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Artigos

  • Fora todos!

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/08/2005

    Já lembrei aqui neste espaço, há tempos, a cena deliciosa de um dos melhores romances que li em toda a minha vida, "Fontamara", de Ignazio Silone, autor italiano patrulhado pelos comunistas, embora tenha sido, ele próprio, um comunista sincero, mas independente da linha ditada pelo "pápucha" Stalin e seus prepostos espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil.

  • A câmara mágica de Jean Manzon

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/08/2005

    Quando, em 1945, terminou a Segunda Grande Guerra, milhares de europeus, saturados das crises que viveram, deixaram seus países em busca de vida nova na América Latina. A Argentina recebeu muitos alemães, dentre eles antigos membros das SS e da Gestapo. Dentre os que escolheram o Brasil estava o francês Jean Manzon, um dos maiores fotógrafos do seu tempo, com enorme competência jornalística, adquirida, entre outros veículos, na revista Paris Match, de seu amigo Jean Prevost.

  • Palocci e a verdade premiada

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/08/2005

    A crise tem a sua retórica. Normalização, a sua linguagem. Na sucessão de choques e espetáculos cívicos das últimas semanas, a surpresa do pronunciamento do ministro Palocci, em pleno meio-dia de domingo, deu-nos o direito à credibilidade política. Suas frases descansadas contrastam com os excessos do denuncismo ou as manipulações do acordão, no empenho do Congresso de voltar ao controle do script, saído dos trilhos das CPIs, e suas apostas na desmemoria do país.

  • A lei de Murphy

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/08/2005

    No ano passado, comemorou-se o cinqüentenário do suicídio de Getúlio Vargas, o ainda maior drama da nossa vida pública.

  • Contra a reeleição

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/08/2005

    O Senado agiu em boa hora para racionalizar o sistema eleitoral em vigor. Combati, sempre, a eleição proporcional, pelos grandes logros que gera - viu-se ainda no último pleito, como em todos os pleitos anteriores.

  • Um livro e uma cidade

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 23/08/2005

    Há cidades que também são personagens. E há escritores que as pegam de jeito para transformá-las em presenças quase humanas e colocá-las como partícipes de uma história erguida com palavras. Outra coisa não fez Jorge Amado ao afeitar sua Ilhéus para que nela Gabriela e seus companheiros de tempo vivessem suas aventuras. Antes dele, Manuel Antônio de Almeida criara seu Leonardo num Rio de Janeiro que nunca mais deixaria de existir exatamente como o romancista o havia concebido.

  • A todo vapor

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/08/2005

    Citar o poeta Murilo Mendes pode até parecer provocação. Num tempo em que os 15 minutos de fama estão sendo vividos por Delúbios, Valérios, Jeffersons, Dirceus et caterva, lembrar o poeta de Juiz de Fora é estar tão por fora como o juiz que deu nome àquela cidade.

  • Nocivo videogame

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/08/2005

    No Senado americano a senadora Hillary Clinton fez, em discurso, a análise da influência na formação da juventude da videomania no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Competente advogada, Ms. Clinton dissecou perante seus pares e, pela repercussão, de toda a opinião pública dos Estados Unidos, a nova moda dos jovens de seu país, e, por extensão do mundo inteiro, onde os moços de ambos os sexos se entregaram e se entregam a essa nova moda eletrônica.

  • Lula e Kadhafi

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 22/08/2005

    Num dos numerosos giros que o presidente costuma dar pelo mundo, praticando um turismo político e protocolar que eu pessoalmente aprecio e louvo, acreditando que em linhas gerais ele se sai bem, contando pontos para o Brasil e para si próprio, fiquei admirado - e muita gente ficou pasma - quando soube de sua visita ao ditador Kadhafi, da Líbia.

  • Justa premiação

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 22/08/2005

    Mais uma vez, com o cuidado de sempre, a Fundação Bünge realizou o encontro dos jurados para a escolha dos vencedores dos seus prêmios, que já se chamaram Moinho Santista. Completando 50 anos de atividades, no Brasil, desta feita decidiram premiar os destaques nacionais nas áreas de Agronegócio, Educação Fundamental, Física e Romance.

  • Personal

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/08/2005

    Terceirizar a vida privada. A lógica do mercado atinge a vida íntima: há um "personal" para praticamente qualquer atividade cotidiana. Folha Equilíbrio, 18.08. 2005

  • Provas e contraprovas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/08/2005

    Impossível a um cronista diário não comentar as acusações feitas, na sexta-feira passada, contra o ministro da Fazenda. Pensei em fazê-lo ontem, domingo, obedecendo ao jornalismo politicamente correto, que exige a informação e o comentário instantâneos para abastecer a sociedade de elementos que possam saciar sua sede de verdade e de justiça.

  • Pensar duas vezes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/08/2005

    Disse-me em conversa o ex-prefeito Paulo Maluf, o autor dos elevados, mais conhecidos como minhocões , obras que foram, segundo a imprensa da época, faraônicas, tornanado possível o trânsito de veículos na capital. Acentuou-me, convictamente, não houvesse ele construído os elevados, São Paulo pararia. Paulo Maluf é engenheiro.

  • Sim, mas quem não é?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 21/08/2005

    Vejam vocês, o sujeito pensa que já viu tudo, tendo nascido na primeira metade do século passado, e se tornado foca (involuntário - meu pai não era moleza e me meteu numa redação de jornal sem me consultar e eu que voltasse para casa rejeitado, porque destino mais ameno teria quem embarcasse para a Coréia por volta daquela época) aos 17 anos e militado em tudo que é tipo de coisa em redação de jornal, no tempo em que se berrava e fumava nas redações, só tinha uma mulher ou outra, assim mesmo considerada meio anormal, ou de comportamento sexual aberrante ou vítima de distúrbios mentais, e bastava aprender a pilotar uma Remington para tentar se dar bem.

  • O mago no Tibete

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/08/2005

    Não parece, mas ser cronista diário está ficando difícil, sobretudo quando um assunto único empolga o país em que ele vive, sofre e, eventualmente, se diverte. Pode parecer um paradoxo, mas justamente quando fica fácil falar de uma coisa, a luzinha vermelha se acende, alertando para a chatice de saber quantas cabeças de gado tem o caixa do PT e o que a secretária do assessor de um deputado estava fazendo no dia 2 de maio de 1999.