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Artigos

 
  • Mooc, uma grande inovação

    Hoje, no mundo desenvolvido, há uma inovação que movimenta algumas das maiores universidades internacionais, como a de Stanford, a de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusets. Trata-se do MOOC (Massive Open Online Courses), que oferece cursos de educação gratuita através da internet.

  • Realidade e fantasia

    Não combina com a ousada decisão de comparecer ao Fórum Econômico Mundial em Davos o discurso eleitoreiro da presidente Dilma sobre o estado das contas públicas brasileiras. Não é crível que tenha sido à toa que ela buscou a expressão “guerra psicológica” para desqualificar as críticas que seu governo recebe.

  • A questão não é o salário

    Estamos todos em busca da excelência. É um objetivo comum. Quando reparamos nas peripécias das correções das provas do ENEM, por exemplo, ficamos um pouco assustados. Estaríamos chegando próximos ao estágio em que o escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez (prêmio Nobel de Literatura) pediu para aposentar a gramática? Segundo ele, "é o terror dos seres humanos desde o berço." Não é exatamente a nossa opinião, mas devemos ter maiores cuidados com as avaliações em curso.

  • Colapso da Primavera Árabe e "guerra de religiões"

    Agudizou-se no ano findo o impacto gerado pelo colapso da dita “Primavera Árabe”, marcada pelo desmonte democrático, tão esperado no Oriente Médio após a queda das ditaduras do após-guerra de 1945, no Egito, na Tunísia ou na Líbia. A queda do presidente Mursi, no Cairo, primeiro governante eleito, evidencia a rotina do estado de direito no país. Os militares golpistas se justificaram com o perigo de que o regime derrubado abria o caminho para o poder religioso, como pregaria a “Fraternidade Muçulmana”. Depara-se neste breve histórico interlúdio democrático, a recuperação identitária nessas ações como advento à base de um Estado religioso islâmico. Já se abria a perspectiva, décadas antes, pelo retorno, no Irã, da Sharia, como descarte integral da prévia dominação ocidental em toda a região. Identicamente, a presente revolta das facções budistas do Miramar exarceba essa nova “guerra de religiões”, a eliminar os estratos islâmicos nesse país.

  • O bom exemplo da Coreia

    Quando estive na Coreia do Sul, a convite do seu governo, fiquei impressionado com a organização do sistema educacional. E vi a consequências disso na fábrica Sansung (mais de 103 mil funcionários). Todos tinham no mínimo o grau médio concluído. Trabalhavam numa linha de produção perfeita, que abrangia desde enormes aparelhos de televisão, até o gato Félix, todos destinados à exportação para os Estados Unidos.

  • Francisco e a conversão da Igreja

    A indicação do Papa Francisco como o “Homem do Ano”, capa da Time, já desperta, de logo, a resistência frente a tal consenso. I mediatamente, o Papa foi além das discussões genéricas sobre a justiça social e entrou a fundo na condenação do nosso regime econômico para o futuro, provocando a violentíssima reação do conservadorismo americano a partir dos grupos ultradireitistas do Tea Party. Francisco acolhe o marxismo – dizem – e vai além da pastoral, para comprometer-se com a esqueda na condução do desenvolvimento contemporâneo.

  • Velhas hegemonias, novos blocos mundiais

    O novo quadro internacional que se esboça, a partir desta década e que se acelerou no ano findo, depara, de saída, a presença e o impacto dos BRICS, marcados por um dinamismo voltado para seus próprios e gigantescos mercados internos. E há que se perguntar como se delineia, a partir daí, uma nova globalização não-hegemônica, no peso específico e no protagonismo de China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul. Significativamente, seu isolacionismo contrasta com a própria compatibilidade regional, desenhada, nos casos asiáticos, pela sua geografia. A China e a Índia, em conjunto, controlam mais de um terço da população mundial, ao longo de sua coexistência fronteiriça. Mas é em vão que se esperará a mínima ação comum, a multiplicar-se o seu impacto em nossos dias. Reduzem-se – quando existem – a concorências bilaterais. O contraponto Brasil-China na África, por exemplo, disputa os mercados do antigo império colonial português.

  • Cresce a nossa democracia na praça

    Uma análise dos protestos em todo o mundo no ano findo implica, ao mesmo tempo, a discussão do seu específico perfil no Brasil, e até onde, na absoluta defesa do direito do povo nas ruas, reforçou nossa democracia. De saída, há que atentar ao sentido histórico desse mesmo protesto, independentemente da precisão das suas demandas. E é, exatamente, o bom desempenho político o que mais sofre desse paradoxo. As exigências prioritárias de mudança clamam sempre por mais, na conquista de bem-estar.

  • Carrasco simpático

    Na década de 80, a TV Manchete surgiu como uma esperança de aperfeiçoamento da programação desta que é a mídia mais popular dos nossos tempos. Suas telenovelas fizeram época, como aconteceu com Xica da Silva, escrita por um jovem autor, Walcyr Carrasco. Foi então que o conheci, embora em encontros fugazes.

  • A aula de amanhã

    Vieram os resultados do Pisa 2013 e soubemos que o Brasil melhorou a sua performance em Matemática, mas não properou em Ciências e Leitura. Ficamos ainda longe dos países desenvolvidos, precisando avançar muito mais nas disciplinas essenciais da sociedade do conhecimento.

  • As profissões do Século XXI

    Estamos vivendo a era da multidiversidade. A cada dia surgem novas profissões no mercado de trabalho e o importante, como aconselha o especialista Luiz Gonzaga Bertelli, é ajudar os jovens estudantes na seleção da carreira. Por isso, com muita competência, lançou agora o livro “Escolha Certa – As profissões do Século 21”, sob o patrocínio do CIEE-SP, do qual é o presidente executivo. Com a larga experiência de advogado, formado pela PUC-SP, jornalista e dirigente de empresas, Bertelli lista as ocupações profissionais que estarão em alta nos próximos anos, com a velocidade incrível das transformações que ocorrem.

  • "Guerra de religiões" e terrorismo cívico

    O governo militar do Egito, às vésperas do ano novo, vem de condenar como terrorista toda a atividade da Fraternidade Muçulmana no país, A organização foi fundada em 1928 e está enraizada na tradição mais funda da busca da identidade nacional, ainda dos tempos do fim da hegemonia ocidental e dos tempos do rei Farouk.

  • Elis, o fino da bossa

    O médico examinou o menino João Marcelo Bôscoli e o desenganou. Tem uma doença rara, ligada à lactose, e não há recursos da medicina para salvá-lo. A mãe, Elis Regina, não se conformou com o veredito. Pegou o filho no colo e passou a noite cantando para ele. No dia seguinte, quando o médico voltou, não entendeu nada. Quando soube do que se passara – e ele estava melhor – diagnosticou que a voz salvara a vida do filho. Foi um milagre.

  • Rumo à coexistência mundial na diferença

    Realizou-se, de 8 a 10 de janeiro, em Kuala Lumpur, na Malásia, a XXVII Conferência de Academia da Latinidade, voltada para o novo quadro da globalização mundial, e das suas características não hegemônicas, a partir de fenômenos como a emergência dos BRICS, as novas alianças euroasiáticas e a virada de página de toda visão de centro e periferia. O que se quis, sobretudo, foi analisar o impacto dessa nova configuração sobre as identidades coletivas emergentes, o clamor pela diferença e a possível coexistência num mundo tão diverso ainda do que surgia no começo deste século. Como poderá essa nova luta identitária escapar do fundamentalismo? E até onde todo perfil regional clássico de alinhamento de nações é superado pelas novas condições de efetiva coexistência nesta pós-modernidade?

  • Mania de perseguição

    De uns tempos para cá ocorre comigo um fato curioso: encontrar amigos ou conhecidos nas mais disparatadas ocasiões e nos mais inusitados lugares. Como que um Frestão me acompanha os passos, transformando carregadores de aeroportos em ministros de Estado, motoristas em poetas, camelôs em colunistas sociais.