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Artigos

 
  • "Oh! Quanta desgraça junta!"

    Não, ninguém precisa se inquietar, não se trata das desventuras nacionais e mundiais que nos chegam por aparelhos tecnológicos de alta definição. Esta "desgraça junta" nada mais é que um samba-canção dos tempos em que a dor de corno era mais abrangente e inspiradora.

  • Quem ensina sempre aprende

    A frase tanto pode ser  atribuída a Anísio Teixeira quanto a Guimarães Rosa.  Ambos, em tempos distintos, afirmaram que quem ensina sempre aprende. É uma realidade indiscutível.

  • Ideli 2.0

    Se pegarmos exemplos da atuação parlamentar das novas ministras responsáveis pelos dois principais cargos do governo Dilma — Gleisi Hoffmann na Casa Civil e Ideli Salvatti nas Relações Institucionais —, fica claro que a relação do Executivo com o Legislativo não será facilitada. O apelido de Gleisi no Senado era "Ideli 2.0", a indicar que a representante paranaense podia ser mais agressiva ainda que sua ex-colega.

  • Sintomas de hiperpresidencialismo

    Os fatos políticos recentes podem indicar que estamos caminhando perigosamente para um sistema político que se aproxima muito do hiperpresidencialismo, caracterizado pelo excesso de poderes concedidos ao Executivo, o que pode levar à deterioração da democracia, ou até mesmo à sua destruição. Esse fenômeno pós-moderno está se alastrando pela América Latina e atinge algumas partes do mundo, como a Rússia. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar que a decisão sobre a extradição do ex-terrorista italiano Cesare Batistti coubesse ao presidente Lula, mesmo sem que os termos do tratado fossem obedecidos, na prática deu poderes discricionários ao chefe do Executivo, poderes que já haviam sido negados em reunião anterior do mesmo Supremo. Também a escolha das principais assessoras diretas da Presidência ter recaído sobre políticas pouco afeitas à negociação, que assumem como principal tarefa fazer com que a vontade do Executivo seja acatada pelo Legislativo, indica uma tentativa de utilizar a maioria esmagadora que forma a base parlamentar do governo para, simplesmente, referendar a vontade do Executivo. O sistema presidencialista oferece ao chefe do Executivo muitas alternativas legais para contornar o Poder Legislativo, e os presidentes têm mais flexibilidade para montar seus ministérios.

  • "E la nave va"

    Nada surpreendente na decisão do Brasil de negar o pedido da Itália sobre o caso Battisti. Para simplificar, diria que a respeito de extradições temos uma tradição nacional e cito dois exemplos mais ou menos recentes. O do inglês Ronald Biggs e o do austríaco Gustav Franz Wagner.

  • Creio que nem Antônio encara

    Estive pensando sobre o dia de hoje e a ingratidão humana me veio logo à mente. Com exceção de alguns poucos devotos e devotas (não estranhem que eu agora viva diferençando os gêneros, desta forma antes inusitada; é que também desejo, queridas leitoras e queridos leitores, ascender à norma culta de Brasília; e por isso mesmo também observo que, para se estar na boa prática do bem falar atual, hoje devia ser Dia dos Namorados e das Namoradas), ninguém lembra a grande figura por trás da instituição do Dia dos Namorados. Nós, brasileiros e brasileiras, somos muito ingratos.

  • A reforma do Estado

    O Estado é a mais relevante das instituições políticas e, talvez, a mais engenhosa criação da humanidade. A despeito de ter passado por profundas mudanças que vão da "polis" ao império, do império ao feudo, do feudo à monarquia e da monarquia à republica, não conhecemos mais que duas formas originais de sua organização: ou são unitárias ou compostas, isto é, federativas. Por essa razão, toda e qualquer alteração transcendente na vida das nações passa necessariamente pela reforma do Estado. Em nosso caso, a reforma da Federação.

  • Os bombeiros

    O governador Sérgio Cabral é um político, conheço-o pessoalmente de eventuais encontros na Casa de Machado e já o tenho criticado, com a mesma liberdade da velha expressão de Gaspar Martins, de que "as ideias não são metais que se fundem". Mas o nobre governante do Rio é um velho marinheiro" -não na idade, na experiência. E é um político:aquele que procura resolver os impasses. Cabendo-lhe, como dizia o goleador Dario, ser mais "solucionático, do que problemático."

  • Congestão republicana

    De repente, apesar da fama de machão ou de machista, o Brasil se descobre governado por mulheres. Na chamada República Velha, até 1930, uma situação como a de agora era impensável, seria até mesmo um escândalo, comprovada ficava a falência masculina para nos guiar e reger.

  • Limites à democracia

    Ninguém discute que os governos têm direito a manter segredos de Estado, mas o que está em jogo na discussão sobre a nova lei de acesso aos documentos públicos em tramitação no Senado é a limitação temporal desse direito, para que a História do país seja um patrimônio de todos os brasileiros.

  • Assim é se lhe parece

    A economia brasileira oferece menos riscos que a dos Estados Unidos ou, ao contrário, há indícios de que o país está a caminho de uma recessão? Nem uma coisa nem outra, mas ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, festejou no Palácio do Planalto o fato de que um indicador econômico do mercado financeiro, o CDS (Credit Default Swap), indicaria que o risco Brasil está pela primeira vez menor que o dos Estados Unidos.

  • Da greve dos bombeiros ao partido militar

    As manifestações de rua dos bombeiros, por quase um mês a fio, marca, sem dúvida, uma nova etapa das pressões grevistas na presente democracia brasileira. Não é mais um comício; são horas a fio dos manifestantes junto ao Palácio Tiradentes, na cantilena incessante de bordões e invectivas, cantos e cantochões, numa continuidade de vigília que passou, também, a atravessar os fins de semana. Acampamentos de rua, barracas contra as portas da Assembleia Legislativa, em todo o contrário de uma debandada pelo cansaço. Estamos diante de uma maratona, somando às lideranças um verdadeiro corpo de tropa e suas próprias famílias. O novo do movimento é a sua fusão com a crença evangélica. Seu principal comandante manifesta-se, exatamente, na linha ostensiva da crença, e começa a sua conclamação, sempre, em nome de Deus, da mobilização da fé, cercado, inclusive, pela certeza profética de seu êxito.

  • Nem que o mundo caia sobre mim

    Nem tudo está perdido: o Brasil está proibido pela Constituição de fabricar armas nucleares e só poderá usar a energia atômica para fins pacíficos e para o bem maior da humanidade. Não é nada, não é nada, mas o Paraguai e a Bolívia já manifestaram, anteriormente, os mesmos e sadios propósitos, vale dizer, o mundo deverá se curvar ante a trindade augusta formada pelos três paladinos da paz e da prosperidade entre os povos.

  • Sarney Ponto Com

    Uma jovem americana, Sarah Law Wu, tem o endereço @sarney no Twitter. Ela explica que é o apelido que lhe foi dado por sua avó, no Colorado, quando era menina -hoje tem 34 anos.