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Artigos

 
  • Fora da zona de conforto

    Se as pesquisas mostrando um viés de baixa na popularidade da presidente Dilma causaram alguma mudança no ânimo de muitos dos políticos aliados, foi provocá-los a sair da zona de (des)conforto em que estavam, como se o resultado da eleição de 2014 estivesse já decidido, e procurar alternativas. Para os assessores do Planalto, o viés de baixa trouxe novas dores de cabeça, como o "encarecimento" do apoio no Congresso, a mostrar que nada está decidido e que se quiserem se manter no poder terão que suar a camisa.

  • Unidade de ação

    A presidente Dilma Rousseff, disposta a “fazer o diabo” para se reeleger, montou uma estratégia de sufocamento dos possíveis adversários saídos da base governista, mais capazes de lhe roubar votos de eleitores petistas. O senador Eduardo Campos, governador de Pernambuco, e a ex-senadora Marina Silva, são os alvos preferenciais, Marina pela capacidade já demonstrada na eleição de 2010 de penetrar na esquerda ecológica, numa classe média moderna e nos evangélicos, e Campos pela potencialidade de atuação no Nordeste, onde o PT e seus aliados, inclusive o PSB, são fortes a ponto de terem dado a Dilma o dobro de votos que o candidato tucano José Serra recebeu.

  • Práticas rudimentares

    O mais importante das pesquisas que saíram nos últimos dias não é exatamente a queda de popularidade da presidente Dilma em si, pois ela continua muito bem avaliada, mas a confirmação de que essa avaliação é suscetível a mudanças quando a economia não anda bem.

  • 35 anos de Telecurso

    Sempre acompanhamos de perto a evolução do Telecurso, um belo empreendimento pedagógico da Fundação Roberto Marinho.  Está comemorando 35 anos de existência, com magníficos resultados em nada menos de seis  estados do país.  Como prova do seu alcance, pode-se afirmar que membros  de aldeias ticunas, no Amazonas, interagem com o material disponível, inclusive já agora com o emprego indispensável da internet.  Para chegar à comunidade, é preciso viajar mais de duas horas a bordo de uma lancha voadeira.  E então ter acesso ao material da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que chega religiosamente.  São alunos de 35 a 71 anos.  O processo não tem limites.                                             Os números do Telecurso são impressionantes, sobretudo se considerarmos que não são frutos de ações governamentais.  É uma  valiosa contribuição da iniciativa privada, representada pela FRM.  Já foram atendidos mais de 6 milhões de estudantes.  A Telessala tornou-se uma respeitável metodologia, com base em materiais escritos por professores universitários de reconhecida competência.  Hoje, é uma política que ajuda a resolver os problemas de atendimentos nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia.  Pela diversificação geográfica se pode ter a dimensão exata da importância do projeto.                                             Muitos dos alunos aqui referidos estão indo à escola pela primeira vez.  Não teriam outra chance de aprendizado.  Fazem referências elogiosas à educação recebida: “Meus pais eram muito pobres e não tinham condições de pagar os meus estudos.  Foi graças ao Telecurso que consegui aprender a ler e escrever.”  Esse é um comentário comum, na história do projeto.                                             Uma professora que dá aula para duas turmas é muito clara: “Temos que superar obstáculos.  Eles querem estudar, é a melhor maneira de transformar a sociedade”, afirma uma das dedicadas mestras que leciona numa palafita de um dos rios da Amazônia.  Revela-se feliz da vida com os resultados.                                              Hoje, o Telecurso conta com 40 mil professores e já distribuiu nada menos de 24 milhões de livros, além de quase dois milhões de fitas.  São números bastante expressivos, referendados oficialmente pelo Ministério da Educação, que editou o “Guia de Tecnologias Educacionais” com base nesse gigantesco trabalho da Fundação Roberto Marinho.                                              De nossa parte, temos a experiência do emprego desse material nos trabalhos oferecidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola, no Brasil inteiro.  Só no Rio de Janeiro, são cerca de  30 mil estagiários e mais de cinco mil aprendizes (jovens de 14 a 24 anos incompletos).  Podemos afiançar que os livros são muito apreciados pelos alunos, com um argumento básico que ouvimos sempre: “A vantagem deles é que se referem sempre a situações do cotidiano, da vida.”  Isso foi apreendido, desde os primeiros tempos, com as ideias do educador  Paulo Freire.

  • 35 anos de Telecurso

    Sempre acompanhamos de perto a evolução do Telecurso, um belo empreendimento pedagógico da Fundação Roberto Marinho.  Está comemorando 35 anos de existência, com magníficos resultados em nada menos de seis  estados do país.  Como prova do seu alcance, pode-se afirmar que membros  de aldeias ticunas, no Amazonas, interagem com o material disponível, inclusive já agora com o emprego indispensável da internet.  Para chegar à comunidade, é preciso viajar mais de duas horas a bordo de uma lancha voadeira.  E então ter acesso ao material da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que chega religiosamente.  São alunos de 35 a 71 anos.  O processo não tem limites.                                             Os números do Telecurso são impressionantes, sobretudo se considerarmos que não são frutos de ações governamentais.  É uma  valiosa contribuição da iniciativa privada, representada pela FRM.  Já foram atendidos mais de 6 milhões de estudantes.  A Telessala tornou-se uma respeitável metodologia, com base em materiais escritos por professores universitários de reconhecida competência.  Hoje, é uma política que ajuda a resolver os problemas de atendimentos nos estados do Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia.  Pela diversificação geográfica se pode ter a dimensão exata da importância do projeto.                                             Muitos dos alunos aqui referidos estão indo à escola pela primeira vez.  Não teriam outra chance de aprendizado.  Fazem referências elogiosas à educação recebida: “Meus pais eram muito pobres e não tinham condições de pagar os meus estudos.  Foi graças ao Telecurso que consegui aprender a ler e escrever.”  Esse é um comentário comum, na história do projeto.                                             Uma professora que dá aula para duas turmas é muito clara: “Temos que superar obstáculos.  Eles querem estudar, é a melhor maneira de transformar a sociedade”, afirma uma das dedicadas mestras que leciona numa palafita de um dos rios da Amazônia.  Revela-se feliz da vida com os resultados.                                              Hoje, o Telecurso conta com 40 mil professores e já distribuiu nada menos de 24 milhões de livros, além de quase dois milhões de fitas.  São números bastante expressivos, referendados oficialmente pelo Ministério da Educação, que editou o “Guia de Tecnologias Educacionais” com base nesse gigantesco trabalho da Fundação Roberto Marinho.                                              De nossa parte, temos a experiência do emprego desse material nos trabalhos oferecidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola, no Brasil inteiro.  Só no Rio de Janeiro, são cerca de  30 mil estagiários e mais de cinco mil aprendizes (jovens de 14 a 24 anos incompletos).  Podemos afiançar que os livros são muito apreciados pelos alunos, com um argumento básico que ouvimos sempre: “A vantagem deles é que se referem sempre a situações do cotidiano, da vida.”  Isso foi apreendido, desde os primeiros tempos, com as ideias do educador  Paulo Freire.

  • Desponta o Brasil africano

    As decisões de Dilma, na Etiópia, em favor dos países africanos já tiveram o seu impacto nas oposições. O volume do apoio a nove Estados do continente provoca o questionamento do Congresso sobre até onde isso envolve o suporte a empresas brasileiras para as novas obras e, quem sabe, ligadas ao Planalto para a campanha de 2014.

  • Visões camonianas

    Ao se referir ao Velho do Restelo no discurso que fez na quarta-feira no Palácio do Planalto, para criticar os pessimistas, a presidente Dilma Rousseff estava assumindo uma visão apologética da obra de Camões “Os Lusíadas”, que identifica o personagem do Canto IV com uma visão do passado, um conservador que não entendia o seu tempo.

  • Nuvem de livros

    Trata-se de projeto original, que focaliza um verdadeiro buraco negro na cultura brasileira: a ausência de um número sequer razoável de bibliotecas escolares em todo o país.  O Brasil tem hoje cerca de 200 mil escolas de educação básica.  Desse total, 130 mil escolas não têm bibliotecas dignas desse nome, ou seja, 65%.  Pode-se inferir que aproximadamente 15 milhões de alunos não utilizam biblioteca, embora a Lei nº 12.244, de 24.5.10, preveja que até 2020 todas as escolas, públicas e particulares, deverão ter pelo menos uma biblioteca.  E cada uma delas deverá ter, no mínimo, um livro por aluno matriculado.                                                   O projeto “Nuvem de livros”, elaborado pela Gol Mobile, parte do princípio de que há quase 250 milhões de linhas de celular em operação no Brasil e que estamos em 3º lugar no ranking mundial do mercado de computadores, com 58 milhões de conexões banda larga.  É a grande chance de criar uma biblioteca on-line, para ser acessada de dispositivos conectados à internet.                                                   Os conteúdos das obras selecionadas por peritos de primeira ordem podem ser alcançados por milhares de usuários simultaneamente, despertando um interesse inusitado pela riqueza do que se contém nos livros existentes.  Segundo o publicitário Roberto Bahiense de Castro, diretor de relações institucionais do Grupo Gol, estamos próximos de alcançar a desejada democracia do conhecimento, igualando, nesse potencial, escolas públicas e particulares.                                                   A variedade de ofertas é quase infinita, abrangendo dicionários, vocabulários, livros didáticos de todas as matérias da matriz  curricular, romances, ensaios, livros de poesia etc.  A “nuvem” estima ainda a existência de reforço escolar, visitas guiadas, salas temáticas, salas do professor e livrarias propriamente ditas, onde o usuário encontrará obras inimagináveis.  Se o aluno estiver interessado em trigonometria, por exemplo, encontrará todas as lições de reforço, para sanar as suas dúvidas.  O mesmo, é claro, com as outras matérias da educação básica.                                                   Dará ao professor a oportunidade de oferecer visitas guiadas aos nossos grandes museus ou chegar até a Biblioteca Nacional, sem sair de casa ou da sua sala de aula.  Pela “nuvem” o professor consulta os relatórios de acompanhamento das suas turmas e toma conhecimento, para transmitir aos alunos, das recomendações de leitura, numa incrível variedade.                                                   A riqueza desse instrumental vai além e chega aos cursos de idiomas e oferece ainda a sonhada formação continuada de professores, com bibliografia específica e o incentivo ao emprego de novas tecnologias na escola.  Nada mais moderno.  É claro que o público-alvo não se esgota no ensino médio, alcançando também as Universidades, com as suas bibliotecas temáticas (Arquitetura, Administração, Direito, Medicina, Educação etc).  Muitas editoras (cerca de 80) já se associaram ao empreendimento, garantindo a qualidade de tudo o que se está oferecendo.  Estamos certos de que muito se ouvirá falar da “nuvem de livros”, que ora surge como inovação.  

  • Campos contra a corrente

    "Quem não quiser pressão, que saia disso", comenta, rindo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mantendo a intenção de se candidatar à Presidência da República em 2014. Na sua avaliação, "eles (o governo) deram uma pressão, fizeram um cerco, achando que era para resolver logo, e não estão conseguindo resolver. Estamos atravessando (as turbulências), convivendo com essa situação, articulando internamente, andando para ver como é que vai ser a composição nos estados".

  • Direitos e deveres

    O país vive nos últimos dias situações de tensão de diversas origens que, misturadas à percepção crescente de pessimismo em relação ao futuro captada por pesquisas de opinião, podem levar a uma crise institucional de grave repercussão.

  • O bom santo São Gonçalinho

    Já passaram, um atrás do outro, o Dia dos Namorados e o dia de Santo Antônio. Não seriam mais assunto para este domingo e cheguei a pensar em escrever sobre a confusão criada pela descoberta (da pólvora) de que o governo americano bisbilhota a internet, com acesso a dados tidos como estritamente pessoais e invioláveis. Mas tratei muito disto aqui e sei que não adianta espernear, porque privacidade é mesmo coisa do passado e, muito em breve, todo mundo será monitorado de várias formas, inclusive em pensamentos antes íntimos. E não somente pelo governo americano, mas por praticamente todos os governos e por diversas entidades particulares. Agora mesmo, acabo de ler que, em Londres, já existem catorze câmeras de segurança e monitoramento para cada habitante. Isso por enquanto, porque o cômputo continua a aumentar e talvez as câmeras venham a ser mais numerosas que as pessoas.

  • Uma lição do passado

    O grande assunto da semana que passou foram os protestos, que se tornaram atos de vandalismo, em São Paulo e no Rio de Janeiro principalmente, e até tiveram repercussões internacionais. Não irei comentá-los, seria uma redundância, mas vou lembrar um momento do passado.

  • Os políticos em xeque

    A tomada simbólica da cúpula do Congresso Nacional pelos manifestantes de Brasília, e os ataques à Assembléia Legislativa no Rio, apesar de inaceitáveis como parte de manifestações democráticas que não deveriam dar lugar a depredações e vandalismos, sintetizam o espírito dos protestos espalhados por várias capitais do país.

  • "Penne arrabbiata"

    Um conhecido de vista e chapéu, como aquele cara que Dom Casmurro encontrou num trem da Central, mesmo sem chapéu, me cumprimentou e perguntou se podia bater um papo. Como as donzelas dos romances antigos, não gosto de conversar com estranhos, mas topei a liberdade e ele sentou-se na mesa onde, sozinho, eu almoçava um "penne arrabbiata".