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Artigo

  • Vinte e cinco anos sem Dalcídio

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 31/08/2004

    Quando morreu, em 1979, perdeu a literatura brasileira um de seus maiores romancistas de qualquer tempo. Pois isso foi, com toda a certeza, Dalcídio Jurandir. Nascido em 1909, na Ilha de Marajó, mestiço de três raças - a branca, a negra e a indígena - explodiu ele na literatura brasileira ao ganhar em 1938, com seu romance "Chove nos campos de cachoeira", o até hoje famoso concurso literário do jornal "Dom Casmurro", em cuja direção estava Jorge Amado. Foi o começo.

  • Presença de Ascendino

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 01/03/2005

    Pertencente ao grupo dos romancistas brasileiros que, no século XX, mais longe foram no exame dos costumes de uma sociedade que se erguia depois da guerra 1939-45, fixou Ascendino Leite para sempre toda uma época de transformação por que passamos a partir do momento em que soldados brasileiros voltaram da Europa e influíram no fim de uma ditadura que nos vinha desde o começo dos anos 30. Em seus romances de então - "A viúva branca", "O salto mortal", "A prisão" - estava um classe média que tomava consciência de que as respostas aos desafios de cada instante deviam ser diferentes.

  • Foro especial

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 31/08/2004

    Um dos pontos que tornam a vida nacional mais obscura é o foro privilegiado de algumas autoridades. Excetuando-se o presidente da República (ou o vice em exercício), qualquer cidadão deve se submeter ao rito comum para os cidadãos comuns. Para isso, existe a Justiça hierarquizada em diversas etapas processuais, cuja cúpula é o Supremo Tribunal Federal.

  • Canção do exílio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 01/03/2005

    Cidade exagerada, mas com um charme que nem os problemas que a afligem conseguem destruir, o Rio se dá ao luxo de ter dois aniversários, de comemorar seu nascimento duas vezes a cada ano. Em 20 de janeiro, por causa de são Sebastião, seu padroeiro, dia da batalha final entre portugueses contra os franceses e seus aliados tamoios pela posse da cidade.

  • Os jovens empreendedores

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 31/08/2004

    Confesso, com toda a sinceridade, que eu não esperava assistir ao êxito, sem precedentes, da reunião dos jovens empreendedores, todos munidos de um plano, expresso verbal ou por escrito, sobre o que pretendem fazer para impulsionar o Brasil na linha do desenvolvimento. Foi uma vitória, mais uma da Associação Comercial de São Paulo e do Sebrae, que comandam o espetáculo e animam os jovens, a fim de que eles se tornem empreendedores.

  • Rendição de um desleal covarde

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 29/08/2004

    Minha primeira profissão, iniciada aos 17 anos, foi o jornalismo, motivo de grande orgulho. No meu tempo, não havia escola de comunicação, a gente se formava no tapa mesmo. Não sou diplomado, mas tenho a carteira do Ministério do Trabalho, velhusca porém digna, onde meu registro profissional é consignado. E uma das coisas que a gente logo aprende é que a convivência da imprensa com o poder é problemática. O poder, principalmente em países de tradição autoritária como o nosso (é isto mesmo o que estou dizendo), é muito melindroso quanto a qualquer crítica feita pela imprensa e, por ser amiúde corrupto ou delinqüente, costuma não ter grande apreço por uma imprensa livre.

  • Cadeiras que dançam

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/04/2005

    Ouvi dizer que houve aquilo que os colunistas especializados chamam de "dança das cadeiras" na equipe econômica. Na realidade, não são as cadeiras que dançam, mas os seus ocupantes. Uma equipe curiosa, com gente que quer sair e gente que quer entrar. Tudo bem.

  • O integralismo revisitado

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 28/08/2004

    Duas novelas ou minisséries da TV Globo, a pretexto de apresentar o cenário ideológico vigente na primeira metade do século passado, fizeram referência ao integralismo fundado por Plínio Salgado, mas com manifesta má-fé, como é hábito dos chamados "esquerdistas", até o ponto de apresentá-lo como simples variante do hitlerismo, com gangues atuantes com deliberada e constante violência.

  • Kerry entre a alternativa e a hegemonia

    Na campanha eleitoral americana, pela primeira vez, em fins de agosto, as pesquisas mostram Kerry à frente de Bush, no que era, ainda, o seu bastião de fiabilidade eleitoral. O democrata, numa opção de 47 contra 46%, é o comandante-e-chefe que passam a preferir os americanos, para o conflito continuado com o Al-Qaeda e o desfecho decisivo na guerra do Iraque. O mais importante é que esta mudança está associada a uma convicção ainda mais contundente quanto ao futuro do país. A invasão de Bagdá e a derrubada de Saddam não tornaram os Estados Unidos mais seguro, pensam 52% da população contra só 38%, a apoiar o propósito bélico de Bush.Ao mesmo tempo, a opinião pública americana repudia a tentativa de um grupo de militares da extrema direita, financiada por milionário texano, de contestar o heroísmo de Kerry durante o conflito do Vietnam. O tiro saiu pela culatra, levando um dos maiores baluartes republicanos, John Mcaint a denunciar a manobra. E o próprio Bush a reforçar o respeito ao senador de Massachusetts, confirmando a página de herói que escreveu no conflito asiático.

  • A latinidade frente à hegemonia americana

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 29/04/2005

    A Academia da Latinidade vem de concluir em Ancara e Istambul o XI Simpósio sobre a interrogação, ainda, das diferenças culturais no seio de um mundo ameaçado pela configuração hegemônica. Trata-se de buscar uma interlocução, em que esse Ocidente flexível, mediterrâneo, vindo de uma tradição pluralista, confronte a dureza crescente do fundamentalismo nascido do Salão Oval. Ou da determinação da cruzada, decretada a partir dos restos fumegantes da queda das torres de Manhattam, como revide à deflagração da ameaça difusa e pertinaz de um terrorismo sem quartel.

  • Condureza ternura

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/04/2005

    Ultimamente, vivemos uma enxurrada de pesquisas que não servem para nada. Li outro dia que, depois de um trabalho exaustivo de pesquisadores, chegou-se à conclusão de que os velhos pagam mais impostos. Ora, se os velhos compram mais remédios e todo remédio tem um imposto indireto embutido, é claro que, mais remédios, mais impostos. Óbvio que os velhos precisam de mais medicamentos. Há também a pesquisa de que os carecas têm a cabeça mais larga que os cabeludos. E daí? Para não ser careca tem de diminuir a cabeça?

  • Justiça, pacto social e cláusula pétrea

    A decisão do Supremo Tribunal, de 18 de agosto, sobre a contribuição dos inativos para a Previdência explicita de maneira exemplar o que seja a prática da democracia profunda pela cultura petista hoje no poder. Lance a lance, cada voto respondeu à interrogação cidadã, de até onde o imperativo de mudança se compadece com a garantia dos direitos adquiridos, e sua consagração no atual Estado de Direito no país. Ou melhor: em que termos a exigência da Justiça pode ir além do pacto social solene da Carta e, nele, das suas cláusulas pétreas, que não comportam sequer emendas constitucionais?