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Artigos

 
  • Educação previdenciária

    O país amadureceu para reconhecer a importância da educação previdenciária. O tema é citado há tempos. Quando tive o privilégio de criar o Instituto Cultural de Seguridade Social (ICSS), há cerca de 10 anos, foi debatido por dirigentes de fundos de pensão, fato robustecido pelas diversas viagens de estudos feitas à Wharton School, na Pensilvânia (EUA). Concluiu-se que era preciso formar e treinar os executivos do sistema em nível superior.

  • Elogio da ignorância

    E, como ia dizendo, já é tempo de fazer um elogio da ignorância. Como ninguém a fez, faço-a eu, embora Erasmo tenha feito o elogio da loucura com maior sabedoria e melhor estilo.

  • Quem tem medo do novo acordo ortográfico?

    O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 1990, por sete dos oito países lusófonos, foi finalmente promulgado por decreto assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Academia Brasileira de Letras. Era o último documento exigido para a sua efetiva entrada em vigor no Brasil. O ato, emblemático, a data, significativa: 29 de setembro de 2008, dia do centenário da morte de Machado de Assis.

  • Lula e o acordo ortográfico

    Sem pressa e sem pausa, como aconselhava o poeta Goethe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi muito aplaudido, na leitura do discurso com que saudou a assinatura dos quatro documentos fundamentais da implantação do Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa. Vencendo barreiras internas e externas, inclusive de intelectuais portugueses que acusaram a decisão governamental de facilitar o emprego de "bizarrices", Lula marcou para o próximo ano o início do emprego das alterações (menos de 1% do nosso Vocabulário Ortográfico), com os livros didáticos ficando para 2010 e o restante, ou seja, a totalidade dos que empregam a língua de Machado de Assis, para o ano de 2012.

  • Retrato da infância

    Não tenho muitas fotos de minha infância – fotos eram coisas relativamente caras para o modesto orçamento da família – mas, das poucas que tenho, existe uma que me parece particularmente significativa e nostálgica: a foto que figura nesta página. Ela foi tirada (“clicada”, para usar um termo atual) em Passo Fundo, onde moramos por uns poucos anos. Foi num baile de Carnaval – e eu, que teria uns três ou quatro anos, estou ali devidamente fantasiado.

  • O futuro do ensino superior

    “Não se pode culpar o ensino particular pelas deficiências existentes na educação brasileira. Os problemas são muito mais complexos.” – afirmou o professor Hermes Ferreira Figueiredo, no encerramento do 10o Fórum Nacional de Escolas Privadas, promovido em São Paulo pelo Semesp, com a participação de 180 instituições brasileiras de praticamente todas as unidades da federação.

  • O Prêmio Nobel

    Todos os anos, no começo de outubro, o mundo literário se agita com a proclamação do nome do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, que costuma sair na segunda quinta-feira deste mês, como também aconteceu este ano. O premiado foi o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, que, em 1973, Jorge Amado e eu encontramos numa reunião literária em Paris, onde a editora Stock lançava meu romance "A casa da água" ("La maison d'eau"). Soube então que ele passara parte da infância, na Nigéria, onde o pai trabalhara e onde viveu três anos, tendo ele então nos falado da parte importante da África na sua literatura. Na época, era candidato ao Nobel o nosso Jorge Amado, que teve sua candidatura mantida entre os anos 70 e 80.

  • Um pioneiro na luta contra a fome

    A Academia Brasileira de Letras não restringe o seu campo de homenagens aos que dela fazem parte. Personalidades de destaque da vida brasileira, em efemérides que são públicas, recebem o carinho da Casa de Machado de Assis, como acaba de acontecer com a lembrança do centenário de nascimento do escritor Josué de Castro. Seus livros, todos muito bem fundamentados, circulam pelas bibliotecas de grandes Universidades, como tivemos oportunidade de observar em visitas feitas a Seul, Estocolmo, Tóquio e Paris. São poucos os brasileiros que tiveram essa honra, o que aumenta o respeito pela memória do grande pesquisador dos problemas da nutrição.

  • Vinte anos da Constituição de 1988

    A CONSTITUIÇÃO de 1988, cujos 20 anos de promulgação estamos fazendo memória, nasceu -fato pouco percebido pela sociedade brasileira- de amplo acordo político, o intitulado "compromisso com a nação". Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história republicana, ensejou a eleição da chapa Tancredo Neves/José Sarney, por intermédio do Colégio Eleitoral, e tornou possível, de forma pacífica, a passagem do regime autoritário para o Estado democrático de Direito. Como toda obra humana, é evidente, uma constituição tem virtudes e imperfeições. As virtudes decorrem do contexto histórico em que são discutidas e votadas. No período 1987/ 1988, aspirava-se, antes de tudo, à restauração plena das liberdades e garantias individuais e à edificação de uma democracia sem adjetivos.

  • Uma instalação no vazio

    Se a intenção da curadoria da 28ª Bienal de São Paulo era dar visibilidade à crise do modelo das bienais, o resultado foi plenamente alcançado. O vazio do segundo andar, que representaria a tal crise, recebeu muito mais elogios de artistas e curadores do que a mostra de arte apresentada no terceiro andar, marcada pelo tom conceitual.

  • O médico, o monstro e o terceiro homem

    POR ACASO , como sempre, peguei pedaços de filmes antigos, "O Médico e o Monstro", de Victor Fleming, com Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner, e "O Terceiro Homem", de Carol Reed, baseado num dos romances ligeiros de Graham Greene, com Joseph Cotten, Orson Welles, Alida Valli e Trevor Howard, mais aquela musiquinha que fez tanto sucesso, de Anton Karas, em solo de cítara.

  • A língua do Diabo

    Numa aplaudida conferência na Academia Brasileira de Letras, o escritor José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, afirmou convictamente que “a língua portuguesa é muito linda.” Concordamos, acrescentando: linda e difícil. Ninguém pode se iludir com a musicalidade do nosso idioma, oriundo do latim vulgar. Hoje falado por 235 milhões de pessoas, espalhadas pelo mundo inteiro.

  • Realidade, que realidade?

    A frase “os números não mentem” nunca deixou de ser verdadeira. Contudo, os números só existem na cabeça do homem, e o homem mente. Ou seja, é fato que os números não mentem, mas há grande fartura de gente que os emprega para mentir. E os números costumam intimidar quem os escuta, principalmente aqueles, que imagino maioria, em que a matemática ressuscita o terror experimentado nos bancos escolares. A precisão do número é mortal e dá sempre a impressão de que quem os utiliza, numa argumentação qualquer, tem razão. Isso cria situações curiosas, porque, em certos casos, quanto mais “preciso” o número, mais suspeito ele é. Estatísticas como “37,23 por cento das crianças de tal cidade consideram a freqüência à escola uma perda de tempo” se originam de dados que não podem ser apresentados dessa forma, principalmente porque há neles uma margem de erro que varia de caso a caso. Desconfiar, pois, de números tão certinhos assim.

  • A crise na educação

    Temos 14 milhões de analfabetos e uma pós-graduação de Primeiro Mundo. O ensino fundamental foi praticamente universalizado, mas a qualidade deixa muito a desejar. A educação profissional e o ensino médio ainda não encontraram o caminho certo. Os cursos de formação de professores são lamentáveis, como são lamentáveis os salários pagos aos quadros do magistério.