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Artigo

  • A culpa feliz

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 11/04/2004

    Nos meus tempos de seminário, sempre que chegava a Páscoa, eu ficava impressionado com um hino composto por São Tomás de Aquino que era cantado, se não me engano, no Sábado de Aleluia. O chamado "Doutor Angélico" pode ser discutido como filósofo ou teólogo, mas como poeta, embora usando o latim corrompido da Idade Média, pode ser considerado como um dos mais perfeitos e um dos primeiros a usar a rima com a mesma precisão de Dante e Petrarca.

  • Um romancista

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 28/06/2005

    No movimento natural de uma literatura, atividade subordinada ao tempo como tudo o mais, temos de vez em quando a necessidade real de rever livros e reavaliar tendências. Romances da segunda metade do século passado, quando se exigia que as mudanças fossem claramente identificadas, precisam ser reeditados a fim de que os julgamentos de então passem também por nova análise.

  • Páscoa da infância

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP)e Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 09/04/2004

    "Mudou o Natal ou mudei eu?", já indagava o velho Machado, pergunta que se transformou quase em lugar-comum, de tanto ser invocada. Valho-me dela para recordar a Semana Santa. Nos meus tempos de infância ela era realmente de trevas. Da minha aldeia - e ninguém mais do que Faulkner e Górki, em visões diferentes, reteve na criação literária a carga de todo o seu significado -, a lembrança que tenho desses dias enevoados pelo tempo é da cor do roxo que cobria as imagens e do preto que vestia as mulheres.

  • Dr. Daher Cutait e o túnel

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/06/2005

    Conheci o saudoso Daher Cutait, professor de medicina e médico, coberto de louvores, no Rotary Club. Ficamos amigos e quando minha amada mulher foi internada no Hospital Sírio Libanês, do qual ele era diretor, nossa amizade estreitou-se, por ele visitá-la todas as manhãs.

  • Poesia e palavra

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 10/12/2003

    Precisamos da poesia. Não só de tê-la, lê-la, mas também de a discutir. Nos momentos de crise geral, como os de agora, é o poeta quem primeiro descobre o sinal da mudança. Quando estudamos e discutimos os movimentos vanguardistas em poesia a partir do Século XIX - a partir, digamos, de Beaudelaire e Rimbaud - damo-nos conta que a tranqüilidade dos que detiveram, desde então, o poder, era falsa. De um lado, Kierkegaard - desconhecido ou mal-visto - expunha as angústias que não se notavam.

  • Abril cruel

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 08/04/2004

    Para T. S. Eliot abril era um mês cruel. Para o Stedile, em 2004 teremos um abril vermelho. O Brasil foi descoberto, segundo a marchinha de Lamartine Babo, num dia 21 de abril, três meses depois do Carnaval. Al Jolson cantou "April Showers". Dá para desconfiar que cada um tem o abril que merece e eu tenho o meu. Não sei em que ano - e desconfio que este abril ficou melhor assim, intacto no tempo, como aquele quarto do poeta no beco da Lapa.

  • Monkey Business

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/06/2005

    Pinturas de macaco alcançam R$ 61 mil. Três quadros feitos pelo chimpanzé Congo foram arrematados em leilão pelo norte- americano Howard Hong. Mundo, 22.06.2005 

  • Difícil reforma agrária

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 08/04/2004

    Ninguém dúvida que uma reforma agrária é das tarefas mais difíceis que um governo encontra e não a cumpre completamente. Foi assim no passado, é no presente e será no futuro. Para começar, a dificuldade maior é o que apresenta o presidente Lula, que não sabe como sair dessa armadilha. Os líderes do Movimento dos Sem Terra, MST, são experimentados, têm coragem, são guevaristas, portanto revolucionários, capazes de incendiar o país para colocar algumas milhares de famílias nas terras que, de resto, já estão sendo vendidas para compradores de tendência revolucionária.

  • Vê aí as pizzas

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/06/2005

    Os comentaristas e os observadores, até mesmo os neutros, não escondem sua desconfiança no propósito da Câmara dos Deputados.

  • Os donos da verdade

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 09/12/2003

    A necessidade de encher espaços nos jornais, rádios e sobretudo nas TVs criou, ou melhor, ampliou o número de pessoas entrevistadas que prestam depoimentos ou testemunhos sobre determinados fatos, comentam situações, dão aquilo que, desde tempos imemoriais, chamamos de palpite.

  • Otimismo no Estado do Rio

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 07/04/2004

    Algumas cabeças privilegiadas reuniram-se na Fecomércio-RJ para discutir o futuro do nosso Estado. Havia no ar uma perspectiva pessimista que se foi esvaindo à medida que o debate avançou. O Rio de Janeiro deixou de correr o risco de perder o segundo lugar na economia brasileira, com R$ 15 bilhões a mais do que o Estado de Minas Gerais. Sinal de bons tempos estimados, com um pormenor fundamental: o fenômeno não é simplesmente devido às ações da Petrobras, mas engloba uma série de outros feitos, de que é prova evidente a redução do desemprego.

  • Já não está mais aqui quem falou

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/06/2005

    Jorge Amado, de quem pelo resto da vida me sentirei órfão, sempre me ensinava alguma coisa, às vezes obliquamente, com uma ironiazinha amistosa e divertida (agora me questiono, desculpem estes parênteses mal colocados, sei que abuso: pensei em escrever “amorosa” e aí usei “amistosa”, mas mandam a honestidade e a vergonha confessar que foi porque não quis me expor a piadinhas que na verdade refletiriam grossura ou má vontade da parte de seu autor e que, por que não dizer, eu estava agindo preconceituosamente, pois posso perfeitamente descrever meu relacionamento com ele como de amor fraterno, que eu tinha por ele e sabia que ele tinha por mim e portanto refaço o que ia fazer): Jorge Amado às vezes me passava ensinamentos com uma ironiazinha amorosa e divertida, volta e meia expressa apenas em gestos, mas quase sempre com histórias que eram meio parábolas. Ou então, sabedor de que meninos como eu e muitos outros o viam como sábio, exemplo de grande artista e a encarnação da generosidade, dava lições mesmo. Tenho-as bem estocadas na cabeça e consigo fazer uso de algumas, porquanto para outras careço da necessária categoria.

  • Maior ou menor?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/12/2003

    Uma amiga das lides educacionais telefona e pede orientação. Ela não está entendendo mais nada, a respeito da discussão em torno da maioridade penal. Se deve ou não ser reduzida para 16 anos.

  • Um dia de janeiro de 2005

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/06/2005

    HOJE ESTÁ CHOVENDO MUITO E A temperatura está perto de 3º C. Resolvi andar - acho que se não ando todos os dias, não consigo trabalhar direito - mas o vento também está forte, e voltei para o carro depois de dez minutos. Peguei o jornal na caixa de correios, nada de importante - exceto as coisas que os jornalistas decidiram que devemos saber, acompanhar, tomar posição a respeito. Vou para o computador ler as mensagens eletrônicas.

  • Que língua é essa?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 26/06/2005

    O encontro com Oswaldo Siciliano, na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, foi aquecido pela estranheza com que vemos, cada qual do seu ângulo, parte da nossa juventude a utilizar o seu tempo, no emprego do computador, com uma língua desconhecida para o comum dos mortais.