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Artigos

  • Fatos e fotos

    Folha de São Paulo, em 28/10/2011

    Muitos, quase todos nós, ficamos chocados com as fotos do cadáver de Kaddafi divulgadas pela mídia mundial.

  • Prazo de validade

    Folha de São Paulo, em 27/10/2011

    "No meu tempo, já existiam velhos, mas poucos." A frase de Machado de Assis nos leva a supor que havia mais velhos quando ele próprio se tornou um velho. E hoje, muito mais ainda, embora os manuais de redação recomendem que não se fale mais em "velhos", mas em "idosos".

  • Ainda é cedo

    Folha de São Paulo, em 25/10/2011

    Aconteceu com Saddam Hussein, Bin Laden e, agora, com Kadafi. Líderes importantes, como Obama, declararam que o mundo ficou melhor sem eles. É possível. Numa das perseguições aos cristãos durante o Império Romano, um dos Césares mandou erguer uma coluna que até hoje existe, declarando que não havia mais cristão na face da Terra e que o mundo seria melhor.

  • "O Lago do Como"

    Folha de São Paulo, em 23/10/2011

    Éramos primos e da mesma idade, tinha pavor dela. Sua mania era me morder no rosto, eu era bochechudo e acho que isso a atraía. Quando vinha passar dias em nossa casa, eu vivia escondido nos fundos do imenso quintal onde o pai criava galinhas. Era um horror quando nos encontrávamos. Ela vinha diretamente em cima de mim, os dentes cerrados, como uma bruxa mirim.

  • O primeiro livro

    Folha de São Paulo, em 21/10/2011

    Dezembro de 1997 - Estou reescrevendo "O Ventre", meu primeiro livro. Não esperei que a Companhia das Letras me mandasse o disquete, pedi que Flavinha digitasse o texto da sexta edição (Civilização Brasileira) e comecei a mexer fundo. No início, timidamente, depois fundamente. Sem alterar a história e o clima, estou fazendo, em termos de linguagem, um novo livro.

  • Corpo e alma

    Folha de São Paulo, em 18/10/2011

    Quase dez meses de novo governo e a impressão que nos dá é a de um corpo gigantesco (o Estado em si), mas sem alma. Não chega a ser culpa exclusiva de dona Dilma, que faz o que pode, repetindo nos muitos pronunciamentos de agora os mesmos temas de sua campanha eleitoral.

  • Um campo e um tiro

    Folha de São Paulo, em 16/10/2011

    A campanha contra a corrupção, tão necessária e urgente, tem um defeito: falta-lhe um rosto. Ou melhor: a corrupção tem tantos rostos que dificulta a identificação do tumor. Com frequência quase diária, surgem novos e ressurgem velhos nomes, de tal maneira amontoados que o protesto ou a indignação do cidadão se dispersa numa compreensível e impotente generalidade.

  • Tia Alzira e o pré-sal

    Folha de São Paulo, em 14/10/2011

    Nascida e moradora do Uruguai, era dona de terras, gado, imóveis em várias cidades europeias, frigoríficos e um navio refrigerado para transportar carne e frutas para diversos países.

  • O Senhor de todos

    Folha de São Paulo, em 13/10/2011

    Foi feito pela mão do homem, ao contrário da Lagoa, que foi feita pela mão de Deus. É Senhor do Rio. Não chega a ser um objeto de culto, não pertence a nenhuma religião específica, embora tenha o visual e o nome do fundador de uma delas.

  • O mundo não acabou

    Folha de São Paulo, em 11/10/2011

    "Verdi è morto!" -a saga de Bertolucci "1900" começa com os italianos, apavorados, gritando pelas ruas que o autor de "Aida" tinha morrido. O que seria da Itália sem o seu grande compositor?

  • O desafio

    Folha de São Paulo, em 29/12/2010

    Participei, mais ou menos por acaso, de um debate com outros jornalistas tendo como tema a retrospectiva do ano que acaba. Nenhuma novidade nisso. Todos os anos, antes mesmo de haver imprensa, desocupados de vários feitios e intenções faziam o mesmo, como se fossem árbitros da história, o "Petronius arbiter" dos romanos.

  • O tédio

    Folha de São Paulo, em 28/12/2010

    No seu último dia de governo, JK preparou-se para ir à cerimônia de posse do novo presidente, Jânio Quadros. Não ocupava mais o palácio, mas uma suíte do Hotel Nacional. Contemplava a cidade que inaugurara havia pouco. Estava em silêncio, sozinho, fazendo hora para deixar ao mesmo tempo o governo e a sua obra.

  • Instante de Natal

    Folha de São Paulo, em 24/12/2010

    Engrena a ré e ajeita o carro dentro da garagem. Tudo sairá bem. A mulher distrairá as crianças enquanto ele abrirá a mala do automóvel e apanhará os presentes miúdos, aqueles que ficaram para a última hora.

  • Saco cheio de Papai Noel

    Jornal do Commercio (RJ), em 23/12/2010

    Tempos natalinos provocam mão de obra suplementar em nosso cotidiano. Somos obrigados às confraternizações, aos votos de boas-festas, a dar e a receber presentes, um saco.

  • Morte no avião

    Folha de São Paulo, em 17/12/2010

    Você pode estar apreciando um pôr do sol a 12 mil metros de altitude, nuvens lá embaixo, o brilho metálico da asa do seu avião, a eficiência calma e monótona dos reatores.