Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Opinião: O papa em nossa casa

    É muito difícil ser papa depois de João Paulo II. Este teve uma grande cumplicidade com a história. Antes de tudo, foi o primeiro papa a viver a sociedade de informação, capaz de ser visto e acompanhado por todos e em todo lugar. Segundo, teve de atravessar o tempo da Guerra Fria que levava o mundo à beira da catástrofe nuclear. Terceiro, lhe coube executar as reformas do Concílio Vaticano II, que provocou uma tempestade na Igreja, e resolver o conflito ideológico com a Teologia da Libertação.

  • O problema etanol

    A produção de etanol é uma das preocupações dos países desenvolvidos, ou mesmo em fase de desenvolvimento. É um combustível que pode atender a demanda em grande parte de sua produção, ficando o resíduo à disposição de eventuais consumidores heterodoxos. É, portanto, uma solução com uma nota diferente, que se lhe deve colocar para atender ao consumo.

  • Questões de justiça ou de memória

    Ainda não temos opinião definitiva sobre um mal que vitima alguns brasileiros. Se eles têm pouca (ou nenhuma) memória sobre fatos históricos ou simplesmente se recusam a fazer justiça, sobretudo quando a ocorrência é recente. Aí entra um pouco de inveja, ciúme e outros ingredientes. Para evitar o fenômeno, a Academia Brasileira de Letras chama os seus membros efetivos de “imortais”. Porque serão sempre lembrados, quando da leitura das efemérides, que se faz toda semana, na Casa de Machado de Assis.

  • Octavio Frias de Oliveira: a passagem de um grande brasileiro

    A surpresa foi grande, quando recebemos o telefonema da redação da “Folha de São Paulo”. A voz não demorou a dar a má notícia: “O seu Frias morreu e gostaríamos de uma opinião a respeito. Sabemos que o sr. foi grande amigo dele.”Como resumir numa frase a imensa admiração pelo homem que transformou o seu jornal numa trincheira em defesa das liberdades democráticas? Foi uma grande personalidade, empresário bem sucedido, e depois jornalista de primeira qualidade.

  • Academia e saberes vários

    A ABL não pode se ausentar das evidências do quotidiano. Não nos emociona a busca da celebridade mas a das raízes da cultura, que é, por essência, multicêntrica. Não podemos ser exclusivamente uma agência a pensar a Cultura e a Língua, de forma alienada, devemos ser uma agência, mas desde que inserida no tempo, na circunstância. Uma agência situada. E, para ser assim é preciso a visão complementária e compensatória, pois a Cultura permeia todas as faces do fazer, do pensar. Não se dedica a meras apoteoses.

  • Opinião: Um governo de maiorias desnecessárias

    Os dados estão aí, exuberantes, a mostrar a prosperidade do segundo governo Lula. Somam-se os números do aumento da renda per capita como da sua efetiva distribuição, de par com a queda das taxas de câmbio e de juros. Mais que acidente de trajetória, a chuva de dólares no país põe em causa a opção de crescimento ainda cravada na tônica exportadora da última vintena.

  • 400 anos de atraso

    Quem acompanha os trabalhos científicos brasileiros sabe que foi o professor Carlos Chagas quem descobriu o veneno transmitido pela picada do Barbeiro, habitante das casas de taipa. O professor Carlos Chagas estudou o primeiro bicho-barbeiro por ele selecionado e verificou o positivo contágio que pode levar o paciente à morte, se não for tratado a tempo.

  • A mãe de Silas

    Já dediquei artigo anterior a Silas Rondeau. Neste artigo me dedico a homenagear a sua mãe. Pensem bem os leitores: uma senhora pacata, de 80 anos, ocupada com o lar e com sua família, resolve aconselhar seu filho, o ilustre ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, para que saísse da política e voltasse à vida particular, na qual ganhou nome e bem-estar. A senhora Rondeau usou o clássico instinto feminino e logo que assistiu à reportagem do Fantástico no último domingo tratou de ligar para o filho, aconselhando-o a deixar o cargo, que os dejetos políticos já haviam chegado a seu ministério. Transmitiu a Silas o seu conselho de mãe, exclusivamente interessada no destino dele. A mãe viu, apenas, o destino do filho em perigo e tratou logo de alertá-lo, para que ele tivesse mais uma opinião a seu favor e com ela abrisse caminho para o retorno à vida particular e aos seus negócios de técnico em mineração.

  • Por que os bingos?

    Leio num dos jornais paulistanos que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu dar à União o poder de autorizar o funcionamento dos bingos. É lamentável. Os bingos podem, no máximo, criar alguns empregos e não facilitam o desenvolvimento das regiões onde funcionam. Bingo é jogo de azar e "come" a renda dos menos favorecidos, que ali procuram ganhar reforço orçamentário que os ajude a manter a casa.

  • A berlinda de Renan

    É incontestável, para os estudiosos, que as instituições políticas brasileira decaíram muito na representação de seus membros, incluindo entre elas o Senado Federal, que já foi a Casa que abrigou as mais altas figuras na militância política e administrativa. Quem leu, como eu, O Senado do Império, do saudoso Afonso de Taunay, fica desencantado. O presidente do Senado, Renan Calheiros, não fez por menos ao rebaixar ainda mais a Casa onde exerce o mandato parlamentar, levando ao plenário a esposa, para tornar mais dramática a sessão senatorial em que tudo fez para provar a sua inocência. Mas ele mesmo admitiu não ter provas de ter dado o dinheiro e é por esse motivo que será investigado.