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Artigos

 
  • Biografia de um bigode

    Há pragas que acompanham as desventuras de um cronista – e ser cronista já é uma espécie de praga em si. As mais constantes são a falta de assunto e a falta de tempo. Hoje, com algum exagero, surpreendi-me com as duas pragas juntas: sem assunto e sem tempo. E, à falta do que falar mal, resolvi colocar-me em dia com um velho desafeto meu: o bigode.

  • Diabetes: Aprendendo com os índios

    Na história do diabete através dos tempos, um capítulo particularmente interessante e instrutivo diz respeito a um pequeno grupo étnico do Sudoeste dos Estados Unidos, os índios Pima. Durante muito tempos esses índios mantiveram o tradicional estilo de vida, baseado sobretudo na agricultura.

  • Filosofando sobre o amor

    Acabo de ler um livro muito interessante: Os Filósofos e o Amor, recém-lançado no Brasil pela editora Agir. As autoras, Aude Lancelin e Marie Lemonnier, são jornalistas francesas (do ótimo Le Nouvel Observateur), especialistas em filosofia. Conhecem o assunto profundamente, mas escrevem sobre ele de maneira acessível, atraente, apaixonada até, eu diria. O curto livro (pouco mais de 200 páginas) cobre boa parte da história da filosofia, procurando responder, em primeiro lugar, à pergunta: o que nos disseram os grandes filósofos sobre o amor? E aí temos Platão, Lucrécio, Montaigne, Rousseau, Kant, Schopenhauer muito bem resumidos e explicados. De seus textos uma coisa logo emerge: os grandes filósofos admiravam o amor. O que pode parecer surpreendente: afinal, estamos falando de sentimentos, de emoções, e não de ideias, de conceitos teóricos. Mas nisso os grandes autores do passado parecem se ter dado conta da verdade contida na frase de Shakespeare: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”. E uma dessas coisas sem dúvida é o amor. Nietzsche, o furioso contestador, reconhecia a força da paixão amorosa e não hesitava em dizer que se tratava da “única coisa digna de um filósofo”.

  • Gripe: o quem vem agora?

    Agosto, o mês do desgosto de 2009, terminou relativamente bem no que se refere à gripe. O registro dos casos mostrou um franco declínio. Na segunda semana, eram 1.165 casos; na terceira, 639; na quarta 151. O que, com o término do inverno, era previsível.

  • O fio da navalha

    Uma curiosidade gráfica e histórica está ocorrendo nos eventos sobre os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial. Geralmente, ou quase obrigatoriamente, o logotipo de uma guerra, seja ela qual for, é dado pelos vencedores, ou pelo vencedor. Foi assim com as conquistas de Alexandre, de César, da formação dos vastos reinos e impérios. Ao vencedor tudo, inclusive nome e efígie. Aos derrotados nada.

  • O paciente como Pinóquio

    Comecei minha carreira médica trabalhando no Hospital Sanatório Partenon, em Porto Alegre. Os pacientes tuberculosos recebiam um esquema básico de três drogas, e o ácido paraaminosalicílico (PAS) era extremamente desagradável de tomar: 12 gigantescos comprimidos, difíceis de engolir e que, como diz o nome, eram ácidos, e irritavam o estômago. Os pacientes diziam que cumpriam a prescrição, mas muitos deles simplesmente jogavam o remédio pela janela. Uma medida que tinha as pernas curtas: era só examinar a grama do lado de fora da enfermaria: onde caía o PAS. Ela estava, por causa do ácido, queimada.

  • Poluição visual

    Já foi tarde: a Prefeitura do Rio derrubou uma inacreditável passarela, ali colocada por outra administração, na confluência de Ipanema e Leblon, um monstrengo amarelado, como um doente terminal de icterícia.

  • Servindo a pátria

    Sei que pensarão que é mentira minha, mas não é. Aconteceu aqui perto de casa mesmo, numa farmácia onde perguntei ao balconista a que feriadão um outro freguês tinha se referido.

  • Fumo: a reversão de expectativas

    “A defesa do cigarro passou a se apoiar numa suposta liberdade que tem o fumante de fazer o que bem entende, mesmo que isso o prejudique. Um argumento ultrafrágil, que não resiste a qualquer exame racional”

  • A emoção de uma doação

    A Academia Brasileira de Letras (ABL) recebeu na semana passada a doação de uma Biblioteca inteira, de 8 mil livros, feita por Eleonora de Menezes, viúva do professor Maurício Bret de Menezes. A doação foi recebida durante uma sessão plenária da ABL, presidida por Cícero Sandroni na presença de 23 acadêmicos, e que teve detalhes comoventes, que merecem ser contados.

  • São muitas emoções

    Sabemos como são complicadas as relações que existem entre os diversos instrumentos legais que regem a nossa educação. Daí a pergunta que se impõe: não seria melhor juntar isso tudo e partir para uma nova LDB, com a visão de futuro que antes, claro, não havia? A Lei no 9394/96, quando foi promulgada, o computador era uma esperança e se alguém falasse em internet poderia ser chamado de visionário ou sonhador. Diante dessa explosão, na Sociedade do Conhecimento, é louvável que a Câmara dos Deputados, em Brasília, por intermédio de Grupo de Trabalho, examine a oportunidade de uma nova lei.

  • O pós e pré-sal

    O tema do momento continua sendo o pré-sal e o novo marco regulatório enviado ao Congresso. Em síntese, esse marco é complexo, porque envolve várias leis e várias situações.