
Não morri e continuo o mesmo
Para quem porventura alimentava a esperança de ver-se livre desta coluna, receio não ter boas notícias. Não só voltei, como estou em pleno gozo de minhas faculdades físicas e mentais, o que lá signifique isto em meu caso. Esclareço este último ponto porque assisti, não sem certo susto, a minha cara aparecendo na tevê, com a apresentadora anunciando que eu tinha tido um AVC, o que, aliás, é verdade, mas não foi a razão por que fui hospitalizado na Bahia e quase morri na casa onde nasci. Sei que tem gente que adora histórias de internações, emergências e coincidências abençoadas, e a ela, pedindo desculpas a quem não gosta, dedico a inevitável explicação que descobri que tenho que dar, antes de reassumir minha missão de ocupar este espaço.