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Artigos

 
  • Tendência perigosa

    A reunião administrativa da CPI do Cachoeira foi cheia de indícios que confirmam que o governo vai tentar manipulá-la para proteger os seus e atacar a oposição. Essa foi a primeira indicação de para que lado vão as investigações, mas não significa que a maioria vá conseguir levar até o final as investigações a seu bel-prazer.

  • Pela liberdade de expressão

    Não foi por acaso que seis organizações representativas da imprensa privada em países da América do Sul soltaram uma nota denunciando ataques à liberdade de expressão no Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. A situação atual na região mostra o paradoxo de governos democráticos criarem obstáculos à liberdade de expressão.

  • Obras inacabadas

    Num museu em Florença (Galleria dell'Accademia), está a série de esculturas inacabadas, obras de Michelangelo, o mármore ainda bruto não de todo cinzelado, esboçando um conjunto monumental de escravos.

  • A democracia e a aposta chinesa

    Continuamos a manter a visão da mudança e da melhoria social universais, a partir da exigência, urbi et orbi, da democracia. A Primavera Árabe mostrou-nos o paradoxo desta crença. Deparamos os casos típicos da Tunísia e do Egito, de como as eleições livres permitiram a torna do fundamentalismo, na clara regressão histórica dos valores da cidadania. Sobretudo, do que se pensava fosse a conquista irrevogável da modernidade, com o avanço do laicismo.

  • Jogada política

    Não é possível garantir que tenha sido assim, mas há quem aposte que o objetivo principal da campanha de redução dos juros que o Palácio do Planalto desencadeou contra os bancos privados era criar um clima político que favorecesse a mudança das regras das cadernetas de poupança sem desencadear grandes protestos na população, como aconteceu em 2009 quando o presidente Lula, também muito popular, teve que desistir das mudanças.

  • O papel do mínimo

    Com o aumento do valor médio do salário que está acontecendo na economia brasileira, cada vez mais a tarefa de ajudar a combater a pobreza extrema, uma das prioridades da presidente Dilma reafirmada no discurso de 1 de Maio na televisão, deixa de ser do salário mínimo, que acaba ficando com o papel de fator de distribuição de renda.

  • La scienza è mobile

    Escrevi esse título aí sem pensar em nada além de aproveitar a célebre ária do Rigoletto para o assunto sobre o qual acho que vou escrever hoje. Não vejam nesta incerteza, queridos leitores, irresponsabilidade, leviandade ou escassez de disciplina profissional. É que, pelo menos para certos escritores, assunto é assim: o sujeito pensa que escolheu um, mas logo outro se intromete, toma a frente e às vezes cria situações difíceis. Em todos os romances que escrevo, sempre há algum personagem que eu quero matar e ele não morre, alguém que eu quero casar e ele se recusa. Com assunto é a mesma coisa e receio que algo do gênero está acontecendo no momento.

  • Pelo crescimento

    O presidente eleito da França, o socialista François Hollande, resumiu na frase “a austeridade não é uma fatalidade” sua bandeira de luta dentro da União Europeia, como se ainda estivesse disputando a eleição com Nicolas Sarkozy, o candidato preferido da líder alemã Angela Merkel.

  • Manobras

    Mais uma manobra para atrapalhar o julgamento do mensalão acaba de ser superada pelo Supremo Tribunal Federal, que recusou retirar do processo Roberto Salgado, diretor do Banco Rural, utilizado no esquema dos mensaleiros.

  • Crime organizado

    O comentário do senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira já estava no terceiro estágio do crime organizado, buscando negócios legais, resume bem o estado de espírito dos parlamentares que participaram do depoimento teoricamente secreto do delegado da Polícia Federal (PF) Raul Alexandre Marques Souza na CPI.

  • E a vida em 2052?

    Depois de ter ajudado a publicar, em 1972, um estudo do Clube de Roma sobre "Os limites do crescimento", o acadêmico norueguês Jorgen Randers, especialista em questões climáticas, planejamento de cenários e dinâmica dos sistemas, tenta vislumbrar como será a nossa vida daqui a 40 anos – e para isso contou com a colaboração de 40 autores. São pensadores que se debruçam sobre áreas como economia global e recursos. As previsões foram feitas a partir de modelos de computador, mas têm uma característica eminentemente humana. Prevê-se, por exemplo, que em 2052 a concentração de CO2 na atmosfera continuará aumentando e a temperatura em geral crescerá 2ºC. Mesmo assim produziremos a comida de que necessitaremos, embora seja possível a existência de baques em relação ao milho nos EUA e ao trigo na Índia.

  • Os cofres públicos

    Até parece que o deputado Miro Teixeira, do PDT do Rio, estava adivinhando quando, antes mesmo de a CPI começar formalmente seus trabalhos, anunciou que um dos seus objetivos principais deveria ser a garantia de que o dinheiro eventualmente desviado dos cofres públicos fosse devolvido. Por isso, encaminhou proposta de indisponibilidade dos bens de pessoas e empresas suspeitas de envolvimento no escândalo.

  • O socialista, enfim, sem disfarce

    Não haverá, por certo, comparação à força do pleito democrático francês, que levou à vitória de François Hollande, dos percentuais mínimos de maioria, frente ao esforço de Sarkozy, até a última hora, de levar a melhor na confrontação, e que mereceu, de imediato, a homenagem e o reconhecimento do novo chefe de Estado.

  • Sem revanchismos

    O advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho tem bons motivos para estar feliz: foi indicado para compor a Comissão da Verdade, e seu livro, uma formidável biografia do poeta português Fernando Pessoa, tida como uma (quase)autobiografia no título por utilizar os próprios poemas para contar a vida de Pessoa, está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos em Portugal.

  • Novas fitas na CPI

    A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista que investiga as relações do mafioso Carlinhos Cachoeira com políticos, empresas e órgãos do Estado entra em sua segunda semana com a perspectiva de receber novas levas de fitas registrando mais conversas do senador Demóstenes Torres com  integrantes do grupo.