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Artigos

 
  • Os livros sublinhados

    Nem sempre escolho os livros que devo ler. São eles que me escolhem, me chamam da prateleira de uma livraria, e muitas vezes os compro sem saber qual a razão; mas cada um deixa sempre algo importante. Recentemente abri ao acaso alguns volumes de minha pequena biblioteca, e copio trechos sublinhados;

  • A renovação de uma língua

    Companheira dos usuários, a língua participa dos acontecimentos e mudanças históricas por que eles passam, sucessos ou fracassos. A língua portuguesa, transplantada à América por nossos descobridores e colonizadores, chega ao Brasil no século 16 num momento promissor.

  • Agora, é sem sorrisos

    Até ontem, o DMLU já tinha recolhido mais de 80 toneladas de cartazes, de santinhos, de panfletos diversos, um reflexo do peso do marketing político na campanha eleitoral. Pode ser um alívio, mas algumas coisas talvez deixem saudade. Por exemplo: as fotos dos candidatos sorrindo.

  • Carlos Chagas Filho e a ciência brasileira

    Há uma série de comemorações dos centenários de figuras ilustres da vida brasileira. Depois de Rachel de Queiroz e Aurélio Buarque de Holanda, agora é a vez de ser relembrado o que Carlos Chagas Filho representou para a nossa ciência. Foi o que fizemos, na Academia Nacional de Medicina, a convite do seu presidente, Pietro Novellino.

  • A polêmica do e-book

    Em primeiro lugar porque, ao que tudo indica, será um sucesso de vendas. Segundo recente matéria do The Wall Street Journal, os e-books já respondem, nos Estados Unidos, por cerca de 8% do faturamento total da venda de livros, o dobro do ano passado. Especialistas no mercado editorial acham que poderão representar 20% a 25% do total de vendas até 2012. Paralelamente, caem as vendas de livros de papel: nos Estados Unidos foram vendidos, em 2008, 1,63 bilhão de unidades (excluindo volumes educativos e técnicos), mas neste ano de 2010 o total deve diminuir para 1,47 bilhão (e para 1,43 bilhão em 2012). Pergunta: como vai repercutir esta tendência no meio editorial? E em relação aos autores? Questão complexa. Para começar, temos o assunto dos direitos autorais. Tradicionalmente, o autor recebe uma porcentagem que pode variar entre 5% e 15% do preço de capa (10% é a cifra mais comum). Mas isso vai mudar.

  • Fome de verdade

    Há uma cegueira que se tornou, praticamente, coletiva, bem maior do que a ensaiada por José Saramago, no seu conhecido livro, seja na política em que desapareceu a verdadeira oposição, fundamental no jogo democrático, ou nos deixa sem possibilidade de opção, seja nas artes que se fechou em cerebral experimentalismo, seja na literatura, onde se extravia, lentamente, a consciência cultural.

  • Dedicação a Pernambuco

    Fiz de minha vida uma missão: pôr-me sempre a serviço de Pernambuco e do povo pernambucano. Por mais universal que seja a vocação de cada um, como foi a de Joaquim Nabuco, é na terra em que nascemos que buscamos força, inspiração e alento. Devo a Pernambuco e ao povo pernambucano não apenas o que sou, mas tudo quanto, ao longo de minha existência, conquistei no exercício de sucessivos mandatos que sempre me foram concedidos. A esta generosidade não poderia responder senão com empenho e trabalho. Podemos divergir e a divergência é prova de vitalidade política e da natureza apaixonada de nossas convicções. Somos uma parcela do povo brasileiro que nada negou ao Brasil. Aqui não se forjou apenas o sentimento da nacionalidade. Aqui fincamos as raízes do nosso amor à liberdade. Regamos com sangue de nossos mártires e heróis as virtudes cívicas de todo o nosso povo. Tenho orgulho de ser parte desta herança que Pernambuco legou ao Brasil e a ela tenho procurado ser fiel.

  • Política e má consciência religiosa

    O balanço do processo eleitoral e a iminente vitória de Dilma já levam a inevitáveis revanchismos, todos a escrutinar possíveis contradições na personalidade da candidata. Ou inquirir sobre a sua religião, como condição "sine qua non" para o programa de governo.

  • Os ditos institutos de pesquisa

    As recentes eleições mostraram mais uma vez ao povo brasileiro que os institutos de pesquisa devem ser abolidos, já que se tornaram, por vários exemplos, prejudiciais, não só influenciando os eleitores, como apresentando dados falhos, além de serem manipuladores da opinião pública, podendo ser instrumentos perniciosos do poder, conforme os seus interesses.

  • Prato frio

    O Prêmio Nobel de Literatura sempre foi mais polêmico pelos autores que não o receberam do que pelos que o receberam -fora os casos dos que o recusaram, Pasternak, por imposição dos soviéticos, e Sartre, para marcar uma posição anticapitalista. Assim, ficam de fora de sua fileira muitos grandes nomes: Kafka, Proust, Joyce, Valéry, Ibsen, mais perto de nós, Onetti e Cortázar, e, em nossa casa, Drummond e Jorge Amado.

  • O perigo de um fundamentalismo ocidental

    O advento democrático no Oriente Médio não nos pode deixar de nos acautelarmos quanto ao perigo de que esses novos regimes atentem às condições de pluralismo, de que se faz o efetivo avanço das liberdades. O pior é que agora - e diante do risco do terrorismo islâmico e da guerra de religiões - a exclusão social se alastra no próprio Ocidente, sendo esse o perigo dos novos fundamentalismos que acossam os Estados Unidos e a Europa. Começa pela tomada de posição antiárabe da Alemanha e da Inglaterra e continua pelo novo perfil americano, nas políticas de reconhecimento social no seu território.

  • Tempo presente

    Estou, ultimamente, certo de que um fenômeno está surgindo no mundo atual: a compressão do tempo. Ele está cada vez mais chato e achatado. Parece que a cada dia fica mais curto.

  • Diálogos civilizacionais

    Mesmo em obras, na sua sede principal, a Organização das Nações Unidas viveu, em Nova Iorque, um dia de múltiplas atrações culturais. Por iniciativa de Marcos Troyjo e Marcos Vargas (Casa do Brasil), em colaboração com a UNESCO, foram comemorados o 10º aniversário do Ano das Nações Unidas para o Diálogo entre Civilizações e o Dia Mundial da Diversidade Cultural (21/05).

  • A reforma política já chegou

    Suspeita-se na ilha que a propalada operação de safena a que se submeteu recentemente Zecamunista foi na verdade um implante criado pela diabólica medicina da União Soviética, que, quando não mata, como foi o caso de Zeca, injeta tamanha dose de energia no indivíduo que ele sozinho vale por todo um Politburo, coisa braba mesmo, do tempo do camarada Stalin Marvadeza e da NKVD. Não sei se os rumores procedem, mas de fato Zeca, exibindo a cicatriz do peito por trás de uma correntinha com uma foice e um martelo e umas contas de Xangô (quando uma vez eu perguntei a ele que mistura era essa, ele me deu um sorriso de desdém e respondeu apenas que não era materialista vulgar), está mais elétrico do que nunca. Na hora em que o peguei, ele ainda recebia abraços e apertos de mão pela palestra que acabara de fazer no bar de Espanha, esclarecendo a todos sobre o sistema político brasileiro. Infelizmente, perdi a palestra, mas ele, muito modestamente, me disse que não tinha sido nada de mais.