, a fisiologia mudou de nome, tornou-se governabilidade.

  • O tempo das fusões

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 09/03/2004

    Os jornais têm publicado páginas inteiras de publicidade sobre a fusão da Ambev, fusão da Antártica e da Brahma, com a grande cervejaria belga Interbrew, produtora de uma das cervejas mais vendidas no mundo inteiro, a Stella de Artois, que não há turista que a desconheça. Essa fusão é, tipicamente, uma operação gigantesca, no sentido exato da palavra, pois cria, com as três unidas, a maior cervejaria do mundo e, mais ainda, comandada do Brasil, que dispõe de quadros para essa obra complexa.