Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • Pimenta não é refresco

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro -RJ) em, em 21/11/2003

    O debate sobre a maioridade penal faz parte da visão global da violência no país. Não se está discutindo uma alta indagação sobre a idade do domínio pleno da personalidade, da consciência do bem e do mal. A realidade dramática e cruel dos números revela que os jovens estão matando e sendo mortos. Cerca de 70% dos homicídios, nas duas pontas, acontecem nessa faixa etária.

  • Nem periferias, nem terceiros mundos

    O Globo (RJ), em 21/11/2003

    O encontro recém-findo entre os presidentes Lula e M'becki, na África do Sul, abriu-nos marcas críticas para este novo protagonismo brasileiro, frente ao mundo global de Bush, ou de após a sua eventual derrota em 2004.

  • Função social do contrato

    Site oficial do jurista e acadêmico Miguel Reale (www.miguelreale.com.br) em, em 20/11/2003

    Um dos pontos altos do novo Código Civil está em seu Art. 421, segundo o qual “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”.

  • O assombro das noites

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 19/11/2003

    Nunca esqueci a noite em que, acordando de um pesadelo, vi luz acesa na sala e fui ver quem estava lá. Ajoelhada diante da mesa, cabeça baixa, terço nas mãos, tia Zizinha rezava, madrugada alta, tudo em silêncio, ela magrinha, parecia um passarinho molhado, sentindo frio.

  • A rainha Rachel

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 17/11/2003

    Foi um quarto de século de grande amizade. Talvez mais do que isso, na relação afetiva que me uniu à extraordinária figura da escritora e cronista Rachel de Queiroz. Quando a conheci, já era famosa. Ocupava com brilho a última página da revista "O Cruzeiro", que vendia mais de 500 mil exemplares semanalmente. E de vez em quando, sem pausa e sem pressa, como era o seu estilo, lançava um romance de sucesso, de tantos que marcaram a sua vida de campeã.

  • Parlamento, 180 anos

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro -RJ) em, em 14/11/2003

    Quando o Brasil começa, com a Independência, a idéia fundamental da construção do país foi a noção de que ele teria que nascer dentro de um Parlamento. O primeiro passo foi a convocação de uma Assembléia Constituinte. Era o ano de 1823. Concretizava-se a idéia da representação para legitimar a monarquia.

  • Um Faulkner diferente

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro -RJ) em, em 11/11/2003

    Alguns dos grandes escritores romancistas do Século XX deixaram depoimentos sobre a arte da ficção. Dentre eles destaco dois: E. M. Forster e Joyce Cary. O primeiro com o livro "Aspects of the novel", o segundo com "Art and reality". Parecia que um terceiro romancista importante do século, William Faulkner, não nos legaria trabalhos sobre a estética da ficção que ele tão densa e profundamente inovara.

  • Tanta Rachel

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/11/2003

    Há setenta três anos, uma gráfica provinciana publicava o primeiro livro de uma jovem, edição particular, paga pela própria autora. "Descreva bem a sua aldeia e descreverás o mundo" - aconselhava um romancista russo. A jovem de 19 anos, isolada no sertão cearense, não conhecia a frase. Mesmo assim, na capa de seus originais, escreveu simplesmente: "O Quinze", referindo-se à maneira nordestina ao ano de 1915, e, por extensão, à seca daquele ano. A seca que invadiu seu romance e, em seguida, a literatura nacional.

  • Os bons tempos da educação

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 03/11/2003

    O Instituto de Educação do Rio de Janeiro foi a antiga e elogiada Escola Normal. Uma das professoras da década de 40, Heloísa, hoje com 88 anos, memória perfeita, lamenta que a escola não seja mais a mesma. Não há mais o mesmo amor de antigamente.

  • O raro salão de Marcos Madeira

    Jornal do Commercio (RJ), em 31/10/2003

    Perdemos Marcos Almir Madeira e sua esplêndida elegância, de personagem-ponte entre tempos da nossa República das Letras. Deu-nos sua extraordinária prestança na passagem, neste último meio século, de uma cultura de elite ao mundo múltiplo em que se elenca hoje um pensamento, sua obra, seu gesto, sua militância, ou o simples fluir, a que acode ainda o salão das nossas origens.

  • A União e a fome

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 22/10/2003

    Há alguma coisa de errado nas relações da União com os estados e municípios. Embora nada entenda do assunto, sempre achei que a federação, como qualquer tipo de federação, situava-se no topo da pirâmide administrativa do País, sobretudo no setor mais importante, que são as cotas nas receitas e em inúmeros outros quesitos a que as partes (estados e municípios) têm direito a participar do grande bolo.

  • Um retrato do Brasil

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro -RJ) em, em 22/10/2003

    Do jornal como instrumento de mudança é tema que me empolga há mais de meio século. Exatamente em 1951, escrevi no jornal em que trabalhava, uma série de vinte artigos, subordinados ao título de "Jornalismo e Literatura", que depois ampliei para a edição de um pequeno volume lançado em 1954 pelo Ministério da Educação no setor dirigido por Simeão Leal. Comentando esse livro, em artigo saído no "Jornal do Brasil", opinou Alceu Amoroso Lima que o assunto merecia atenção, o que o levou a suas considerações, "Do Jornalismo como gênero literário".

  • E o magistério?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 20/10/2003

    O dia 15 de outubro - Dia do Mestre - ensejou que pensássemos ainda mais naqueles que elegeram o magistério como sua profissão de escolha. Infelizmente, o número está diminuindo.

  • Começa a construção da diferença

    Jornal do Commercio (RJ), em 17/10/2003

    Porto Alegre vem de acolher a reunião-monstro, de marco internacional, para discutir o direito à água como franquia do cidadão, e não expectativa e paga de um consumidor compulsório. A ocasião, em debate aberto pela Ministra Marina Silva, permitiu a análise mais funda, de até onde nos damos conta de que o mundo da globalização começa por se apossar do nosso inconsciente coletivo, e se impõe como uma lógica do pensamento. Tomamos, como nossos, interesses dominantes do mundo, que se transformam num estado do espírito, depois em imagem e, a seguir, no fato consumado de um comportamento social.

  • Assim não dá

    Jornal do Comeercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 15/10/2003

    Duas recentes declarações do presidente da República devem ser analisadas. Numa delas, confessou que nos noves meses de Governo mal conseguiu 1% do que pretendia. A humildade lhe faz bem, mas o pequeno percentual que ele se atribui não parece visível. E não é o cronista que constata a falta de visibilidade de seus feitos.