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Artigos

 
  • Um dia do passado

    Dando de barato que o nosso mundo ainda terá milhões de séculos pela frente, sempre imaginei o trabalho dos futuros arqueólogos para procurar indícios de vida inteligente no passado da humanidade. Aluviões, calor ou frio terão destruído muitas coisas, principalmente as coisas do nosso tempo.

  • Repensar a Federação

    No debate sobre as relações entre Executivo e Legislativo brasileiros, o nosso federalismo assimétrico, com clara predominância da União sobre os estados, surge como um fator de desequilíbrio reconhecido por políticos e cientistas políticos.

  • A verdadeira faxina ética

    À medida que o tempo passa e novas denúncias vão surgindo, fica mais claro que a CPI do Cachoeira é uma grande oportunidade para fazer a verdadeira faxina ética que os acontecimentos estão a exigir da sociedade brasileira. Criada por interesses nem sempre os mais transparentes, essa CPI pode se transformar na nossa chance de zerar o jogo político e começar de novo, diante das evidências de que os tentáculos da quadrilha do bicheiro goiano há muito evoluíram para além de suas próprias fronteiras.

  • O pântano político

    Em tempos de CPI e às vésperas do julgamento do mensalão, o clima político em Brasília, como não poderia deixar de ser, é efervescente, e as posses dos ministros Ayres Britto, como presidente do Supremo Tribunal Federal, e Cármen Lúcia, a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral, serviram de pano de fundo para manifestações de cunho político nos discursos, mas, sobretudo, para conversas de bastidores.

  • Exílio e morte

    Desta vez, não faltam assuntos para comentar: mensalão, Cachoeira, sucessão na Prefeitura de São Paulo, atraso nas obras da Copa do Mundo -a lista é suculenta.

  • Participação social e democracia profunda

    Os 77% de apoio popular a Dilma não vêm de uma súbita onda de êxito. Nasceram, sim, da consolidação maior do que seja, hoje, no Planalto, o avanço das diretrizes e da maturação do governo petista, na convergência de seu aprofundamento democrático na sustentabilidade do desenvolvimento, e, sobretudo, do avanço da inclusão social no país. Começamos a atentar a alguns desses lastros profundos, quando da consolidação da presença da sociedade nas políticas públicas, expressa pela sigla emergente OSC (organização da sociedade civil), que mal entra, ainda, no linguajar político do país.

  • Uma questão pessoal

    Não é a primeira vez nem será a última que ministros do Supremo Tribunal Federal baterão boca em público, embora nunca seja dignificante para a mais alta instância do Poder Judiciário que seus membros se digladiem em público.

  • Isso não vai dar certo

    Acabo de ler que há suspeitas de que, nos Estados Unidos, existam alguns homens com mil filhos - ou muito mais, segundo os exaltados - de ambos os sexos e aproximadamente da mesma idade. Para mim foi uma grande surpresa, embora seja natural de Itaparica, ilha de mulheres famosamente ferazes e varões façanhudamente femeeiros, onde proles numerosas são a regra. E as exceções a ela são descendências legendárias, como a de um certo tio-avô meu cujo nome deixemos pra lá, que, diz o povo, fez mais de 20 em casa e, variando conforme o narrador, 70 e tantos na rua, entre teúdas, manteúdas, fugazes aventuras galantes, casadas inquietas, viúvas inconsoláveis, comadres traquinas, maus passos da mocidade e raparigas diversas. Falam até que ele nem era o recordista, havia vários outros que o superaram.

  • Aproximações

    À margem das negociações políticas formais que se desenvolvem no Congresso para montar acordos nas principais votações, como a do novo código florestal, ou até mesmo para a composição das bancadas na CPI do Cachoeira, há movimentos de mais longo prazo nos bastidores partidários que indicam a possibilidade de fusão de partidos, ou até mesmo a criação de novo partido que agrupe políticos hoje dispersos por diversas siglas, mas com proximidades forjadas no dia a dia da política.

  • Fantástico

    A secretária andou arrumando a estante onde guardo livros de outros tempos e, de repente, esbarrei com alguns deles na mesa de trabalho.

  • Contraponto necessário

    O vergonhoso bate-boca entre os ministros Cezar Pelusoe Joaquim Barbosa não pode ser caracterizado como uma crise institucional, mas que afeta a imagem do Supremo Tribunal Federal, isso afeta. Não interfere em nada nos julgamentos futuros, entre eles o do mensalão, mas se não houver uma superação desse mal-estar, qualquer decisão importante que o Supremo venha a tomar pode ficar prejudicada pela falta de credibilidade.

  • Heleno, o mito

    O filme de José Henrique Fonseca sobre Heleno de Freitas(1920-1959) não diz tudo sobre o craque botafoguense, interpretado nas telas por Rodrigo Santoro.  Para tentar entender o grande craque, tomo emprestado um trecho de Carlos Heitor Cony sobre o genial compositor Puccini: “Thomas Edison, o maior inventor do seu tempo, deu a Puccini um dos seus primeiros gramofones, com a enorme tuba em ouro, na qual mandou gravar: “Outros depois de mim farão inventos maiores, mas ninguém fará melodias mais belas do que  Puccini.”

  • Haja saco

    O futuro do jornal impresso é um dos temas que mais preocupam os entendidos em comunicação -e não me incluo entre eles. Preço do papel, distribuição, custo de impressão, defasagem entre o fato e a notícia, concorrência com as novas mídias são muitos os elementos que concorrem para a geleia geral que indica, entre outras coisas, o fim do que se podia chamar de era do papel cheio dos tipos móveis criados por Gutenberg.

  • Turbulências

    Foi dada a partida para a CPI do Submundo, uma nova versão da CPI do Fim do Mundo, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira passa de coadjuvante a protagonista de mais este espetáculo de política genuinamente brasileiro. A indicação do deputado petista Odair Cunha para a relatoria da CPI mostra que o Palácio do Planalto, e não Lula, está no comando das ações, pelo menos inicialmente.

  • Sustentabilidade e educação

    A expressão desenvolvimento sustentável está na moda. Tem tudo a ver com as nossas perspectivas de vida saudável. Por isso mesmo, o papel da educação, nesse processo, é fundamental, quando, numa aula de ciências, discute-se a quantidade de animais ameaçados de extinção, como é o caso das ararinhas azuis, que não se encontram mais na natureza (só em cativeiros). Na verdade, estamos preparandoo espírito dos nossos futuros executivos para a necessidade inadiável de respeito aos limites do planeta.