Ao receber o presidente Wulff, da Alemanha, Dilma Roussef deu os primeiros passos de uma política externa, na linha desenhada pelo governo Lula. Amadurecemos no último mandato esta quebra de uma velha geografia de centros e periferias, em que se reforçava, classicamente, a dominação americana transformada em hegemônica, nos anos subsequentes à queda do muro. Num novo ressalto internacional, a autonomia brasileira vai, naturalmente, à constituição do bloco dos BRICS, e, fora do perfil, ainda há uma década, previsto para a globalização. Nosso País confronta-se aí a duas outras nações gigantes, a China e a índia, também voltadas, pela dinâmica de sua própria população, para uma política de desenvolvimento nacional. Desaparecem, nesse quadro, as velhas polarizações, com a clássica ascendência dos Estados Unidos ao lado do continente europeu, e até a crise financeira de 2008, voltados para a afluência e o progressismo do modelo neoliberal.