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Artigos

 
  • Era de paz

    RIO DE JANEIRO - Uma nova realidade somada a outras realidades: a instituição policial não apenas caiu no descrédito da população, mas passou a ser detestada. Há motivos para isso, alguns históricos, outros mais recentes, como a morte de inocentes durante as operações contra supostos criminosos.

  • Aniversário da ABL

    É, de fato, muito festivo sempre cada 20 de julho. Em 2007, em liturgia adequada, comemoramos os 110 anos da Academia. Ainda em outubro estávamos a dar partida aos registros do centenário de Machado de Assis, na embaixada do Brasil, em Londres. Um chefe de posto digno das tradições de Rio Branco, José Bustani, presidiu os atos daquela semana rica. Na ocasião, luzia a Academia pelo brilho da inteligência e do conhecimento de Sergio Paulo Rouanet, em conferência mestra.

  • Astronomia para todos

    Em noite enluarada, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, a direção do Planetário, representada por Carmen Ibarra, realizou o lançamento do livro Memória do Planetário do Rio , com o subtítulo Astronomia para todos . Trata-se de uma bem cuidada edição colorida, capa dura, com um atraente elenco de textos, além de um elaborado Mapa da Via Láctea, com nomes que soam agradavelmente aos nossos ouvidos como Órion, Plêiades, Andrômeda, Vega , etc. Na ocasião, de forma emocionada, recordou-se a epopéia da escolha do local e da construção do planetário.

  • Os palanques sem Lula

    O fechamento das candidaturas à eleição municipal define já a plataforma dos estragos pós-mensalão na organização da vida partidária do país. Todas as inscrições recuaram sobre a proposta eleitoral de 2004. Freou-se a vontade da competição política, entre os riscos novos trazidos ao antigo desempenho, hoje, sobre a lente policial, e a oportunidade nova que o desenvolvimento econômico está abrindo às carreiras de sucesso despontados no município brasileiro.

  • A Quarta e o boi

    DOIS ASSUNTOS me despertaram especial atenção nesta semana. O primeiro é uma velha história cujo resultado já dissequei várias vezes. O fato de a Venezuela querer ser potência militar desencadeou duas conseqüências esperadas: 1º) Uma corrida armamentista, com o crescimento de 55% no orçamento militar da América do Sul, atingindo US$ 38,4 bilhões em 2007, dinheiro que tanta falta faz aos programas sociais; 2º) Os Estados Unidos não ficaram de braços cruzados e logo reativaram a sua Quarta Frota. Denunciei que isso iria acontecer. Anos atrás, Menem quis que a Argentina fosse associada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Eu, à época, protestei e uma reação geral foi desencadeada, sepultando aquela aventura.

  • Um salto para cima

    A maioria das nações propõe a taxa de juros como reguladora do valor da moeda. A taxa de juros foi adotada no Brasil para conter a alta de preços, que fica assim limitada a 13% de inciso no valor da moeda. Um dos jornais cariocas deu o seguinte título a essa operação: Juros têm 2ª maior alta da era Lula . Concordamos também com a manchete de outro jornal paulista: BC intensifica freio na economia.

  • Traiu ou não traiu?

    No Brasil, a batalha final não será travada entre o Bem e o Mal, entre juízes e o STF, ou entre o Inter e o Grêmio. A batalha final será travada entre os que acham que Capitu traiu e aqueles que defendem a idéia de que Capitu não traiu. É uma discussão que agora tem mais de um século, e que volta à tona por causa do centenário do criador de Capitu, o grande Machado de Assis, autor de um romance que gerações e gerações, e não só no Brasil, vêm lendo: Dom Casmurro.

  • Anotações políticas

    Menina, é tanta coisa que a pessoa não sabe por onde começar. Nunca na História deste país teve tanto assunto por aí dando sopa. Mas ouso crer que as eleições municipais no Rio de Janeiro talvez mereçam especial atenção da parte do estudioso, pelo que trazem de novidades e características singulares, além de nos acenar, muito em breve, com um novo Brasil. Os habitantes deste país, particularmente do Rio de Janeiro, já nos acostumamos (cartas sobre essa concordância aí para o editor, por caridade) à existência louca que levamos e talvez até tenhamos dificuldade em ganhar a perspectiva necessária para observar aonde estamos indo. E não é que eu tenha essa perspectiva, tenho somente umas intuições a que os fatos parecem nos levar.

  • De autores e frases

    RIO DE JANEIRO - Uma frase atribuída a Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do regime nazista, foi repetida por Celso Amorim numa reunião internacional e provocou constrangimentos: "Mentir, mentir, que sempre fica alguma coisa". O leitor Fabrizio Wrolli enviou carta ao "Painel" perguntando em qual historiador, e em que livro, há referência à frase.

  • Escrever é terapia

    "Que notícias sensacionais podemos obter dos poemas?" pergunta, em versos famosos, o poeta norte-americano Williams Carlos Williams. Mas, depois desta desconsolada indagação, ele continua: "No entanto, pessoas perecem a cada dia / Por falta do que ali se encontra".

  • Rosa no mundo

    Ao ser lançado, "Grande Sertão: Veredas" causou espanto. Houve mesmo um escritor que reclamou com José Olympio, o editor do livro: "Quando é que você vai mandar traduzir o 'Grande Sertão' para o português? Assim como está, não consigo ler. Isto não é português."

  • China e Índia dominam

    Durante muitos anos, a China foi considerada uma nação atrasada, com intermináveis lutas internas, tendo ainda que ceder parte de seu território. Hoje, a China é uma grande potência, enfrentando já os EUA, que é a primeira potência exportadora do mundo. Os chineses, por exemplo, viraram uma ameaça a um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC), como argumentou a representante dos EUA, Susan Schwab, apelando às nações que estavam do lado da China para que não invalidem o acordo com a OMC, após sete anos de lutas, que só agora se encaminha para um fim.

  • "Caso de matraca"

    RIO DE JANEIRO - Para aumentar a poluição que está sendo feita sobre o centenário da morte de Machado de Assis, aí vai uma contribuição que encontrei num de seus contos mais famosos: "Naquele tempo, Itaguaí, que como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia: ou por meio de cartazes manuscritos pregados na porta da Câmara e da matriz; ou por meio de matraca. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam -um remédio para sezões, umas terras lavradas, um soneto, um donativo eclesiástico, o mais belo discurso do ano etc."