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Artigos

 
  • Contraponto necessário

    O vergonhoso bate-boca entre os ministros Cezar Pelusoe Joaquim Barbosa não pode ser caracterizado como uma crise institucional, mas que afeta a imagem do Supremo Tribunal Federal, isso afeta. Não interfere em nada nos julgamentos futuros, entre eles o do mensalão, mas se não houver uma superação desse mal-estar, qualquer decisão importante que o Supremo venha a tomar pode ficar prejudicada pela falta de credibilidade.

  • Heleno, o mito

    O filme de José Henrique Fonseca sobre Heleno de Freitas(1920-1959) não diz tudo sobre o craque botafoguense, interpretado nas telas por Rodrigo Santoro.  Para tentar entender o grande craque, tomo emprestado um trecho de Carlos Heitor Cony sobre o genial compositor Puccini: “Thomas Edison, o maior inventor do seu tempo, deu a Puccini um dos seus primeiros gramofones, com a enorme tuba em ouro, na qual mandou gravar: “Outros depois de mim farão inventos maiores, mas ninguém fará melodias mais belas do que  Puccini.”

  • Haja saco

    O futuro do jornal impresso é um dos temas que mais preocupam os entendidos em comunicação -e não me incluo entre eles. Preço do papel, distribuição, custo de impressão, defasagem entre o fato e a notícia, concorrência com as novas mídias são muitos os elementos que concorrem para a geleia geral que indica, entre outras coisas, o fim do que se podia chamar de era do papel cheio dos tipos móveis criados por Gutenberg.

  • Turbulências

    Foi dada a partida para a CPI do Submundo, uma nova versão da CPI do Fim do Mundo, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira passa de coadjuvante a protagonista de mais este espetáculo de política genuinamente brasileiro. A indicação do deputado petista Odair Cunha para a relatoria da CPI mostra que o Palácio do Planalto, e não Lula, está no comando das ações, pelo menos inicialmente.

  • Sustentabilidade e educação

    A expressão desenvolvimento sustentável está na moda. Tem tudo a ver com as nossas perspectivas de vida saudável. Por isso mesmo, o papel da educação, nesse processo, é fundamental, quando, numa aula de ciências, discute-se a quantidade de animais ameaçados de extinção, como é o caso das ararinhas azuis, que não se encontram mais na natureza (só em cativeiros). Na verdade, estamos preparandoo espírito dos nossos futuros executivos para a necessidade inadiável de respeito aos limites do planeta.

  • As facetas da CPI

    A desconstrução em curso da empreiteira Delta parece ter o objetivo de tentar fazer com que ela desapareça do noticiário antes que a CPI do Cachoeira comece seus trabalhos.

  • José Veríssimo e a educação

    José Veríssimo, nascido em Óbidos(Pará), foi o fundador e primeiro ocupante da cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras.  Durante toda a sua vida, dedicou-se com fervor à causa da educação nacional

  • A crise do Supremo

    Fiquei preocupado com o que percebi na sessão de posse dos novos presidente e vice-presidente do Pretório Excelso—mais que o comprimento, a prolixidade do "enciclopédico" discurso do ministro Celso de Mello, o clima de divisão interna, com a candente animosidade entre o ministro Joaquim Barbosa que não poupou seu colega Cezar Peluso e nem por ele foi poupado, em duelo verbal pela imprensa, reflexo da beligerância interna, hoje existente, como vulcão sob a neve, que explodirá talvez no segundo semestre.

  • O novo porta-voz

    0 pontificado de Bento XVI marca-se, nestes meses, por um momento exemplar no contraste entre o ganho de seu desempenho internacional e as tensões internas, despertadas pela pressão de grupos austríacos, dispostos a uma confrontação como não tínhamos notícia desde o bispo Leclerc, trazido, exatamente, ao rebanho, de novo, pelo atual pontífice. E é dentro de um inesperado convite à obediência radical que Bento XVI contempla a realidade desta possível ruptura, diante de uma reflexão amadurecida, frente aos desafios do celibato e da aproximação dos divorciados aos sacramentos. Mas há poucos dias um Papa pôde sentir o peso do catolicismo indo às áreas da América Latina, que entraram, formalmente, no século passado, em choque com a sua tradição católica. Não há que voltar à violência do anticlericalismo e da instalação, há um século, no México, da república de Carranza e Obregón para deparar, hoje, a força do retorno à fé, que faz do país azteca nosso concorrente à dominância do catolicismo no continente.

  • Veto negociado

    Tudo indica que a presidente Dilma vetará mesmo alguns pontos do novo Código Florestal que foi aprovado pela Câmara, editando uma medida provisória que recuperaria parte do acordo acertado no Senado. Seria uma maneira de não se confrontar com o Congresso como um todo, alegando que foi descumprido um compromisso negociado politicamente.

  • Os Brics dizem a que vêm

    Avança, penosa, no entendimento do novo quadro internacional, uma visão dos Brics transplantada da antiga globalização, permanecendo fiel às polaridades fáceis herdadas da Guerra Fria, e depois, do mundo hegemônico da Era Bush.

  • Faz de conta

    Estamos começando a viver um clima de faz de conta mesmo antes de a CPI do Cachoeira começar seus trabalhos de fato. O PT formalmente declara-se disposto a limitar as investigações sobre a empreiteira Delta ao que acontecia na sua direção do Centro-Oeste, cujo diretor já está preso. Como se os métodos adotados naquela região pela empresa nada tivessem a ver com a sua cultura no resto do país.

  • Vazamentos

    Os vazamentos dos documentos sigilosos referentes à investigação da Polícia Federal sobre a relação do Senador Demóstenes Torres com o bicheiro Carlinhos Cachoeira que o Supremo Tribunal Federal enviou ao Congresso estão por toda a parte, e já nem são mais seletivos. Há fatos para todos os gostos.

  • Um centenário

    Cientista político, sociólogo de fama, palestrante disputado pelas faculdades, professor emérito de duas universidades, Ph.D em história e economia, somente ele poderia ser convidado para falar sobre Nelson Rodrigues, cujo centenário estamos comemorando.

  • Reflexão dominical

    Domingo não devia ser dia de pensar ou fazer besteira, pois é o dia do Senhor. Não tem nada de ficar olhando disfarçadamente a cunhada de shortinho, dar beijinhos furtivos de canto de boca em quem topar, nem encher a cara e cantar a mulher do dono da casa enquanto ele cuida do churrasco. Nem tem nada de mostrar, fingindo que não nota, os peitos aos presentes, ou dar um apertãozinho mais caprichado no braço do marido da amiga, na hora em que se apoia nele para mudar de lugar. Muito menos essa sem-vergonhice, ainda vigorosamente praticada em todo o Brasil, de roçar joelhos e coxas por baixo da mesa, para no dia seguinte ou não se lembrar de nada ou cair numa ressaca moral devastadora. Devíamos todos estar meditando sobre a vida e o aperfeiçoamento espiritual, já que nos afastamos um pouco das refregas de todo dia.