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Artigos

  • Classificação nacional

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/06/2005

    Interessa, sem dúvida, a classificação do Brasil como nação emergente, com vastíssimas possibilidades econômicas, com excelente campo de investimentos. Mas interessa, também, como nação aberta aos ventos da História e ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia, das artes e das letras. Enfim, interessa, de par com outros domínios da cultura, que saiamos, o mais depressa possível, do provincianismo. Que é a nossa principal característica como nação.

  • Saudades do Castello

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 22/06/2005

    Conheci Carlos Castello Branco na casa de meus pais, há mais de meio século, quando as luzes da ribalta parlamentar focaliza- vam intensamente o deputado Afonso Arinos. Lembro-me de uma noite na qual Castello, com seus colegas Odylo Costa, filho e Villas-Bôas Corrêa, aguardou, com paciência evangélica, o fim de um rompante do líder oposicio-nista, a deblaterar contra a imprensa, inconformado com insinuações de que um discurso, feito por ele em torno de apelo do presidente Vargas à oposição para apoiar seu projeto de reforma administrativa, teria propósitos adesistas. Terminado o destampatório, os três amigos recolheram do deputado, já sereno, declarações que contornaram a crise política esboçada.

  • A Presidência é exigente

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/06/2005

    Foi um grande amigo de Lula, companheiro mesmo de jornadas sindicais, Sua Eminência Cardeal Arns, quem escreveu que, infelizmente, o presidente não estava preparado para assumir a Presidência, que é muito complexa para quem nunca exerceu função pública.

  • Patrocínio: 100 anos

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 21/06/2005

    O centenário da morte de José do Patrocínio, que ocorre este ano, está sendo comemorado pela Academia Brasileira de Letras, de que ele foi membro fundador, tendo nela ocupado a cadeira nº 21 (seus sucessores foram Mário de Alencar, Olegário Mariano, Álvaro Moreyra, Adonias Filho, Dias Gomes e Roberto Campos, nela se encontrando atualmente Paulo Coelho).

  • Como vai a Itália?

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/06/2005

    A influente e milionária revista The Economist trouxe num de seus números passados uma nota qualificando a Itália como homem doente da Europa. Essa expressão foi cunhada antes da Primeira Guerra Mundial por um político, se bem me lembro inglês, mas cujo nome me escapa.

  • Os dilemas da Fortuna

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/06/2005

    Uma americana de 55 anos ganhou duas vezes na loteria no espaço de cinco meses no Estado da Pensilvânia -uma coincidência cuja chance de acontecer é de 1 em 419 milhões. Donna Goeppert ganhou US$ 1 milhão (R$ 2,43 milhões) em cada vez que foi premiada pela loteria da Pensilvânia. Folha Online, 16.06.2005 

  • Quando a escola era Normal

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 19/06/2005

    Nunca se soube exatamente porque acabou o título de Escola Normal, que começou exatamente com a primeira delas, no século 19, na cidade de Niterói. O auge dessas instituições, espalhadas pelo Brasil, pode ter ocorrido entre as décadas de 40 a 70. Formaram os melhores professores e certamente tinham os melhores mestres. No Rio, rivalizavam com os do clássico Colégio Pedro II, padrão de excelência nacional.

  • Casa mal-assombrada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/06/2005

    Que a crise está braba está. Desde que assumiu o poder, nem Lula nem o PT passaram por entaladelas iguais. Tudo o que houve anteriormente parece nada diante do que está havendo e, sobretudo, do que ainda poderá haver.

  • Quem nasceu ontem?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/06/2005

    Não sei em que vai dar todo o fuzuê da semana passada. É bem possível que não dê em nada e os punidos por acusações eventualmente provadas venham a ser o boy que comprou as malas do suposto dinheiro do mensalão (tenho que usar “suposto”, “alegado” etc., senão pode dar processo em cima de mim; mas, como é meio chato ficar repetindo esses adjetivos o tempo todo, peço que os subentendam daqui por diante) e talvez os caixas dos bancos que entregaram o dinheiro aos sacadores. E certamente vai sobrar para mim, pois deverei incorporar a condição de preposto do deputado Roberto Jefferson à minha condição de porta-voz de quem quer que achem que no momento estou portavozeando. Mas é isso mesmo, já estamos e já estou acostumado.

  • Einstein e eu

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/06/2005

    Como todos sabem, após a morte de Einstein, em 1955, o patologista de plantão no hospital universitário de Princeton, Thomas S. Harvey, fez a autópsia do cadáver e, por conta própria, tirou o cérebro do gênio e levou-o para casa a fim de estudá-lo e descobrir onde se localizava a genialidade do falecido. Foi demitido.

  • Rumo à Sorbonne tropical

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 17/06/2005

    O ano França-Brasil está permitindo, em encontro inédito, um novo horizonte de cooperação, em nível universitário, entre os dois países. A Sorbonne nouvelle vai ouvir o depoimento de 12 reitores brasileiros, a partir do desenho geral da nossa nova política pública de ensino superior, por iniciativa do Secretário Geral do Sesu, Nelson Maculan. Recolheremos a contrapartida francesa, no empenho desenvolvido pelo presidente da Paris III, Bernard Bosredon, voz, hoje, de importância tão estratégica na completa reavaliação e prospectiva desta colaboração internacional.

  • Olhos para ver e para chorar

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/06/2005

    Estou adquirindo uma má vontade comigo mesmo de citar "aquele" pregador que eu li tanto a vida inteira. Foi meu pai que me recomendou: "Se você quer aprender a escrever, leia Vieira". Pois não é que ele diz que os homens têm olhos feitos para ver e para chorar? E explica: "Os cegos não vêem e choram". É o que acontece agora com nós, brasileiros. Estamos vendo, estamos cegos e, vendo não vendo, temos vontade de chorar.

  • Um quadro de andorinhas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/06/2005

    Deixei o hospital com a mesma roupa com a qual fora atropelado. O terno estava razoavelmente limpo, pois, apesar da violência do choque, pouco se rasgara. A sujeira não era muita, apesar das manchas de sangue. Com o tempo, não mais pareciam sangue, mas café. Eu entornara um bule de café nas costas e nas calças -nada mais do que isso. Meu aspecto não devia ser agradável, nunca o fora, mas não chegava ainda a ser repugnante.

  • Metrô para mulheres

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/06/2005

    Li num jornal de Paris que a administração do metrô estuda fazer como os japoneses, engatar em cada composição um vagão especialmente exclusivo para mulheres que tomam o trem de manhã e voltam à tarde para casa, depois de um dia de grande labuta nos escritórios.