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Artigos

 
  • Mistérios do massacre

    Escrevo esta crônica para abordar um caso que ainda não está encerrado nem apurado. Na última segunda-feira, na Vila Brasilândia, na zona norte da cidade de São Paulo, uma família de cinco pessoas foi assassinada. No momento, há duas linhas de investigação que mobilizam a polícia e que, na realidade, estão chocando o Brasil inteiro.

  • Mais igualdade e dignidade

    O cientista político Joseph S. Nye Jr, professor de Harvard que trabalhou nos governos Carter e Clinton, nas secretarias de Estado e de Defesa, abordou pela primeira vez o conceito de “soft power” para falar sobre o novo papel dos Estados Unidos com o fim da Guerra Fria e a mudança que já detectava no mundo, onde o poder, além de econômico e militar, teria uma terceira dimensão, a habilidade de conseguir o que se quer através da atração em vez da coerção.

  • Os cartéis do Abrantes

    Num filme do qual não guardei o nome, um empresário está para falir e ser preso, fez imensa fortuna obtendo empréstimos cujas garantias eram os próprios empréstimos. Além disso, descobre que a mulher o trai e propõe a fuga para um país distante e com legislação econômica mais amena.

  • Os riscos do mensalão

    A mudança da pauta do recomeço do julgamento do mensalão tem a ver com a impossibilidade de o ministro Teori Zavascki estar presente à primeira sessão, amanhã, devido ao falecimento de sua mulher, mas atende também a uma preocupação do presidente do STF, Joaquim Barbosa, de ganhar tempo para colocar em votação a admissibilidade dos embargos infringentes. Há uma divisão no plenário quanto ao tema.

  • O discurso de cada um

    Sem praticamente abrir a boca, a ex-senadora Marina Silva sobe sem parar nas pesquisas de opinião. Abrindo mais a boca do que o costume, e viajando sem parar, a presidente Dilma recupera alguns pontos de sua popularidade, investindo mais do que nunca em propaganda oficial.

  • Dentro da curva

    O ministro Luiz Roberto Barroso foi o protagonista da sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) na retomada do julgamento do mensalão, ao deixar claro, logo no início dos trabalhos, sua visão sobre o caso, reduzindo sua importância ao defini-lo como consequência de “uma tradição lamentável, que vem de longe”, e compará-lo a outros casos de corrupção política.

  • O Cardeal Dirceu

    A discussão sobre o caso do Bispo Rodrigues, que levou ao bate-boca entre o presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e o ministro Ricardo Lewandowski, na verdade tem a ver com o caso de um Cardeal político, o ainda todo-poderoso petista José Dirceu. Se o Tribunal aceitar a tese levantada pela defesa, de que o Bispo Rodrigues deveria ter sido condenado por uma legislação mais branda sobre corrupção passiva, em vez de pela nova legislação que entrou em vigor em novembro 2003, outros casos de corrupção, inclusive ativa, poderiam ser revistos.

  • Os reptos emergentes da universidade

    A atual perspectiva do ensino superior registra a dominância incisiva do setor privado desde o governo Costa e Silva, e, no seu âmbito, pela expansão acelerada da universidade comercial frente à filantrópica. O importante é a escala dessa prestação, que hoje chega a universidades com 1,5 milhão de alunos contra uma média que mal atinge os 10 mil estudantes.

  • Soltos no mundo

    Muita teoria, às vezes, até atrapalha. Lê-se tanto as obras de autores da modernidade que as ideias se embaralham, com o risco de se perder o rumo das coisas ou o foco do que é mais importante.

  • Golpe frustrado

    A tentativa de reabrir a discussão sobre a condenação do Bispo Rodrigues para, a partir daí, permitir a revisão de penas de outros condenados, especialmente a do ex-ministro José Dirceu, não terá efeitos práticos por um detalhe técnico fundamental: Rodrigues foi condenado por corrupção passiva, enquanto Dirceu o foi por corrupção ativa em "delito continuado".

  • Bom senso e compaixão

    O tráfico de drogas, essa próspera e diabólica multinacional, se alicerça em uma premissa simples: conquistar consumidores tornando as pessoas dependentes, destruindo-as, reduzindo a zero seu poder de decisão e transformando-as em clientes cativos de um mercado ilegal.

  • Justiça e cidadania

    Quando o calendário físico se choca com o calendário político, o perigo de haver um curto circuito institucional é muito grande. Mas se, ao contrário, os dois se encontram em harmonia, aumenta a chance de avanços democráticos.

  • Gol contra

    Alguma coisa não está funcionando no Brasil — poderia dizer no mundo, mas fiquemos no Brasil, que está mais próximo da gente. Seria o caso de perguntar se não foi sempre assim, já tivemos até momentos piores, embora menos complicados.

  • Formigas na rapadura

    Acho que todo mundo lembra o que disse num discurso o presidente Kennedy: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país.” Eu estava lendo os jornais e aí me ocorreu, como já deve ter ocorrido a muitos de vocês, que nossa prática política se orienta por uma atitude oposta a essa exortação. Ou seja, queremos saber o que o Brasil pode fazer por nós, mas não alimentamos muita curiosidade sobre o que podemos fazer pelo Brasil. Isso se expressa no comportamento de nossos governantes, que não disputam nada pensando no país, mas em abocanhar ou manter o poder, aqui tão hipertrofiado, abarrotado de privilégios e odiosamente infenso ao controle dos governados.