Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • O gigante de barro

    A ideia de uma ponte aérea entre os aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ) não é má, embora não seja boa. Desafogaria o terminal de Congonhas, que está no limite de saturação, e aliviaria o Santos Dumont, que não está nas mesmas condições, mas começa a criar caso com o barulho que perturba quem vive ou trabalha em suas imediações.

  • Dialética da banana

    Enganam-se os apressados ou levianos, se pensarem que em Itaparica nós não acompanhamos de perto os acontecimentos nacionais. Foi-se o tempo em que as notícias chegavam com um certo atraso, como ocorreu, para citar somente um caso, logo depois da Independência. D. Pedro deu o brado retumbante em 1822, mas se esqueceram de avisar à portuguesada do Recôncavo e, em 1823, tivemos de sair no braço para garantir os raios fúlgidos, nunca nos deram moleza. Agora é diferente, agora a gente vai de internet e não é possível mais contar nos dedos o número de estabelecimentos especializados de que já dispomos. Ouço até dizer que o multimilionário Gugu Galo Ruço está à frente de um empreendimento revolucionário, a AxeWeb, mas ele não revela detalhes, apenas ri – o que não quer dizer nada, pois desde tempos imemoriais que se sabe que rico ri à-toa.

  • O amor é uma dor de cabeça

    Quando, de carro, ele se aproximava do prédio em que Carmen morava, a cabeça começava a doer O estresse psicológico e o esforço físico de manter uma relação extraconjugal podem dar origem à "cefaleia dos amantes", segundo o neurologista italiano Lorenzo Pinessi. "Esse tipo de cefaleia afeta sobretudo os homens, com uma intensidade proporcional à excitação", explicou o médico, que é presidente da Sociedade Italiana para o Estudo da Cefaleia. "Neles, o estresse psicológico devido à relação extraconjugal desencadeia fortes cefaleias, que podem durar até três horas", declarou o pesquisador italiano. Equilíbrio Online

  • A embaixada e a calçada

    Até que ponto o Brasil, em nome da democracia, se meteu num problema interno de país soberano como Honduras? Há reclamações gerais e merecidas quando os Estados Unidos, em nome da mesma democracia, invadem países soberanos como o Iraque. O fim justifica o meio?

  • Paraíba, fonte de inspiração

    A pretexto da comemoração dos 60 anos de criação do "Correio das Artes", suplemento literário do jornal "A União", um dos três diários mais antigos em circulação no país, estivemos em João Pessoa, a bonita capital da Paraíba. Numa sessão histórica, na espaçosa casa em que morou o acadêmico José Américo de Almeida, hoje transformada em museu, ouvimos de autoridades do Estado o que se está fazendo pela cultura - e não é pouco.

  • Sem Lula, o povo de Lula

    Exauriram-se nestes idos de setembro as possibilidades constitucionais para um terceiro mandato presidencial. Não existe dúvida quanto à propensão nacional para acolhê-lo, quer através de emenda da Carta ou, sobretudo, diante de um plebiscito. É o que refletem as últimas pesquisas do voto espontâneo em Lula, por mais de um terço dos consultados, em distância arrasadora de qualquer outro nome. A decisão contra o Presidente, na sua solidão na grandeza, diante da responsabilidade histórica que o levou ao Planalto.

  • Contra o autoritarismo

    No impressionante filme A Onda (Die Welle), um professor de Ensino Médio propõe-se a explicar a seus alunos o surgimento do totalitarismo, e o faz mediante uma espécie de dramatização, que escapa a seu controle e acaba tornando-se real. Surge entre os jovens um movimento chamado A Onda, que, com seus códigos e rituais, evoluirá com crescente violência até o trágico final. A história baseia-se em fato acontecido em 1976 numa escola da Califórnia, e lembra dois famosos experimentos. O primeiro, conduzido pelo psicólogo da Yale University, http://en.wikipedia.org/wiki/Yale_University Stanley Milgram, teve início em 1961, logo depois do julgamento do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann. Em sua defesa, Eichmann insistia em dizer que estava apenas “cumprindo as ordens”, o que levou Hannah Arendt a falar na “banalidade do mal”. Milgram se propôs a averiguar uma questão crucial: até onde uma pessoa vai quando cumpre ordens? Para tanto, contratou pessoas que, mediante um gerador elétrico, deveriam dar choques de crescente intensidade num “cobaio” humano. Na realidade, o gerador não dava choque algum; o “cobaio”, vivido por um ator, simulava ser a vítima dos supostos choques gritando de dor. Apesar disso, o condutor do experimento mandava que as pessoas continuassem acionando o aparelho e aí as respostas variaram. Alguns desistiam, inclusive abrindo mão do pagamento, mas 26 dos 40 participantes chegaram ao “limite” de 450 volts, mostrando que realmente a disposição de cumprir ordens ultrapassava o senso de compaixão.

  • Do hino nacional

    Nas escolas do ensino fundamental, pelo menos uma vez por semana, o Hino Nacional deverá ser cantado pelos alunos. Nada contra esta medida cívica, mas toda vez que se fala em nosso hino, há uma enxurrada de críticas, sobretudo quanto à letra, que é pomposa e complicada.

  • O francês como língua obrigatória

    É muito louvável o movimento cultural em torno da presença francesa no Brasil, que não tem sido pequena. Desde os primórdios, quando conquistadores sonharam com a existência da França Antártica, o que foi abortado pelos portugueses, apesar da adesão inicial dos primeiros moradores do Brasil (índios). A antropofagia era comum, naqueles tempos.

  • Um Brasil só de esquerdas

    Lula, ao falar sobre o novo horizonte político nacional, declarou que só deparam as alternativas de esquerda. É a consequência do salto objetivo do País, acelerado desde o governo petista. E a sensação é tão funda que, hoje, para o presidente, a direita pode ser vista como troglodita, congelada na paleologia de uma vintena atrás. O que está em causa é o quanto ganhamos uma consciência de mudança, e é irreversível a superação do País com 2% da população proprietária de 46% do território ou dos 5% mais prósperos detendo metade da riqueza brasileira. E não tem sentido falar-se em assistencialismo, na visão ideológica dos reformismos de todo o sempre, diante do que representa, hoje, constituir a nossa classe média emergente 56% dos brasileiros ou termos reduzido a menos de 10% a população ainda fora de uma efetiva economia de mercado.

  • Rio

    Decide-se amanhã a sede para a Olimpíada de 2016. O Rio é uma das cidades candidatas e desta vez tem chances de ganhar, apesar da força de Chicago, patrocinada pessoalmente por Obama. E na categoria de azarões, Tóquio e Madri.

  • De bem a pior

    Diante do portão ainda fechado, olho por entre as grades do edifício e avalio a rua. Poucos passantes, alguns porteiros varrendo a calçada, tudo indica que o temido encontro será evitado novamente. Tem dado um pouco de trabalho, mas venho conseguindo driblá-la com eficácia e faz tempos que não a vejo. Bem verdade que, paradoxalmente, tenho uma certa saudade dela, mas sou obrigado a reconhecer que fico aliviado por não vê-la, é melhor assim. Inspeção concluída, tomo coragem e saio andando em direção à banca de jornal, aonde chego sem problemas e da qual volto devagar, espiando distraidamente as manchetes e sem suspeitar do que me espera, depois de dobrar a esquina de minha rua.

  • Razão e paixão

    Modéstia à parte, meus senhores, eu sou da Vila, quer dizer, emendando o carioca Noel Rosa, eu sou do Rio. Uma vitória suada, mas esperada. No painel das finalistas, o Rio já se destacava pela economia das letras (apenas três) que indicava uma logomarca, um cidade, um país que começa a botar as manguinhas de fora em vários departamentos da realidade internacional.