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Artigos

 
  • Falta de interesse

    Antes de um Gosplan de educação profissional - política de economia planejada da antiga União Soviética -, é preciso ouvir a demanda do trabalho e do capital.

  • O destino e a prévia

    As trapaças do destino acabaram aprontando das suas na sucessão paulistana, que se transformou em centro da disputa nacional pelo poder entre PT e PSDB. O partido que escolhia seus candidatos "ouvindo as bases" deixou de fazê-lo quando chegou ao poder real, passando a impor seus preferidos às direções regionais e a reservar para Lula o papel de candidato único à Presidência da República, sem contestações. Já ao PSDB, diante de um quadro partidário fragmentado e sem grandes nomes para disputar a prefeitura de São Paulo, não restou alternativa que não fossem as prévias, uma maneira de a direção partidária lavar as mãos na escolha de seu candidato, deixando que a frágil militância tucana decidisse o destino do partido que, pela primeira vez em muitos anos a direção não conseguiu definir. Agora que o ex-governador José Serra parece ter decidido concorrer à Prefeitura, não há mais como desistir das prévias e aclamá-lo candidato único, como era a vontade da direção nacional no início do processo.

  • Os relativos e as preposições (conclusão)

    Ao lado dos casos de inadequações de estilo lembradas nas duas colunas anteriores, há construções com pronomes e advérbios relativos acompanhados ou não de preposições para atender às normas de construção gramatical estabelecidas no capítulo conhecido dos estudantes pelo nome de regência.

  • A torre de Babel

    Em tempos muito remotos, conta a Bíblia, só havia uma língua na terra. Escondida na Arca, aquela humanidade primitiva tinha sobrevivido ao Dilúvio; e agora, confiante em si mesma, queria deixar um sinal da sua importância. Na terra de Senaar, surgiu a ideia peregrina: "Façamos para nós uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim "célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face da terra."

  • Muitas novidades 2

    A história do pai desnaturado que anunciei no domingo passado me foi contada como verídica. Em Itaparica, ninguém mente, de maneira que com certeza é mesmo. Trata-se do pungente drama vivido por uma família cujo sobrenome, muito importante para o desenrolar dos acontecimentos, aqui será mudado, para não causar problemas. Deu-se que, em certa época, em certa localidade da ilha, um jovem pobre, mas muito trabalhador e esforçado, subiu na vida e criou coragem para pedir em casamento a filha mais nova dos Pimentéis, orgulhosa família descendente de barões do tempo das baleias e de nariz franzido tão empinado que o povo chamava a matriarca de "Quem Bufou?". A família fez tudo para que o noivado não se concretizasse, mas a moça também estava apaixonada pelo rapaz e não houve jeito. Acabou, para se livrar de mais chateação, cedendo a uma exigência do velho "Foi Você" (apelido natural para ele: a velha fazia cara de "Quem Bufou?" e depois o velho vinha atrás, olhando para todo mundo com cara de "Foi Você"). Tudo bem, haveria o casamento, mas nenhum dos filhos do casal levaria o humilde "dos Santos", sobrenome do rapaz. Portariam o orgulhoso Pimentel, mas nada de Santos.

  • O bufão amargo

    Não é de hoje que os artistas, em geral, são os bobos da corte, ou seja, do poder. E a função dos artistas não é apenas a de distrair os poderosos, pelo contrário -a principal missão deles é criticar e, às vezes, insultar o poder.

  • Novo fôlego

    A confirmação da candidatura do ex-governador José Serra à Prefeitura de São Paulo refaz a disputa paulistana, dando ao PSDB uma perspectiva de vitória que antes não tinha. O apoio do PSD à candidatura de Fernando Haddad poderia levar à vitória do candidato petista no primeiro turno.

  • O "bom" nazista

    A editora Nova Fronteira acaba de lançar um novo livro de Joachim Fest, contendo suas conversas com Albert Speer, o arquiteto de Hitler cujas lembranças, como o próprio autor confessa, foram fundamentais para escrever a biografia do ditador, hoje considerada a melhor obra sobre os momentos finais do regime nazista.

  • Liberdade de imprensa

    O sigilo sobre a doença do presidente venezuelano Hugo Chavez e o episódio do “perdão” do presidente equatoriano Rafael Correa a jornalistas condenados pela Justiça por o terem atacado através do jornal El Universo, são duas faces de uma mesma questão que aflige a América Latina como um todo: a tentativa de governos autoritários ou ditaduras de conter a liberdade de expressão.

  • Enfim, uma política de Estado

    A aprovação na Câmara do projeto que institui novas regras para a aposentadoria dos servidores públicos é um passo importante para equilibrar as contas no sistema previdenciário brasileiro. E deve ser saudada como a concretização de uma política de Estado de reforma do sistema previdenciário que atravessa quatro governos, dois tucanos e dois petistas.

  • Mandato-cidadão

    A relação do eleitor com o candidato sofrerá uma alteração fundamental a partir destas eleições municipais, as primeiras a se realizarem sob os efeitos de uma mudança cultural no país simbolizada pela aprovação da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal.

  • Os simétricos descaminhos europeus

    Não temos precedentes de certezas tão tranquilas de derrota, quanto as que se pronunciaram, neste último biênio, em situações limites como a da Espanha e, agora, da França. O governo de Zapatero escolheu como candidato um bode expiatório, certo da derrota, como a própria condição de sobrevivência do Partido Socialista Espanhol a largo prazo. Os números devastadores do desemprego, a mostrar a profundidade da crise de 2008, não deixavam nenhuma ilusão quanto às esperanças das esquerdas, então no poder. De toda a forma, a fragmentação dos resultados locais, especialmente na Catalunha, não deu ao governo Pujol a visão de uma maioria nítida e, sobretudo, a de uma mobilização conservadora. Desaparecia toda programática, diante de um mal-estar difuso do país, roído pela crise, mas, especialmente, pela ambiguidade ou mesmo pelas contradições das fórmulas saídas da crise, num anticlímax que perdura após a derrota das esquerdas espanholas.

  • Queremos um aluno feliz

    Primeiro que tudo, é preciso que todos estejam na escola.  Hoje, a população brasileira de 4 a 17 anos tem 3,8 milhões de crianças e  jovens fora da escola, o que é um número impressionante.  Quando parecia que a questão da quantidade estava resolvida, eis que surge a triste realidade.  Em segundo lugar, buscamos a escola ideal, ainda distante, que seria aquela em que os alunos seriam felizes, com praticamente todas as suas necessidades  básicas atendidas.

  • Fora do tapete vermelho

    Nunca dei muita bola para os prêmios da Academia de Hollywood; raramente assisto a alguns pedaços da cerimônia, que me parece um pouco provinciana, com os premiados agradecendo à mãe, aos filhos, aos parentes até a terceira geração.

  • O debate da Defesa

    Está para ser aprovada pelo Congresso a Medida Provisória 544 que cria a figura da Empresa Estratégica de Defesa. O Ministério da Defesa está definindo o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), que deve indicar os produtos que deverão ser adquiridos da indústria nos próximos 20 anos. Há quem tema, como o professor Eduardo Brick, do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense, que esse plano não seja feito de forma a integrar as necessidades das Forças Armadas àquelas destinadas a fortalecer e preparar a indústria e promover a inovação relacionada a esses produtos. No Brasil os problemas afetos à indústria de defesa estão distribuídos por três ministérios (Defesa, Desenvolvimento e Indústria e Comércio e Ciência e Tecnologia) e o planejamento exige uma estreita interação entre esses três entes públicos, além da própria indústria, que teria muito a colaborar nesse planejamento. Ao mesmo tempo está para ser votado um Projeto de Lei de Conversão que será muito importante porque cria a figura da empresa brasileira "nativa" na Base Logística de Defesa (BLD), designação que Brick usa para diferençar de empresa brasileira.