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Artigos

 
  • A responsabilidade do voto

    A participação do ministro Luis Roberto Barroso no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal será muito maior do que ele imaginava. ou desejava, até ontem. Será ele, e não o ministro Teori Zavascki, o primeiro a votar depois do relator e do revisor, no caso dos embargos declaratórios. E também será o primeiro voto na definição do plenário sobre a existência ou não dos embargos infringentes nos tribunais superiores.Embargos infringentes são aqueles que podem reabrir o julgamento quando os condenados receberam pelo menos quatro votos a favor.

  • A caça

    O título do filme dinamarquês A caça, do diretor Thomas Vinterberg, pode suscitar duas linhas de raciocínio: a caça aos cervos, comum nas áreas rurais daquela região, ou a verdadeira caçada humana levada a cabo contra o professor Lucas, de uma escola infantil, injustamente acusado da prática de pedofilia. A interpretação fica com os espectadores do filme premiado.

  • Tempos estranhos

    Outro dia, um amigo comentou, desconfiado a propósito dos últimos acontecimentos, que o país está "meio estranho" Em situação mais formal, coube ao ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello dizer, num julgamento em que o STF negou recurso sobre a morte em trote da USP, mantendo a decisão do ST} que encerrou a ação penal, que "tudo é possível porque os tempos são muito estranhos"

  • O futuro dos peitos

    Sempre à busca, por profissão e sina, de novidades e maravilhas que lhe possam atrair fregueses e assim garantir seu laborioso e incerto sustento, o escritor, em dias de sorte como hoje, regozija-se por haver achado uma notícia que talvez ainda não tenha chegado à meia dúzia de três ou quatro que o leem. Em si, ela já não causará o impacto que teria há algum tempo, mas enseja alguma meditação sobre o nosso futuro. Trata-se da criação de, digamos, um novo conceito gastronômico, qual seja o de que é bom comer rodeado de garçonetes esvoaçantes, que circulam de patins, usando shorts curtinhos, com os umbigos à mostra até quase lá embaixo e, principalmente, decotes panorâmicos. Se não estiverem servindo às mesas, fazem demonstrações de bambolê e dão cambalhotas em camas elásticas. Apressadamente, o jovem afoito aprovará, mas convém recordar que almoçar dessa forma pode suscitar problemas, pois não são nem um nem dois os casos narrados pelo Brasil afora de mortes pela temida congestão, ocorridas quando o imprudente finado comeu mocotó e foi aos dares e tomares com alguma senhora, ou teve os chamados baixos instintos vigorosamente incitados por visões provocantes.

  • O grande bródio

    Não sei se a culpa é de dona Dilma ou de Lula. O fato é que um dos dois, ou os dois juntos, anteciparam de maneira absurda a campanha eleitoral para a próxima Presidência da República. Aliás, o PT adora e se aproveita de qualquer coisa que mobilize suas bases. Uma vez no poder, a administração prosaica e banal não entusiasma a máquina que movimenta sua decantada militância.

  • Contra a impunidade

    A comissão formada na Câmara para propor uma nova versão da PEC 37, que impede o Ministério Público de realizar investigações criminais, é um exemplo auspicioso de como encaminhar questões polêmicas como essa para soluções de consenso.

  • Fora da zona de conforto

    Se as pesquisas mostrando um viés de baixa na popularidade da presidente Dilma causaram alguma mudança no ânimo de muitos dos políticos aliados, foi provocá-los a sair da zona de (des)conforto em que estavam, como se o resultado da eleição de 2014 estivesse já decidido, e procurar alternativas. Para os assessores do Planalto, o viés de baixa trouxe novas dores de cabeça, como o "encarecimento" do apoio no Congresso, a mostrar que nada está decidido e que se quiserem se manter no poder terão que suar a camisa.

  • Unidade de ação

    A presidente Dilma Rousseff, disposta a “fazer o diabo” para se reeleger, montou uma estratégia de sufocamento dos possíveis adversários saídos da base governista, mais capazes de lhe roubar votos de eleitores petistas. O senador Eduardo Campos, governador de Pernambuco, e a ex-senadora Marina Silva, são os alvos preferenciais, Marina pela capacidade já demonstrada na eleição de 2010 de penetrar na esquerda ecológica, numa classe média moderna e nos evangélicos, e Campos pela potencialidade de atuação no Nordeste, onde o PT e seus aliados, inclusive o PSB, são fortes a ponto de terem dado a Dilma o dobro de votos que o candidato tucano José Serra recebeu.

  • Práticas rudimentares

    O mais importante das pesquisas que saíram nos últimos dias não é exatamente a queda de popularidade da presidente Dilma em si, pois ela continua muito bem avaliada, mas a confirmação de que essa avaliação é suscetível a mudanças quando a economia não anda bem.

  • 35 anos de Telecurso

    Sempre acompanhamos de perto a evolução do Telecurso, um belo empreendimento pedagógico da Fundação Roberto Marinho.  Está comemorando 35 anos de existência, com magníficos resultados em nada menos de seis  estados do país.  Como prova do seu alcance, pode-se afirmar que membros  de aldeias ticunas, no Amazonas, interagem com o material disponível, inclusive já agora com o emprego indispensável da internet.  Para chegar à comunidade, é preciso viajar mais de duas horas a bordo de uma lancha voadeira.  E então ter acesso ao material da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que chega religiosamente.  São alunos de 35 a 71 anos.  O processo não tem limites.                                             Os números do Telecurso são impressionantes, sobretudo se considerarmos que não são frutos de ações governamentais.  É uma  valiosa contribuição da iniciativa privada, representada pela FRM.  Já foram atendidos mais de 6 milhões de estudantes.  A Telessala tornou-se uma respeitável metodologia, com base em materiais escritos por professores universitários de reconhecida competência.  Hoje, é uma política que ajuda a resolver os problemas de atendimentos nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia.  Pela diversificação geográfica se pode ter a dimensão exata da importância do projeto.                                             Muitos dos alunos aqui referidos estão indo à escola pela primeira vez.  Não teriam outra chance de aprendizado.  Fazem referências elogiosas à educação recebida: “Meus pais eram muito pobres e não tinham condições de pagar os meus estudos.  Foi graças ao Telecurso que consegui aprender a ler e escrever.”  Esse é um comentário comum, na história do projeto.                                             Uma professora que dá aula para duas turmas é muito clara: “Temos que superar obstáculos.  Eles querem estudar, é a melhor maneira de transformar a sociedade”, afirma uma das dedicadas mestras que leciona numa palafita de um dos rios da Amazônia.  Revela-se feliz da vida com os resultados.                                              Hoje, o Telecurso conta com 40 mil professores e já distribuiu nada menos de 24 milhões de livros, além de quase dois milhões de fitas.  São números bastante expressivos, referendados oficialmente pelo Ministério da Educação, que editou o “Guia de Tecnologias Educacionais” com base nesse gigantesco trabalho da Fundação Roberto Marinho.                                              De nossa parte, temos a experiência do emprego desse material nos trabalhos oferecidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola, no Brasil inteiro.  Só no Rio de Janeiro, são cerca de  30 mil estagiários e mais de cinco mil aprendizes (jovens de 14 a 24 anos incompletos).  Podemos afiançar que os livros são muito apreciados pelos alunos, com um argumento básico que ouvimos sempre: “A vantagem deles é que se referem sempre a situações do cotidiano, da vida.”  Isso foi apreendido, desde os primeiros tempos, com as ideias do educador  Paulo Freire.

  • 35 anos de Telecurso

    Sempre acompanhamos de perto a evolução do Telecurso, um belo empreendimento pedagógico da Fundação Roberto Marinho.  Está comemorando 35 anos de existência, com magníficos resultados em nada menos de seis  estados do país.  Como prova do seu alcance, pode-se afirmar que membros  de aldeias ticunas, no Amazonas, interagem com o material disponível, inclusive já agora com o emprego indispensável da internet.  Para chegar à comunidade, é preciso viajar mais de duas horas a bordo de uma lancha voadeira.  E então ter acesso ao material da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que chega religiosamente.  São alunos de 35 a 71 anos.  O processo não tem limites.                                             Os números do Telecurso são impressionantes, sobretudo se considerarmos que não são frutos de ações governamentais.  É uma  valiosa contribuição da iniciativa privada, representada pela FRM.  Já foram atendidos mais de 6 milhões de estudantes.  A Telessala tornou-se uma respeitável metodologia, com base em materiais escritos por professores universitários de reconhecida competência.  Hoje, é uma política que ajuda a resolver os problemas de atendimentos nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia.  Pela diversificação geográfica se pode ter a dimensão exata da importância do projeto.                                             Muitos dos alunos aqui referidos estão indo à escola pela primeira vez.  Não teriam outra chance de aprendizado.  Fazem referências elogiosas à educação recebida: “Meus pais eram muito pobres e não tinham condições de pagar os meus estudos.  Foi graças ao Telecurso que consegui aprender a ler e escrever.”  Esse é um comentário comum, na história do projeto.                                             Uma professora que dá aula para duas turmas é muito clara: “Temos que superar obstáculos.  Eles querem estudar, é a melhor maneira de transformar a sociedade”, afirma uma das dedicadas mestras que leciona numa palafita de um dos rios da Amazônia.  Revela-se feliz da vida com os resultados.                                              Hoje, o Telecurso conta com 40 mil professores e já distribuiu nada menos de 24 milhões de livros, além de quase dois milhões de fitas.  São números bastante expressivos, referendados oficialmente pelo Ministério da Educação, que editou o “Guia de Tecnologias Educacionais” com base nesse gigantesco trabalho da Fundação Roberto Marinho.                                              De nossa parte, temos a experiência do emprego desse material nos trabalhos oferecidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola, no Brasil inteiro.  Só no Rio de Janeiro, são cerca de  30 mil estagiários e mais de cinco mil aprendizes (jovens de 14 a 24 anos incompletos).  Podemos afiançar que os livros são muito apreciados pelos alunos, com um argumento básico que ouvimos sempre: “A vantagem deles é que se referem sempre a situações do cotidiano, da vida.”  Isso foi apreendido, desde os primeiros tempos, com as ideias do educador  Paulo Freire.

  • Desponta o Brasil africano

    As decisões de Dilma, na Etiópia, em favor dos países africanos já tiveram o seu impacto nas oposições. O volume do apoio a nove Estados do continente provoca o questionamento do Congresso sobre até onde isso envolve o suporte a empresas brasileiras para as novas obras e, quem sabe, ligadas ao Planalto para a campanha de 2014.

  • Visões camonianas

    Ao se referir ao Velho do Restelo no discurso que fez na quarta-feira no Palácio do Planalto, para criticar os pessimistas, a presidente Dilma Rousseff estava assumindo uma visão apologética da obra de Camões “Os Lusíadas”, que identifica o personagem do Canto IV com uma visão do passado, um conservador que não entendia o seu tempo.