O primeiro-ministro Cameron, da Inglaterra, frente a larga reticência do Parlamento, acaba de defender a política da "migração boa" para o futuro do Reino Unido. Dos seus 62 milhões de habitantes, quase 5% vêm de estrangeiros para se radicar nas ilhas britânicas. O que está em causa, pela primeira vez nesta virada do século, é a restrição ao fluxo internacional que choca, de imediato, com as garantias dos direitos humanos de nossos dias. Não estamos ainda diante das proibições de etnias, nem do horror da retomada do que foram, no nazismo, as políticas frontais de exclusão coletiva do seio da modernidade. Mas à proposta de Cameron - para nossa inquietude - ecoa " também a de Angela Merkel entre migrações bem-vindas, ou mal-vindas, a colocar nestas, e de logo, a de árabes na Alemanha.