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Artigos

 
  • A situação da mão-de-obra

    Na abertura do 1º Seminário de Qualificação Profissional para um Novo Tempo, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/Rio) e o SENAC/Rio, a capacitação da mão-de-obra especializada foi o tema prioritário. Há urgente necessidade de atender à demanda das novas empresas que estão vindo para o Estado do Rio nos próximos anos.

  • A volta do parafuso

    Um programa na TV mostra como se dão os desastres aéreos. Tiran­te as condições atmosféricas, a maior parte dos acidentes se deve a pequenas, pequeninas causas no equipamento ou na manutenção. Vi outro dia um documentário que me fez pensar. Um avião moderno, dispondo de toda a tecnologia mais avançada, caiu no oceano ma­­tando ao todo 280 pessoas, entre passageiros e tripulantes.

  • Bicas d’água

    Entramos afinal num ano eleitoral, e os dois principais candidatos à Presi­dência da República já se preparam para tirar o salto alto e descer à rinha eleitoral com o mesmo equipamento básico de todos os que se habilitam a uma função pública, seja qual for.

  • Uma história de paixão

    Já perfeitamente adaptada à vida do Rio de Janeiro, encontramos a secretária Cláudia Costin, que comanda a educação carioca, passeando na orla de Ipanema, aproveitando o feriado de ano-novo. Embora a regra seja não interromper a caminhada de ninguém, não resisti à tentação de felicitá-la pelo balanço do primeiro ano à frente da Secretaria Municipal de Educação, que lida com 1.064 escolas, 36 mil professores e 750 mil alunos. É a maior rede municipal do Brasil e as ações da SME estão no caminho certo, a partir da incorporação de mais 2.300 professores e o relevo dado às disciplinas de Português e Matemática, com uma cuidadosa revisão a que foram submetidos os seus professores.

  • Perdição ou salvação

    O fim de 2009 foi marcado pela tragédia dos deslizamentos e pela lembrança inusitada das agulhas introduzidas no corpo de crianças, numa prática religiosa que remonta aos festins de magia negra que o Diabo fazia no princípio do mundo. A Bíblia está cheia desses episódios. O mais célebre deles é o da vara de porcos endemoniados que foram jogados no precipício, com sua carne impura para judeus e árabes.

  • Esquerda e tirania utópica

    O futuro alinhamento eleitoral não vai apenas, no voto-opção, ao confronto entre o governo e o tucanato. Encarna as fraturas de repúdio a Lula, nascidas da extrema esquerda brasileira. Paga aí o Planalto, num paradoxo, o preço da sua política de vigências políticas e de manutenção, necessária, das maiorias para o avanço do programa de mudança. E tal para vencer o enfraquecimento do PT e das garantias de que permaneceria o roldão político da vitória de 2002 e a legenda originalmente responsável por esse resultado. O que vemos é a ruptura entre o consenso da militância e as dúvidas que começam a levantar uma intelligentsia do partido no seu seio. Esta se expõe aos radicalismos inevitáveis de uma insatisfação com o teor das mudanças, conforme um ideário rigoroso de esquerda. Acredita num modelo de superação do capitalismo, sem, entretanto, a visão global do processo histórico de agora e, sobretudo, da amplitude real das contradições da crise internacional dos nossos dias.

  • Tapetes Legais

    Mais uma vez se discute a lei da anistia, com posições antagônicas que chegam a ameaçar uma minicrise entre o governo e os comandantes militares. Os argumentos são os mesmos: a anistia foi para os dois lados, mas crimes de morte e tortura não estão incluídos entre os desmandos políticos de 1964 a 1985.

  • Nabuco: um século depois

    Se 2008 e 2009 foram os anos dos Centenários das mortes de Machado e de Euclides, o ano de 2010 está sendo o do centenário da morte de Nabuco. Eles foram três membros efetivos da Academia Brasileira de Letras, que justamente por isto tanto se tem empenhado em homenageá-los.

  • Alertas para o golpe

    A vocação cívica aqui de Itaparica é sobejamente conhecida de todos, mas está sempre surpreendendo por sua intensidade. À primeira vista, o viajante nada perceberá, na névoa da madrugada que encobre delicadamente a Rua Direita ainda deserta, as pedras umedecidas do chuvisco que regou as plantas antes do amanhecer, o silêncio só quebrado pela algazarra da passarada. Talvez um jeguinho em seu passeio matinal antes de pegar no batente, talvez alguém indo assistir ao nascer do sol em cima do cais, tudo quieto e sossegado, como deve ser a venerável vila onde a história do Brasil começou.

  • Distorção profissional

    Acompanho com algum interesse a crise aberta dentro do governo a respeito da Lei da Anistia. As posições estão definidas, o único indefinido até agora é o presidente da República. Nos tempos do velho PT, embora com poder decisório, ele mantinha suas hesitações para ganhar tempo e manter o partido em rédeas curtas.

  • Ataulfo Alves, Dalva e Herivelto

    No rastro do grande sucesso da minissérie “Dalva e Herivelto, uma canção de amor”, da Rede Globo, muito bem escrita por Walcyr Carrasco, cabe registrar a participação, nas crises que marcaram a vida do casal, de um sambista que marcou época no país. Trata-se de Ataulfo Alves, que no ano passado teve o centenário de nascimento lembrado, inclusive com o lançamento do livro "Ataulfo Alves - Vida e Obra", de Sérgio Cabral.

  • A medicina como uma causa

    Participei com a doutora Zilda Arns Neumann, que era médica, em atividades da área de saúde pública; mais recentemente, integramos, junto com os doutores Adib Jatene, Cesar Victora e Paulo Buss, entre outros, a Comissão Nacional dos Determinantes Sociais em Saúde, que elaborou um diagnóstico sobre a situação de saúde do Brasil. Formada em Medicina, a catarinense Zilda Arns trabalhou como pediatra e sanitarista. Não era, no entanto, o caráter técnico de sua atividade que impressionava, e fascinava, os que a conheciam. Era, sim, a extrema generosidade que demonstrou na coordenação da Pastoral da Criança, órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (a propósito, era irmã de dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito de São Paulo). Mais de 150 mil voluntários colaboraram com a Pastoral em 30 mil comunidades paupérrimas. Por seu trabalho, Zilda Arns foi indicada, durante três anos seguidos, ao Prêmio Nobel da Paz. Ela representava, melhor do que ninguém, aquilo que, desde tempos remotos, tem sido um característico essencial da atividade médica: a compaixão, o desejo de ajudar os outros. A medicina é hoje uma profissão em grande parte regida pela tecnologia, o que é compreensível, pois as novas tecnologias, aplicadas ao diagnóstico e ao tratamento, salvam vidas sem conta. Mas, ao fim e ao cabo, a prática médica, aí incluída a prática de saúde pública, expressa-se numa relação entre seres humanos, e a compaixão (que não significa ter pena, mas sim refere-se àquela empatia essencial para compreender o sofrimento alheio) é aí um elemento essencial. Foi a compaixão que levou a doutora Zilda ao Haiti, onde veio a falecer.

  • O scanner corporal

    A União Europeia já decidiu, e alguns aeroportos, como o de Amsterdã, já instalaram os seus scanners antiterror, que, no frigir dos ovos, são o big brother mais potente que se podia imaginar, pois podem tirar a roupa de todo mundo, num mundo que já não tem muita roupa. Tudo surgiu quando um terrorista nigeriano burlou todas as formas de vigilância e quase explodiu um avião da Northwest Airlines que voava para Detroit na noite de Natal. A solução foi obrigar todos os passageiros no futuro a passar por scanners, que, se têm a vantagem de evitar essa apalpação a que nos submetem os vigilantes aeroportuários, nos despem logo.A grande discussão que hoje preocupa a liberdade individual é como manter os direitos de privacidade num mundo em que a tecnologia tudo invade e torna esses direitos inexistentes, acabando com os direitos humanos.

  • A disputa da memória

    Granada, 2 de janeiro de 2010. Primeira surpresa para um brasileiro ao tomar o café da manhã no hotel: o jornal andaluz “Ideal” traz em manchete de primeira página que a alQaeda prega mais uma vez a retomada de Al Andalus (a Andaluzia) pelos árabes. A notícia parece maluquice.