Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • O perigo de um fundamentalismo ocidental

    O advento democrático no Oriente Médio não nos pode deixar de nos acautelarmos quanto ao perigo de que esses novos regimes atentem às condições de pluralismo, de que se faz o efetivo avanço das liberdades. O pior é que agora - e diante do risco do terrorismo islâmico e da guerra de religiões - a exclusão social se alastra no próprio Ocidente, sendo esse o perigo dos novos fundamentalismos que acossam os Estados Unidos e a Europa. Começa pela tomada de posição antiárabe da Alemanha e da Inglaterra e continua pelo novo perfil americano, nas políticas de reconhecimento social no seu território.

  • Tempo presente

    Estou, ultimamente, certo de que um fenômeno está surgindo no mundo atual: a compressão do tempo. Ele está cada vez mais chato e achatado. Parece que a cada dia fica mais curto.

  • Diálogos civilizacionais

    Mesmo em obras, na sua sede principal, a Organização das Nações Unidas viveu, em Nova Iorque, um dia de múltiplas atrações culturais. Por iniciativa de Marcos Troyjo e Marcos Vargas (Casa do Brasil), em colaboração com a UNESCO, foram comemorados o 10º aniversário do Ano das Nações Unidas para o Diálogo entre Civilizações e o Dia Mundial da Diversidade Cultural (21/05).

  • A reforma política já chegou

    Suspeita-se na ilha que a propalada operação de safena a que se submeteu recentemente Zecamunista foi na verdade um implante criado pela diabólica medicina da União Soviética, que, quando não mata, como foi o caso de Zeca, injeta tamanha dose de energia no indivíduo que ele sozinho vale por todo um Politburo, coisa braba mesmo, do tempo do camarada Stalin Marvadeza e da NKVD. Não sei se os rumores procedem, mas de fato Zeca, exibindo a cicatriz do peito por trás de uma correntinha com uma foice e um martelo e umas contas de Xangô (quando uma vez eu perguntei a ele que mistura era essa, ele me deu um sorriso de desdém e respondeu apenas que não era materialista vulgar), está mais elétrico do que nunca. Na hora em que o peguei, ele ainda recebia abraços e apertos de mão pela palestra que acabara de fazer no bar de Espanha, esclarecendo a todos sobre o sistema político brasileiro. Infelizmente, perdi a palestra, mas ele, muito modestamente, me disse que não tinha sido nada de mais.

  • Temo que não dê certo

    Já lembrei algumas vezes o velhinho do Iseb. Para quem não sabe, tratava-se de um grupo de intelectuais progressistas que se reunia todas as noites num casarão da rua das Palmeiras, em Botafogo, e era o contraponto ideológico da Escola Superior de Guerra, na Praia Vermelha, onde estava sendo articulado o golpe de 1964.

  • Apagando incêndios

    Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália, em 1942, pelo menos aqui no Rio houve uma campanha para formar bombeiros voluntários: medo de ataques aéreos que não chegaram a acontecer. Um vizinho meu, um tal de Bezerra, recebia inscrições de pessoas acima de 50 anos.

  • Um projeto vitorioso

    De início, a onda avaliativa do MEC  foi vista com alguma desconfiança.  Erros cometidos, que são humanos, serviram para corroborar  a  visão de que seria impossível  avaliar um sistema de milhões de participantes.  Hoje, até  recalcitrantes reconhecem que era preciso conhecer melhor o conteúdo da educação brasileira, para alcançar a etapa seguinte que é a do aperfeiçoamento desejado.

  • Dilma agrega apoios

    O recorde de 77% de aprovação pessoal que a Presidente Dilma obteve na mais recente pesquisa de opinião do Ibope pode ser explicado por uma conjunção de apoios, pois ela mantém a hegemonia na região nordeste (82%) e entre os cidadãos que ganham entre um e dois salários (59%), mas conseguiu ser igualmente bem avaliada entre os eleitores com renda familiar superior a dez salários mínimos (60% de ótimo e bom) e na região sudeste (75%).

  • Chico imortal

    Sobre o humorista Chico Anysio, cuja morte todos lamentamos, já se escreveu tudo.  Ou quase tudo.  Quero contar um episódio, até aqui inédito, do qual fiz parte, e que agora, em homenagem a sua memória, vou revelar.

  • A praga da corrupção

    Enquanto no país prevalecer a postura de tratar a corrupção dos aliados e correligionários como uma questão política, e demonizar a corrupção dos adversários, não teremos condições de controlar essa verdadeira praga, que não é “coisa nossa”, pois está espalhada pelo mundo globalizado, mas que tem encontrado entre nós um acolhimento incomum devido à legislação frouxa e à cultura da impunidade que por aqui impera.

  • Um luxo

    Certa vez Caetano Veloso disse que ter tido Fernando Henrique Cardoso e depois Lula como presidentes era "um luxo" para o Brasil. Ontem, na posse da Comissão da Verdade, que não por acaso também marcou a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, tivemos, graças à presidente Dilma, uma demonstração de que estamos avançando, apesar das lutas políticas e dos eventuais desvios, na construção de uma democracia estável e madura.

  • Modelo esgotado

    O economista Claudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, apresentou no Fórum Nacional, tradicionalmente organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, um interessante trabalho sobre as limitações do atual modelo econômico brasileiro, a despeito dos avanços registrados nas duas últimas décadas: uma combinação de estabilidade macroeconômica e redução da desigualdade e da pobreza, acompanhada de uma expansão do consumo nas camadas tradicionalmente mais afastadas do mercado.

  • O que é assistência social?

    Não é que o nosso povo tenha atração pelo embaralhamento das coisas. Mas às vezes até parece que essa é uma predestinação histórica. Veja-se o caso da educação, para alguns autores desatentos sinônimo de ensino e até de instrução. Sabe-se que cada um desses termos tem o seu significado próprio, o que não impediu inclusive legisladores de citarem o sistema nacional de educação como se fosse sistema nacional de ensino. A educação é muito mais ampla.

  • Dessemelhanças

    Na sabatina do Globo com o candidato tucano José Serra, uma pergunta de Arnaldo Bloch levantou um tema que tem predominado no debate político nos últimos anos: quão realmente semelhantes são os projetos de PT e PSDB e, na atual conjuntura eleitoral, se realmente tanto faz votar em Dilma ou Serra para presidente.