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Artigos

 
  • A batalha do ensino e a guerra pela educação

    O Brasil está ganhando a batalha do ensino, mas, lamentavelmente, estamos perdendo a guerra pela educação. No primeiro caso, avanços expressivos em todos os níveis e modalidades foram conquistados nos últimos 10 anos. Nada menos de 99% das crianças têm acesso ao ensino fundamental e 94% delas estão matriculadas na primeira série, segundo o IBGE – Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), de 2005. Muitos dos êxitos se devem à criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), e é de esperar que, mais do que uma continuidade do esforço empreendido nos dois governos do presidente Fernando Henrique Cardoso, a promulgação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) renda frutos para eliminar carências ainda persistentes, como as acentuadas taxas de evasão e repetência.

  • A Amazônia é nossa

    Denúncias da mídia sobre uma possível "entrega" da Amazônia, juntamente com uma série de televisão, muito bem feita, que narra o que teria sido a atuação do Brasil no caso do Acre, chamam a atenção para o problema, dos mais importantes para os que lutamos pela integridade do País. Livro de meados do século XX, de Artur César Ferreira Reis, "O Amazonas e a cobiça internacional", já nos chamava a atenção para o perigo.

  • Opinião: Enfim, o fisiologismo explícito

    A vitória de Arlindo Chinaglia marcou de vez o primeiro lance, a longo prazo, do nosso situacionismo no mandato que se abre. Aí está a fusão objetiva do PT e do PMDB na rotação da presidência do Parlamento, com vantagem para o partido do doutor Ulysses, a comandar a Casa para o acerto das candidaturas em 2010. A nova frente, com todos os seus arrebites, contrastou, afinal, com a opção imobilista dentro do governo, da candidatura Aldo, a que se atrelou, atarantado, o PFL. Deu um presente inesperado à Lula: o despedaçamento antecipado da oposição, diante do rolo compressor do Planalto no Congresso.

  • Opinião: Partidos e partidos

    É Duverger, esse notável estudioso da política, quem profundamente analisa a organização da contenda política, aquilo que ele chama "a luta pelo poder". Temos de distinguir entre pequenos partidos e partidos pequenos. A linha divisória está na tradição ideológica e nos fins pragmáticos. Os "pequenos partidos" são criados com o aproveitamento de brechas legais para colocar a vida partidária no balcão de negócios. São agrupamentos pessoais, sem nenhuma legitimidade, que fazem dessas minúsculas legendas cartório de registro de candidatos e mercadoria de aluguel de siglas e espaços de televisão. É evidente que há exceções.

  • Tributo e educação

    Ives Gandra da Silva Martins, ex-presidente da Academia Paulista de Letras, além de um inspirado poeta, na vida profissional dedicou-se ao magistério e à advocacia tributária. Resultado: tornou-se um dos maiores profissionais do Brasil nessa complexa área. Tem autoridade para proclamar que "o excesso de tributos promove escassez de desenvolvimento".

  • Lula antes do lulismo

    O Brasil arrancou em Davos a atenção final dos donos do mundo pela força e surpresa do recado de Lula. Não se tratava apenas do benefício do contraste com o bucanerismo bufão de Chávez, diante de uma platéia conhecedora dos trunfos e blefes de um monopólio estatal do petróleo e do pelego populismo que permite a sua benemerência. O confronto cresce ao associarmos, de vez, democracia e desenvolvimento e, sobretudo, ao liame público-privado na correção da injustiça estrutural do país. O PAC recém anunciado garante o carreio do depósito compulsório dos fundos previdenciários à infra-estrutura da economia, e ao avanço de um processo de urbanização com emprego crescente, à perder de vista.

  • Volta à Amazônia

    Volto à Amazônia, terra emblemática do Brasil, que, se ameaçada de fora, é normalmente preservada pela sua literatura. Um dos mais importantes preservadores dessa brasilidade foi Dalcídio Jurandir (1909-1979), cujo romance "Três casas e um rio" reflete, como poucos outros, o espírito selvagem de um povo. Num ritmo natural de narração primitiva, consegue Jurandir um equilíbrio raro numa história escrita sem os limites da literatura bem comportada. Nela concepção tem primazia sobre a técnica.

  • Opinião: Lágrimas para João Hélio

    A trágica história do menino João Hélio fez despertar uma consciência de culpa na sociedade brasileira com a condescendência com o crime. Não se pode tratar uma pessoa de 16 anos como criança inconsciente. Ele vota, escolhe os dirigentes do país, procria, protesta, opina e exerce direitos de cidadão. Não pode deixar de distinguir o bem e o mal. É um crime contra o próprio adolescente levá-lo ao crime com a certeza da impunidade. Então, o deixamos indefeso contra o aliciamento. Os argumentos contrários são mais abstratos do que concretos, mais românticos do que reais.

  • A Língua Portuguesa como tema de enredo

    Um bom desfile de escola de samba não é só um espetáculo de som e de cores para a multidão embevecida. Busca também mostrar a essa multidão, na desenvoltura do cortejo dos foliões, a expressão da própria engenhosidade de um povo que se recria e se traduz como imagem da cultura nacional. Reflexos dessa lição de identidade, desfilam enaltecidos os valores e as riquezas da pátria encarnados pelos seus heróis históricos, pelas suas figuras míticas e pelas riquezas da natureza fértil e dadivosa. Um desfile busca, enfim, ser um espetáculo para os olhos e para a alma.

  • Antídoto contra a melancolia

    “O Brasil apossou-se do modelo e transformou-o. De início, o entrudo era uma grosseira brincadeira de rua, que envolvia abusos e agressões. (...) Mais tarde, surgiram os limões de cheiro e, em 1885, os lança-perfumes”

  • O signo da educação

    Os dois principais jornais diários de São Paulo, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo , dão informação sobre a educação no País. Faz poucos dias que tive oportunidade de tratar do assunto de maneira sucinta, respeitando o espaço de que disponho.

  • Opinião: Depois dos foruns mundiais

    A história fará toda justiça ao vigor da procura das alternativas ao que está aí, do mundo após a Queda do Muro e do massacre da idéia socialista pelo universo dos aparelhos e do universo mediático. O vigor da iniciativa de um forum mundial brotada em Seattle entranhou-se na sociedade civil de nosso tempo, confiando nas trincheiras dos movimentos sociais e das "ações afirmativas". Acreditou-se no protesto permanente como o contrapeso à expansão neoliberal, assentada urbi et orbi. Tal, e sem volta, pela sua passagem à hegemonia, à imposição ideológica da democracia. O contraponto buscado pelo Forum Mundial recuou da busca de modelos para a estrita sobrevivência histórica no alinhamento contra o Salão Oval às primícias do socialismo do século 21.

  • Mojud e a vida inexplicável

    Mojud era um funcionário de uma repartição pública em uma pequena cidade do interior. Não tinha qualquer perspectiva de um emprego melhor, e seu país atravessava uma grande crise econômica, e Mojud já estava resignado em passar o resto de sua vida trabalhando oito horas por dia, e tentando divertir-se durante as noites e os finais de semana, vendo televisão.