Configura-se, até agora, um empate dramático na competição entre Obama e Romney para o pleito presidente. É o que remete, de maneira crucial, à presença, ou não, daqui para o futuro, do estado na vida política dos EUA. Deparamos, na candidatura republicana, a resposta de expectativa histórica da cultura do país. Apoiado no individualismo, na certeza da prosperidade, na plena assunção do modelo econômico capitalista, Barack Obama vai ao contraponto desses rumos. Ampliou o New Deal rooseveltiano, na antecipação, mesmo, da crise de 68, que atingiu em cheio o seu mandato, de par com a consciência dos crescentes desequilíbrios do bem-estar social americano. O acesso aos serviços públicos, através do programa de generalização da oferta da saúde, transformou-se no seu carro-chefe, de par com a tentativa de redistribuição de renda pela imposição fiscal, que ainda não avançou, e da melhoria da Previdência.