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Artigos

 
  • O diferente Brasil dos BRICs

    Não tivemos, nestas últimas décadas, situação idêntica à dessa maioria tranquila com que a candidatura Dilma vai às urnas.Mais do que vitória de partidos, ela representa a força de uma tomada de consciência nacional, que tem como seu protagonista o “povo de Lula”. Deparamos um Brasil consciente de um voto-opção, muito mais do que uma contradança clássica entre governo e oposição do velho país de sempre. A buscar, hoje, o Planalto vitórias do situacionismo no próprio coração de São Paulo, reflete a avalanche definida nos últimos dias por todas as sondagens eleitorais.

  • Os porteiros e a saúde

    O Brasil sempre foi considerado um país jovem. Não mais. Com a melhora das condições de vida e da assistência à saúde, a situação está mudando. Nas últimas cinco décadas, a proporção de pessoas com mais de 60 anos de idade na população passou de 8% para 11%, devendo chegar a 30% em 2050, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Boa notícia, mas que demanda certas providências: idosos, mesmo ativos e cheios de vida, muitas vezes precisam de algum auxílio, por exemplo, para subir ou descer escadas, para carregar um objeto pesado. Quem proporcionará essa ajuda?

  • Quem é quem

    Durante a campanha, os candidatos à Presidência bem que podiam aproveitar o tempo de exposição de que dispõem, sobretudo na televisão, para falar sobre a própria vida pessoal, as dificuldades que tiveram nas carreiras, na família, nos estudos, nos cargos que já exerceram, as soluções que encontraram, as vitórias e derrotas da complicada luta do viver.

  • Agora, um ensino diferenciado

    Há diversos estudos em andamento sobre o aperfeiçoamento da qualidade do ensino brasileiro, especialmente no Ensino Fundamental. Em comparação com escolas particulares, a educação pública está em nítida defasagem, o que vai de encontro às ambições nacionais de redução das nossas tradicionais e injustas desigualdades sociais.

  • Sinfonia macabra

    Manhã do último sábado. Um grupo de traficantes da favela da Rocinha voltava de uma festa na favela do Vidigal. Os dois morros não chegam a ser rivais, mas espremem um dos bairros nobres da zona sul da cidade. Tampouco são dos mais ferozes.

  • Dentadura, sapato ou emprego

    A grande festa da democracia já está rolando, embora a animação não pareça das mais intensas. Pelo menos para mim, nos cada vez mais escassos momentos em que consigo assistir ao horário eleitoral sem dormir, lembra esses circuitos de Fórmula Um onde as ultrapassagens são quase impossíveis e a corrida se define logo depois das primeiras três ou quatro voltas. Espero não violar nenhuma lei eleitoral, ao endossar a opinião de praticamente todo mundo com quem converso, ou seja, o dr. Serra já perdeu, anda com jeito de perdedor e às vezes a campanha dele dá a mesma impressão que a de um time de futebol em campo apenas para cumprir tabela. Observando-a em andamento, a gente às vezes precisa até de um pequeno esforço, para recordar que se trata de um candidato da oposição.

  • Uma tragédia brasileira

    O Palácio do Catete, no Rio de Janeiro,é um dos mais belos exemplos da arquitetura neoclássica no país. O prédio, luxuosamente decorado, tem entrada pela Rua do Catete,os jardins estendem-se até a Praia do Flamengo e é um prazer caminhar por suas areias, entre a luxuriante vegetação, os espelhos d'água,as estátuas de bronze em estilo europeu.Também se pode visitar o palácio propriamente dito, mas aí a sensação é outra: o terceiro andar foi o cenário terminal de um dos mais sombrios episódios de nossa história : o suicídio  de Getúlio Vargas, ocorrido a 24 de agosto de 1954, o triste final para a tragetória política de repercurssão nacional e internacional, trajetória esta  que se havia iniciado 24 anos antes, quando comandando as tropas na revolução de 1930, Getúlio chegava triunfante, à então capital federal. Afastado do poder em 1945, na onda global de democratização que se seguiu ao fim da II Guerra,Vargas retornou à Presidência consagrado por maciça votação. Encontrou uma tenaz oposição, que conseguiu encurralá -lo, desencadeando um final tão inesperado quanto chocante, um final que só teria alguma correspondência no suicídio de Salvador Allende.

  • A independência do Kosovo e a Corte de Haia

    O fim da guerra fria, ao dissolver polaridades, deu espaço às latentes forças centrífugas da vida social. Daí uma sublevação de particularismos - para falar como Octavio Paz - que hoje se expressa no reivindicar de políticas de reconhecimento e identidade. Uma manifestação disso é o tema do multiculturalismo no plano dos direitos humanos.

  • Como seria bom

    Há muitos e muitos anos, ir à Suécia era o sonho de jovens brasileiros que sobre ela só sabiam que revistas pornográficas lá eram produzidas e vendidas livremente e que as suecas tiravam a roupa assim que avistavam negros e morenos de modo geral, caso da grande maioria de nós. Até já estive na Suécia, ainda mais ou menos nessa época, e receio ter de recordar que meu bronzeado baiano não fez nenhum sucesso. Mas a imagem antiga, diluída em fantasias juvenis, permanecia na memória. De uns tempos para cá, contudo, isso vem sendo substituído por um certo calafrio, quando me bato com uma notícia vinda de lá.

  • Desta vez é despedida mesmo

    Não sou político, mas devo estar aprendendo com o exemplo, porque prometi um par de vezes aposentar definitivamente meu caderninho de implicâncias com a linguagem, até porque não quero ocupar este espaço com mais uma coluna sobre o bom uso de nossa língua, para o que, diga-se a tempo, não sou muito qualificado. Tem bastante gente fazendo isso nos jornais, com competência. Mas não cumpri — aliás, não estou cumprindo agora — as promessas. Peço a indulgência geral e prometo, agora solenemente, que tão cedo não torno a outra. Bem verdade que os políticos também fazem promessas solenes, mas espero não imitá-los no hábito de esquecê-las.

  • Visita à casa dos fantasmas

    Aproveitando a tarde chuvosa, decidi dar uma volta. Geralmente, costumo ir à praia, passear pela orla, mas caía uma garoa miúda e irritante, resolvi me embrenhar em outros bairros, distantes bairros de minha infância, que há muitos anos não visito, em parte por preguiça, em parte (ou no todo) por fastio. Peguei o carro e, sem saber o que fazer, fiz o que não devia.

  • As Guerras Púnicas

    - Há quem admire ou inveje os cronistas que dispõem de espaços na mídia, podendo escrever ou abordar assuntos fora da pauta dos editores e até mesmo das características essenciais do veículo, seja jornal, revista, rádio ou TV.Ledo e ivo engano! Trabalho nesta praia há muitos anos e até hoje não consegui emplacar um assunto de minha preferência: as Guerras Púnicas.