As pesquisas mostram que a campanha eleitoral vem se fazendo ainda à margem do que é o maior trunfo do governo. Ou seja, do enorme lastro político dos que ganham até um salário-mínimo e que, em 34%, não sabem quem é o candidato de Lula e dizem que votarão, sem discutir, nesse nome. O que estaria em causa é a baixa mobilização deste eleitorado, ainda nos primórdios da ida à televisão, e do massifIcar-se a informação eleitoral. Estes números indicam também o quanto a nítida sensação de melhoria do antigo Brasil dos "sem-nada" presume uma continuidade natural, em que a eleição se transforma quase num formalismo, mais do que no exercício de uma vontade concreta de mudar ou permanecer neste situacionismo. o Ibope é categórico no mostrar, neste potencial que ainda não se definiu, que só 10% iriam à oposição e 46% seguirão o nome que o presidente indicar.