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Artigos

 
  • Sem firmeza

    A ex-senadora Marina Silva, que procura se colocar mais uma vez como presidenciável na eleição de 2014, tem dificuldades para se firmar como alternativa aos governos petistas, já que saiu desse meio e nunca rompeu com os antigos companheiros de maneira explícita. Talvez por esperar receber os votos dos petistas desiludidos.

  • Nós, os desordeiros

    “É comum que, quando estamos falando mal do Brasil, nos refiramos na terceira pessoa tanto ao país quanto ao seu povo. Dizemos que o brasileiro tem tais ou quais defeitos graves, como se nós não fôssemos brasileiros iguais a quaisquer outros. Em relação aos políticos, agimos quase como se tratasse de marcianos ou de uma espécie diferente da nossa, não de gente aqui nascida e criada, da mesma maneira que nós. Somos observadores e vítimas de fatos com cuja existência não temos nada a ver. Os corruptos são ‘eles’, os que sujam as cidades são ‘eles’, os funcionários relapsos são ‘eles’ – nunca nós.

  • O Estado-babá

    A menos de um mês da entrada em vigor da resolução que proíbe a presença de aditivos nos cigarros brasileiros, na quarta-feira a Anvisa recuou da decisão. Em setembro serão proibidos apenas os cigarros mentolados. Outros 145 aditivos serão examinados por uma "câmara técnica", a ser criada. Essa câmara, cuja composição ainda não foi definida, mas que não contará com representantes da indústria do tabaco, terá um ao para elaborar um parecer.

  • Tudo como sempre

    O Papa voltou para Roma, parece que as grandes manifestações estão rareando e, ao olharmos em torno, acredito que muitos de nós concluiremos que, apesar de alguns artigos pretendendo avaliar eventos dos quais ainda não se tem boa perspectiva e diversos pronunciamentos altissonantes sobre a voz das ruas, nada mudou, pelo menos que dê para notar. No começo, não deixou de ter seu lado divertido, até cômico, o cagaço afobado que se instaurou entre os legisladores, depois de visões alarmantes, como a da multidão de manifestantes encarapitada na cúpula do prédio do Congresso Nacional. Trabalharam febrilmente, professaram com ardor sua dedicação à vontade dos governados e mal dava para reconhecer, em tal pugilo de denodados, os trezentos picaretas anteriormente apontados por um conhecedor da matéria.

  • Gatos-pingados

    Quando tomou posse na prefeitura carioca (mais tarde seria governador), Negrão de Lima arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia 8 milhões de ratos na cidade. Perguntou: "Como é que vocês contaram?".

  • Luiz Paulo Horta

    Não dá para entender, embora seja a única verdade daquilo que chamamos "vida". Nem adianta, como no caso do acadêmico Luiz Paulo Horta, falecido subitamente no último sábado, argumentar com a sua discutível condição de "imortal", uma piada macabra que acompanha acadêmicos de várias latitudes.

  • Agenda eleitoral

    A denúncia de formação de um cartel nas licitações de obras do metrô em São Paulo desde a gestão do governador Mario Covas colocou na agenda eleitoral um obstáculo importante para o PSDB. Os principais caciques do partido estão sendo atingidos pelas denúncias, que cobririam os governos Covas, Alckmin e José Serra.

  • Mudança positiva?

    O orçamento impositivo, que o presidente da Câmara Henrique Alves pretende aprovar, é a mais nova dor de cabeça para o Palácio do Planalto. Mas pode vir a ser uma mudança estrutural importante na política brasileira. Há quem considere que a sua aprovação pode trazer um ponto altamente vantajoso: acabar o “é dando que se recebe” com relação às emendas parlamentares, provocando uma redefinição de forças no Congresso por que parlamentares deixarão de se alinhar automaticamente com o governo só para liberar suas emendas.

  • Corrupção e democracia

    Outro dia escrevi aqui na coluna, a propósito das investigações sobre a formação de um cartel de empresas estrangeiras na construção do metrô paulista, que “o pior dos mundos para a democracia seria se ficar provado o que os petistas chapa-branca já dão como certo nos blogs e noticiários oficiais: que o esquema seria uma espécie de irrigação permanente de dinheiro ilegal para as campanhas eleitorais dos tucanos desde o governo Covas”.

  • Mais polos, maior eficiência

    Uma boa conversa com Abram Szajman, presidente do Conselho Regional do SENAC/SP, foi suficiente para conhecer de que maneira a entidade, inspirada pelo seu bem sucedido Centro Universitário, cumpre suas obrigações, inclusive com  a  ministração de cursos à distância.  Os dirigentes fizeram da qualidade a razão maior das suas preocupações, com amparo na Portaria nº 683, de 25 de maio de 2012.  É  o que nos afirma também o diretor Luiz Carlos Dourado.                                           A pós-graduação ostenta orgulhosamente quatro áreas: Docência no ensino superior, Gestão  Empreendedora, Gestão do Relacionamento com o Cliente e Design Instrucional.  A modalidade cresce no Brasil  em progressão geométrica, tanto na graduação quanto na pós-graduação, e sabe-se que hoje há mais de 2,5 milhões de alunos frequentando os cursos oferecidos pelas entidades autorizadas pelo Ministério da Educação.  E sabe-se que as normas são rígidas, para evitar que se caia no tão mal falado facilitário.  São cursos sérios, que levarão os seus concluintes  a uma atividade profissional competente e duradoura.  Abrangem cursos formais de educação básica, especialização, graduação, formação continuada das empresas e de formação técnica.                                     Como os projetos devem ser antecipadamente aprovados pela Secretaria de Regulação e Supervisão do MEC, exige-se clareza quando se trata de conceituar o público-alvo, os pré-requisitos, o uso da informática, o programa, os investimentos, os critérios de seleção, a avaliação (severa), a metodologia e a certificação, além da garantia da existência de um bom corpo docente e o  uso dos pólos presenciais.                                      Aqui entra a reivindicação do SENAC/SP.  Em princípio, solicitou para os seus alunos somente dois polos presenciais, um na própria sede do Centro Universitário, no bairro de Santo Amaro, outro na unidade SENAC Lapa Tito, no bairro da Lapa, ambos na capital paulista.  Ocorre que a sua direção, face à procura dos cursos, entende que necessita de mais 20 pólos de apoio presencial, “de modo a permitir às instituições de ensino superior suporte em sustentabilidade efetiva.”                                          A pretensão do SENAC, dada a sua tradição de bons serviços ao país, é mais do que justa.  Objetiva criar condições para a expansão dos seus serviços para o interior de São Paulo e também para unidades do SENAC situadas em outros estados da federação.  Sabe-se que esses estudos estão sendo realizados, no âmbito da diretoria de Regulação, mas é preciso ponderar que são visíveis os indicadores do crescimento do país em outras áreas do conhecimento.  Assim, exigem-se  soluções mais rápidas quando está  em jogo o dado estratégico da nossa expansão econômica e social.  A pós-graduação lato sensu em Design Instrucional, por exemplo, com carga horária de 360 horas, objetiva formar  profissionais para atuar em projetos de conteúdo de cursos on-line, capacitando-os para selecionar, organizar e produzir atividades, materiais e produtos educacionais, de acordo com situações específicas.  Se o SENAC/SP tem excelentes condições de ampliação da oferta, por que não facilitar os seus objetivos?

  • Informática faz milagres

    A vantagem de comparecer a eventos nacionais e internacionais é a troca de idéias, enriquecendo os nossos conhecimentos.  É uma verificação animadora: não só existem os especialistas em guerra, assustando o mundo, mas muita gente tratando de doenças aparentemente insolúveis.  Nesse aspecto, os brasileiros estão  avançados, com uma série de experiências notáveis.

  • Igreja e Estado

    Não é de hoje que a Igreja e o Estado, no Brasil e em outras partes do mundo, entram em choque mais ou menos ostensivo. Tivemos, no passado, alguns heróis de batina que se colocaram contra os interesses ocasionais do Estado.

  • PSDB em xeque

    De tudo o que tem aparecido até agora com relação às denúncias de formação de cartel nas licitações do metrô paulista, o mais explosivo e menos factível é a acusação de que o então governador José Serra sugeriu um acordo em 2008 entre a Siemens e a CAF espanhola para que a licitação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não atrasasse. Pelo simples fato de que a Siemens entrou na Justiça para tentar anular a concorrência, que a empresa espanhola venceu, e não conseguiu mudar o resultado, ficou de fora dessa compra de 40 novos trens.

  • Reforma política e voz das ruas

    A presidenta deu-nos a chave para entender a erupção continuada dos protestos no país e, sobretudo, o caráter crescentemente difuso dos seus clamores. Estaríamos diante de uma “toma de consciência” da crescente melhoria social nesta última década, a, exatamente, querer mais na melhoria coletiva que experimenta o país. É a tomada de consciência generalizada desse avanço que explica o caráter genérico da ida às praças, muito mais próximo da “Revolta dos Indignados” espanhola, do que das nossas anteriores descidas às ruas na “Marcha dos 100 mil”, ou do “Fora Collor”.

  • A casa do "soft power"

    Ao definir a Academia Brasileira de Letras como “a Casa do “soft power”, na abertura de mais um ciclo de debates, o historiador José Murilo de Carvalho deu a dimensão exata do papel que a ABL está assumindo na cultura nacional. A presidente da ABL, escritora Ana Maria Machado, disse que o ciclo é uma maneira de a Academia tratar a cultura ligando tradição e futuro. O ciclo “Futuros do presente: o Brasil imaginado” começou na última terça-feira com uma palestra do ex-presidente e acadêmico eleito Fernando Henrique Cardoso sobre “o futuro nacional do Brasil”, onde ele ressaltou a importância da cultura brasileira no relacionamento do país com a globalização, destacando que no mundo multipolar atual, o “soft power” é mais importante do que as guerras tradicionais.