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Artigos

 
  • Caixa 2 em xeque

    O financiamento de campanhas eleitorais voltará à ordem do dia quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retomar, nos próximos meses, o julgamento, que já conta com 5 votos favoráveis, da proibição de financiamentos por empresas privadas de campanhas eleitorais.

  • Antecedentes de 64

    Olhando da perspectiva do tempo, é pena que o brasileiro não seja mais cordial, como antes afirmavam os cientistas sociais. Cordialidade que, mais cedo ou mais tarde, brotará de suas raízes para constituir um perfil nacional do qual estamos nostálgicos, como o doutor Fausto naquele monólogo inicial, que "chorava continuamente os bens que não perdeu".

  • O impasse da reforma

    O financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas está sendo fortemente contestado no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) da OAB que tem como base trabalho de professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

  • Fim da matéria

    Um momento de indecisão ao subir a escada. Irá esbarrar com o quadro. É sua melhor obra em quase 20 anos de pesquisa e trabalho. A única que realmente valeu alguma coisa, que fugiu aos padrões convencionais, às repetições. E agora está abandonada e imersa no bar onde só se pensa em trepadas, negócios, piadas. Talvez tivessem substituído o quadro, muitos pintores gostariam de ter obra pendurada ali. Embora de costas, ele sente que o quadro é o seu.

  • Terrorismo

    A violência chegou ao limite do suportável em uma sociedade democrática nessas manifestações utilizadas pelos black-blocs como pretexto para suas atuações terroristas. O desprezo pela vida humana está implícito na atitude irresponsável de atirar um rojão em direção a adversários, pois qualquer pessoa normal sabe que não é possível soltar um artefato com esse teor de destruição em uma manifestação pública sem correr o risco de matar alguém, como aconteceu no caso trágico do cinegrafista da TV Bandeirante Santiago Andrade.

  • Terrorismo em debate

    O Brasil corre o risco de realizar uma Copa do Mundo de futebol, dentro de cerca de quatro meses, sem ter uma legislação que tipifique o crime de terrorismo, embora nossa Constituição se refira a esse crime em várias situações e diversos tratados internacionais obriguem o país a se posicionar sobre o tema. Mas, como vários assuntos, este também não foi regulamentado e, portanto, não existe lei para combatê-lo, a não ser a Lei de Segurança Nacional do tempo da ditadura, que não se quer utilizar em tempos de democracia.

  • Investigação fundamental

    A denúncia do advogado Jonas Tadeu Nunes, defensor de Fábio Raposo e de Caio Silva de Souza, acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, de que eles e vários outros jovens que participam das ações de vandalismo nas manifestações desde junho do ano passado recebem dinheiro para atuar abre uma nova fase nas investigações sobre a ação dos black-blocs.

  • O hino que falta

    Fileto morava, naquele tempo, com um rapaz que tentava carreira no mesmo corpo de baile do Theatro Municipal, mas desanimara porque, apesar de muito se esforçar, tinha o corpo desajustado para o balé, um pouco gordo embaixo e muito fino em cima, a cara meio encaveirada, pálida, uma cabeleira negra e farta sempre descabelada.

  • A Al Qaeda contra o terrorismo radical

    A Al Qaeda acaba de declarar sua ruptura com grupos terroristas radicais atuando no Iraque e na Síria, como o Al-Nusra e o dito “Estado Muçulmano”. Deparamos com o começo da modificação do confronto sem tréguas com o Ocidente, começado por Bin Laden e hoje seguido, após tantas explosões de homens-bomba, por Ayman al Zawahiri, o médico egípcio que assumiu a liderança do movimento. É como se estivéssemos ainda sem indício de cessar-fogo, diante de um horizonte de limites na confrontação com o mundo ocidental. Os primeiros resultados desse “conservadorismo” da Al Qaeda chegam agora ao paradoxo de tirar da mira a queda de Bashar al-Assad, na Síria, frente a um caos que até os terroristas clássicos temem, com as multirrebeldias e multi-jihads que rebentam no momento em toda a área.

  • Cortando na carne

    A cassação do deputado Natan Donadon por unanimidade dos presentes no plenário, com apenas uma abstenção — e por motivo justo, o ausente foi um deputado que também está sendo processado e se julgou impedido de votar — , trouxe de volta a PEC dos mensaleiros, a Proposta de Emenda Constitucional que torna automática a perda do mandato parlamentar por condenação por improbidade administrativa e crime contra a administração pública.

  • Jovens x idosos

    Com o aumento da expectativa de vida do povo brasileiro, que hoje chega aos 74 anos, é natural que o fosso intergeracional se alargue. Os interesses também se modificam, e de forma rápida, devido às inovações científicas e tecnológicas do nosso tempo. Por isso, o que empolga os jovens não é necessariamente o que encanta os mais velhos.

  • O fim do mundo e outras novidades

    Já tive oportunidade de denunciar aqui a aleivosia segundo a qual, quando o mundo acabar, lá na ilha nós só iremos saber uns cinco dias depois. Isto é fruto de inveja e despeito contra a pátria itaparicana. Pelo contrário, a julgar por certas circunstâncias, deveremos estar entre os primeiros a ser informados ou até convidados especiais. Em meio aos nossos inúmeros filósofos, pensadores, visionários e estudiosos de alta escatologia, muitos têm opiniões sólidas sobre o assunto e diversos conhecem datas e pormenores copiosos. O finado Americano, que nunca esteve sóbrio um só instante em toda a vida e morreu com uns noventinha, me disse uma vez que um belo dia o mar ia felver, ia felver, escaldar a ilha toda e, logo em seguida, o resto do mundo. Hélio Bríbria, que não larga a Bíblia e sabe de cor todas as profecias terríveis, fica checando tsunamis, terremotos, erupções e outras catástrofes, lê um trecho da Bíblia que julga apropriado para o evento e, os olhos brilhando, dá umas casquinadazinhas de satisfação. “Hi-hi-hi!” faz ele. “Vocês todos vão se lascar, tá tudo escrito aqui, tá tudo acontecendo!”

  • Política externa e a eleição presidencial

    A política externa é uma política pública. Tem como objetivo básico traduzir necessidades internas em possibilidades externas. Isso, no mundo contemporâneo, tem especial relevância porque o processo de globalização, nas suas múltiplas vertentes, contribui para diluir o que separa o "interno" de um país do que a ele é "externo". A importância crescente dos fluxos e das redes tornou as fronteiras porosas e, por isso, o mundo se "internaliza" na vida dos países, inclusive na forma de expectativas, positivas ou negativas, que guiam as condutas dos atores governamentais e não governamentais atuantes no sistema internacional. Tal "internalização" adensa o relacionamento entre política interna e externa, mas não é uniforme. Obedece à lógica das especificidades próprias e das características da inserção internacional dos países.

  • A disputa pelo tributo

    O economista José Roberto Afonso, um dos maiores especialistas em finanças públicas, acaba de publicar um artigo num livro que está sendo lançado no Chile com uma tese simples, mas polêmica, sobre a incapacidade de se aprovar uma reforma tributária no Brasil: para ele, os governos do PT sempre tiveram maioria parlamentar e apoio popular, e não se avança na reforma porque o governo nacional efetivamente não quer, não se interessa.

  • O rapaz grande e engraçado

    Lembro uma história que contei há tempos. Na França, Dominique Trizt, de quatro anos de idade, divertiu-se a tarde inteira jogando, da janela, as joias de sua mãe e o dinheiro de seu pai. Do lado de fora, "um rapaz grande e engraçado" ia recolhendo as joias e o dinheiro. Até hoje a polícia procura esse rapaz grande e engraçado que incentivou a inocente brincadeira de Dominique Trizt.