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Terrorismo e direitos humanos

 

A onda terrorista não chegou ao Brasil, mas pode chegar quando menos esperarmos. Nas grandes aglomerações, nos estádios, ruas do centro de São Paulo e outros locais onde há inocentes para morrer pelas explosões dos loucos do Islã.


Ninguém em nossos tormentosos dias está imune dessa folia de assassinatos, com centenas de mortos, na Europa e nos Estados Unidos, daí termos de nos preparar para um novo Estado.


Os ingleses já o fazem, o Brasil também deve fazê-lo. A velha democracia viria colocar um ponto final na História, como quer o nissei americano que granjeou um pouco de notoriedade. Antes da Primeira Guerra - iniciada sem que os chefes de Estado ponderassem seus prováveis efeitos e todos os atos terroristas, como o que matou o herdeiro austro-húngaro -, o Estado era frágil, como ficou demonstrado pelo conflito.


Depois da Segunda Guerra e do desvario que foi a blitzkrieg de Hitler, os Estados se viram diante da barbárie e reagiram. Foi o tempo das ditaduras, do pós-guerra, que conseguiu numerosos ditadores e os Estados Unidos pareciam satisfeitos com sua vocação missionária. Mas estourou na terra o mal diabólico do terrorismo, na sua maioria em nome do profeta de Alá.


Muçulmanos moderados não aprovariam a vaga que perturba o mundo e que espalha o luto e a dor pelo globo. É onde estamos, neste início do terceiro milênio. O mundo partiu na segunda metade do século XIX em busca de segurança e conseguiu o seu intento nas aposentadorias e pensões.


Parte agora com outro objetivo, a segurança contra o terrorismo cego que arremete, por suicidas fanáticos, contra alvos desprotegidos, como vimos até agora nas ocorrências de vários países. O Estado não tinha como evitar os golpes que geraram pânico onde foram praticados. E que, de agora em diante, os Estados do mundo inteiro devem enfrentar.


A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido citada e observada no mundo, embora com falhas. O princípio das nacionalidades mudou os Estados e são poucos em condições materiais de subsistir. É um dos fatores importantes a ser considerado. Outros são a do Estado não-autoritário, com a ressurreição das ditaduras como solução. O Estado tem de contar com os nacionais e naturalizados para defendê-lo. Novas leis devem substituir as antigas.


A Inglaterra já considerou a matança de agosto como motivação ideológica e toma providências para defender sua herança democrática, a primeira do mundo, e vai envolver seu povo em proteção eficaz.


É o que devem fazer todos os Estados ainda livres, antes que seja tarde. É preciso conter os loucos de Alá, que falsamente agem em nome do profeta Maomé para eliminar inocentes.




Diário do Comércio (São Paulo) 25/08/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 25/08/2005