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Artigo

  • O paraíso perdido de Euclides

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/03/2005

    Diga-se logo: o paraíso perdido é a Amazônia. Apesar de Alberto Rangel haver chamado a região de Inferno Verde, bastou que lá fosse Euclides da Cunha para descobrirmos que se tratava de um paraíso, embora perdido. Já há dúvidas hoje sobre qual haja sido maior: o Euclides da Cunha do Nordeste ou o Euclides da Amazônia. Não que seja necessária uma opção no caso. Mas é que a evidente importância do lado nordestino da obra euclidiana ofuscou por algum tempo as novidades de seus estudos amazônicos.

  • Tentativa inútil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/09/2004

    O presidente da República falou rindo, mas não brincou, quando disse a um de seus colegas, em recente reunião de presidentes, grande parte de cucarachas, que foi ao Gabão aprender como se fica 30 anos no poder, e se quiser ficará mais. O presidente Lula falou sério, primeiro por ter tomado o gosto do poder e, segundo, por lhe ter subido à cabeça a mudança do humilde ex-torneiro a chefe do governo da República Federativa do Brasil, uma nação emergente de 180 milhões de habitantes, mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, portanto uma das maiores do mundo. O presidente Lula quer ficar, não há dúvida.

  • Tomada de consciência

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/09/2004

    O senador Marco Maciel apresentou em junho deste ano um projeto de resolução que institui a Comissão Especial do Bicentenário da Independência do Brasil. Para um político escolado que nunca teve pressa e chegou a governador, presidente da Câmara dos Deputados, ministro e vice-presidente da República em dois mandatos, o projeto não pode ser encarado como uma precipitação.

  • Bush bis e o racha da vez

    Não se esperava viesse a candidatura Kerry morrer na praia, como a de Dukakis - quem se lembra dele? - o outro bostoniano que competiu com o primeiro Bush. Não se vai aceitar, é claro, este fracasso antecipado, mantendo-se uma última esperança nas arquibancadas de todas as periferias mundiais. Mas o inconformismo, por uma vez, com a prevista fatalidade de um Bush bis, é de um racha a prazo indefinido na opinião pública americana, sem arnicas ou sinapismos para curar a cisão de um país, refeito e convenientemente desmomoriado para os próximos quatro anos. Nem poderemos alimentar uma mudança dramática nessas últimas semanas. O desconforto inevitável é o do descolorido da reação de Kerry à queda de sua superioridade nítida de ainda dois meses. Não respondeu, à hora, a brutal demolição de imagem feita pelos adversários. Permitiu se cristalizasse o estereótipo de um candidato indeciso nas tarefas públicas, consoante seus antecedentes no Senado. Mas a opinião pública não concebe que um presidente não pode refletir sem parar para decidir quando puder.

  • Mártires da consciência ecológica

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/03/2005

    Dorothy Stang e o Cabo Dionísio Julio Silveira morreram na mira não de quem apertou o gatilho mas de um medo novo do país arcaico, frente à nossa nova, desarmada, inevitável consciência comunitária. O que desaparece cada vez mais é a velha noção da impunidade que derruba o Brasil arcaico. Leonardo, de 21 anos, paramentou-se para a execução do Cabo Júlio, roupa de camuflagem, a espingarda de seis tiros, em dois disparos a três metros da vítima. Requinte da exatidão, como do ato seguinte, de tirar o uniforme assassino e ir para a praça, no horror assumido, de livrar-se de um estorvo ao seu direito de caçar, e fazendo jus à liderança que buscava no seio do grupo. Rayban, na Amazônia, esparrama-se na assentada monstruosa, cinco balas após o estraçalhamento da cabeça de Dorothy, com a sua 38. Mortes avisadas, na proposição de um novo rito macabro, para valer. Difícil de se acreditar na ameaça, de saída, como se estivéssemos no campo das vendetas, ou do abate de desafetos, no crime de interesse pessoal que pára no algoz, e não pergunta do mando. Ou da motivação maior, ou da percepção difusa do que seja a ameaça que ferreteia o futuro assassino. Dorothy e o Cabo Julio abriram mão da segurança oferecida, por não acreditarem que o tiro se seguisse ao telefonema, a desoras.

  • Leituras e improvisos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/03/2005

    Se não bastassem as dúvidas que temos, sobretudo em tempos incertos como os de agora, dias desses encarei uma questão que nem sabia que era questão, nunca pensara nela e não podia acreditar que houvesse alguém neste mundo de Deus que se preocupasse com isso.

  • A derrota de São Paulo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/03/2005

    Se Ibrahim Nobre fosse vivo, provavelmente escreveria outra página, como " Minha terra, minha pobre terra ", mas por outro motivo que o de 1932; pelo colapso da Vasp.

  • A volta de Cavalcanti

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 08/03/2005

    Até que enfim aparece entre nós um livro que faz justiça ao brasileiro Alberto Cavalcanti. Tendo sido, como foi, um dos responsáveis pela criação da linguagem cinematográfica no mundo, raras vezes citamos, no Brasil, seu nome como tendo influído poderosamente naquela que antigamente chamávamos de "sétima arte".

  • Citymanager

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/03/2005

    Espírito prático dos americanos levou-os a tomar, na fase ascensional de sua atividade urbana e a rural na proporção de suas possibilidades, uma medida da maior importância para o seu desenvolvimento: os americanos simplesmente erigiram cidades pequenas como capitais e criaram na administração pública, para que ela fosse eficiente, o city manager , ou, em português, o gerente da cidade.

  • Velhas e queridas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/03/2005

    Outro dia, em Belo Horizonte, quiseram tirar uma foto minha no escritório de famoso escritor das Gerais. Sentaram-me na poltrona em frente à sua mesa de trabalho, num escritório bacana, com paredes revestidas de nobre madeira, tapetes orientais, lustres murano e uma velha máquina de escrever que servira para desovar pelo menos duas obras-primas de nossa literatura.

  • Crescer e aparecer

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/09/2004

    Ainda bem que a popularidade do presidente Lula aumentou, devido à bolha da economia que está sendo registrada, demonstrando que as coisas, se não estão perfeitas, tendem a melhorar se tudo der certo.

  • O atraso da Petrobras

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/09/2004

    No ano em que comemora 50 anos de existência, que foi alvo de campanhas favoráveis e desfavoráveis, garantindo aos comunistas da época que o petróleo é nosso e dando razão aos críticos que afirmavam ser o petróleo dos árabes sauditas e do Golfo Pérsico, onde entram, também, os islâmicos. O cinqüentenário foi comemorado com ênfase, provavelmente com mesas fartas e fogos de artifício, sustentando a afirmação de que seremos independentes dentro de muito pouco tempo.

  • Movimento da bolsa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/03/2005

    O presidente da Bolsa de Valores nasceu ouvindo falarem, até compreender, de títulos, cotações baixas e cotação do dólar. Seu pai foi um dos mais conceituados e acatados corretores de bolsa, dono de uma palavra de ouro, contra a qual ninguém ousava protestar ou tentar sair da linha reta da enérgica profissão. O filho não poderia ser diferente.

  • Homero Senna

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 21/09/2004

    A morte de Homero Senna, há pouco mais de uma semana, privou-nos de um trabalhador intelectual como tivemos poucos. Conheci-o nos anos dourados de Juscelino, quando trabalhamos ambos no então Ministério da Viação e Obras Públicas, ele no gabinete do Ministro Lúcio Meira, eu como diretor do Serviço de Documentação. Redator dos relatórios da pasta, usava Homero Senna um estilo direto, claro, sem a menor desconversa, como devem ser os documentos oficiais.

  • Um invejável patrimônio

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 20/09/2004

    O cenário carioca foi palco das correntes mais representativas da música popular brasileira: o choro, por volta de 1870; o samba, nascido em 1917; a canção romântica da Era do Rádio, a canção de fossa das boates e a bossa nova, no final de 1950.