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Artigo

  • A universidade, mudanças e impasses

    O começo do Governo Lula tem sido marcado pela recarga de debates, congressos e troca de opiniões, concernentes ao projeto de futuro do Brasil, ligado às grandes vertentes estratégicas em que a educação cobra o seu quinhão decisivo. O ministro Cristovam Buarque quer-se deliberadamente instigante, senão até provocador, no que considera como o recurso contra o pior risco na tarefa do Estado e das políticas públicas, neste front onde o essencial é manter-se a luta sem quartel contra a obsolescência. E não é maior o seu repto, num país ainda a viver as tensões do subdesenvolvimento. O nível de aceleração histórica em que vivemos evidencia uma multiplicidade de tempos para superar atrasos e ao mesmo tempo saltos ao futuro. Experimentamos o empuxe tecnológico e o arcaísmo que resiste à mesma inquietação de Darcy Ribeiro e Paulo Freire.

  • As grandes vitórias

    Jornal do Comercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 16/09/2003

    A parcial vitória do Governo na aprovação da reforma tributária está sendo comparada a uma dessas conquistas definitivas de um grupo sobre outro, de um exército sobre outro. De repente, o Palácio do Planalto virou um ninho que abriga os novos Alexandres, os novos Césares, os novos Napoleões: vencem todas - ou quase todas.

  • Nada como um dia depois do outro

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/09/2003

    Acho que, por certas coisas, a gente paga a vida toda. O pugilo de bravos que lê esta coluna há algum tempo deve lembrar que já mencionei aqui o fato de que, durante uma fase mais ou menos breve de minha juventude, fiz grande força para ser comunista. Incluo-me até mesmo entre os raríssimos heróis que já encararam O Capital e tentaram lê-lo até o fim. Achei, em emocionante caça clandestina, um exemplar em espanhol que até hoje está comigo, em algum lugar do pandemônio de livros do meu gabinete e fingi não haver sido intimidado por suas mais de 1.600 páginas. Não cheguei ao fim, confesso. Mas fui mais longe do que a maioria dos que tentaram a temerária empreitada, embora, verdade seja dita, não me recorde de nada, ou quase nada.

  • O duplo tombo dos neocéticos

    Superou toda clássica desconfiança do País de sempre o ganho logo em primeira votação da reforma tributária, menos de um mês após o sucesso na da Previdência. Vem em catadupa a afirmação do Governo Lula, saindo dos pessimismos crônicos, ou das sabedorias inerciais do excesso de prudência de novas presidências, que perderam o rompante do "que fazer" imediato, tal como aconteceu com FH.

  • A força da cultura

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 09/09/2003

    Realizou-se este mês, em Salvador, uma reunião de âmbito continental que vale a pena que seja registrada e comentada. Foi um seminário-espetáculo denominado "Xangô na África e na diáspora". Grupos do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Recife, do Maranhão, lá estiveram com seus tambores e cânticos. A novidade foi a presença de uma delegação americana, representada por tocadores de atabaques e cantores de Nova York, em que se achavam Andrew Apter e Isamur Flores, que cantaram em iorubá, exatamente como os brasileiros.

  • De quem é o sotaque?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/09/2003

    O ator português Raul Solnado costumava contar uma piada que tem o seu toque de realismo: "Nós é que demos a língua a vocês e agora o sotaque é nosso..." Claro que, nessa história, pesa muito a população de 174 milhões de brasileiros.

  • A pátria amada

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 07/09/2003

    Hoje, por ser domingo e não se trabalhar de qualquer jeito, creio que pouca gente vai lembrar que é o 7 de Setembro, antigamente muito chamado, mas hoje pouco, de Dia da Pátria. Recebo cartas e sugestões de amigos e leitores, parecem que esperam de mim uma crônica ou artigo de grande impacto e veemência, em nome do aniversário, ainda que contestado por alguns, do nosso país, ou "deste país", como gosta ou gostava de dizer o presidente Lula. Há até quem espere que eu exponha dados, que por sinal não tenho, sobre a sugestão de que há e sempre houve sabotagem de fora no programa espacial brasileiro e aclare tudo de forma definitiva, como prova de que precisamos cada vez mais de união, porque o Brasil tem inimigos por toda parte. Há mesmo quem ache, que, neste espaço, eu posso resumir análise e opinião abrangentes sobre nossos problemas e nosso futuro.

  • Orçamento e gripe

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/09/2003

    O Elio Gaspari popularizou a expressão ''o dinheiro da Viúva''. O Boris Casoy completou: ''Está saindo do nosso bolso, uma vergonha!'' A contabilidade desses trocados está no Orçamento da União, que todo ano é proposto pelo Executivo, votado no Legislativo e motivo de muita briga e celeumas.

  • Controle remoto

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 04/09/2003

    Não será para os meus dias, mas não custa me lamentar. O Luís Edgar de Andrade costuma dizer que a maior injustiça do mundo foi a tardia aparição do e-mail. Ele tem a certeza de que tudo seria melhor se o Otto Lara Resende tivesse acesso ao novo recurso de comunicação que hoje está disponível a qualquer um, menos a ele, que tanto adorava escrever cartas, bilhetes e recados.

  • O mistério dos nomes

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 02/09/2003

    O mistério da heteronímia pode ter raízes mais profundas e dispersas de que o pensaria um analista de superfície. Heterônimos teríamos todos, com certeza heterônimos cercariam a pessoa/persona de muitos poetas. Poderíamos, por exemplo, como o faço agora, imaginar/inventar nomes para a multiplicidade espantosa de pessoas contidas em Jorge de Lima.

  • Da utopia

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/09/2005

    É uma constante nos momentos pragmáticos que vivemos dizer que chegamos a uma época na qual todas as utopias desapareceram. Procuram vincular esse pensamento à morte das ideologias: o mundo em que vivemos não aceita mais dogmas, chegamos ao fim da história que é o desembarque no liberalismo econômico e na democracia política; os países que ainda não estão nesse caminho são desvios da marcha inexorável do progresso da humanidade.

  • Memória de Diogo Pupo Nogueira

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 30/08/2003

    Nascido em São Paulo, a 14 de maio de 1919, falecido dia 2 de agosto último, Diogo Pupo Nogueira foi professor-titular aposentado de Medicina do Trabalho no Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Essa perda irreparável não mereceu atenção especial por parte de nossos jornais, rádio e televisão, não obstante tratar-se de um dos maiores cientistas brasileiros, que, pelo seu saber e benéfica atuação, veio compor a notável galeria de benfeitores, em que figuram Oswaldo Cruz e Carlos Chagas.

  • As burrices do pensamento único

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/09/2005

    Já comentei diversas vezes as fases da sociedade em que predomina o pensamento único. Não vem ao caso repetir as distorções causadas por momentos em que todos se transformavam em Juquinhas de anedota -aquele guri safado que só pensava em sacanagem. Exemplo: o professor mostra ao Juquinha uma caixa de fósforos e pergunta: "Juquinha, isto é uma caixa de fósforos. No que você pensa quando vê uma caixa de fósforos?".

  • Quebrar caixas

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 29/08/2003

    A tragédia na Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara, no Maranhão, foi frustração e comoção. Foram perdas tecnológicas, científicas, de dinheiro, tempo e trabalho. Mas as perdas humanas, impossíveis de repor, doem mais. Chorá-las é pouco. Há o lado humano, da morte e das famílias. Saí dilacerado da cerimônia fúnebre de São José dos Campos.

  • Inculta, bela e muito difícil

    O Globo (Rio de Janeiro), em 29/09/2005

    A culpa não pode ser atribuída somente a D. João VI. Ele foi transformado por historiadores e cineastas em figura caricata, amante de frangos gordurosos, e sobrou pouco espaço para elogiar o seu empenho cultural, a partir da chegada ao Brasil, em 1808. Biblioteca Nacional, Observatório Nacional, Museu Nacional de Belas Artes, os primeiros cursos superiores isolados - são alguns dos feitos do Príncipe Regente, além da permissão para que aqui se instalasse “A Gazeta do Rio de Janeiro”, primeiro jornal periódico do Império.