
Em Paris, nossa universidade de corpo inteiro
Poucas vezes a viabilidade de um encontro como o do Ano França-Brasil, no plano da educação superior, permitiu uma abertura tão larga de experiências e visão prospectiva entre os campi dos dois países. Sob o patrocínio da Sorbonne III e o entusiasmo de seu presidente, Bernard Bosredon, o lingüista que hoje se volta, repetidamente, sobre o nosso país, o "Grand Salon" ouviu não menos que uma dúzia de nossos reitores, a marcar toda diversidade da atual oferta do ensino superior do País. Em sintonia com seus homólogos franceses - que devemos ao trabalho e ao denodo de Martine Dorance e René Lestienne -, percebeu-se a vastidão do interesse e, sobretudo, das engrenagens e do trabalho a seguir, que tornaram os encontros de 27 e 28 de junho muito mais que uma prestação de contas e um sucesso retórico. Mesmo porque, ao lado das exposições estritamente acadêmicas, o empenho do reitor Paulo Alcântara permitiu os encontros de Paris e Marselha, e a agenda densa da cooperação tecnológica, assentada sobre a estratégia-chave: a criação das redes - como bem salientou o reitor Melfi, da USP - que asseguram o entrelaçamento entre o campus e o sistema empresarial.