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Artigos

  • Homens lama

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/07/2005

    Nos tempos que correm, todos se dizem democratas, da boca para fora todos clamam pela ética. Nunca uma sociedade foi tão ética e perfeita como a nossa. Tão perfeita que fica indignada quando estoura um escândalo envolvendo o Congresso e um dos partidos políticos, justamente o que mais encheu a boca com a ética.

  • O que diria Maquiavel?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 09/07/2005

    Após a catástrofe dos plebiscitos de França e Holanda, os estrategistas da União Européia poderiam perguntar-se da indagação que, retrospectivamente, Maquiavel lhes faria. Por que a insistência na consulta popular, para levar adiante a Carta, e não a simples ratificação pelos Parlamentos nacionais? Não foi outra a solução que já deu pelo “sim” em todos os países que a acolheram, como Alemanha, Itália e Bélgica. Não estava na perspectiva do grande avanço da conquista da Carta o desacerto de agora entre a sensibilidade dos governos e a retranca de uma opinião pública ainda mal preparada para a modernidade democrática que representa o apelo crescente aos plebiscitos.

  • Nossa cabeça francesa

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 08/07/2005

    Os mais recentes encontros do ano França-Brasil concentraram-se na troca da experiência das nossas cabeças: tanto a da universidade, como a literária. É o que proporcionou, de início, a presença na Academia Francesa, de dezesseis membros da ABL, respondendo a um intercâmbio começado pela vinda ao Rio de Janeiro, no Centenário da Casa de Machado de Assis, dos Secretários Perpétuos, Maurice Druon e Hél×ne Carr×re d"Encausse, bem como de Marc Fumaroli e Hector Bianchotti. "Sous la coupole" agora os donos da casa foram saudados por Ivan Junqueira e José Sarney. Relembraram-se as vinhetas dos primórdios da nossa colonização, pelos sucessivos empenhos, finalmente abortados, da França Antártica, na Baía de Guanabara, e da Equinoxial, quando Lavardi×re imprimiu à capital do Maranhão o nome de São Luís, o Rei nos altares.

  • Tempo das amoras

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/07/2005

    Cada ser humano é um testemunho do tempo. É um testemunho participante das transformações que ocorreram durante a vida, que vão do corpo ao ritual da morte, passando pelo cotidiano dos costumes, hábitos, modos e seduções.

  • Partidos de hoje e de ontem

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/07/2005

    São pouquíssimos os consensos formados em nossa vida pública. Um deles foi obtido agora, com a crise que o governo atravessa. É a necessidade da reforma política, que gerou e explodiu no escândalo do "mensalão". Mesmo que se descontem os exageros das acusações do deputado Roberto Jefferson, por mais que o desqualifiquem, todos sabemos que as campanhas eleitorais e a existência física dos próprios partidos são custeadas com dinheiro arrancado das estatais, de bancos e empresários.

  • Petróleo ameaçador

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/07/2005

    Lembramo-nos, ainda, da crise do petróleo decretada pela Opep há mais ou menos trinta anos. Os potentados árabes, os iranianos, que haviam deposto o Xá, os iraquianos que haviam deposto um rei, pela mão assassina de Saddam Hussein e outros militares renegados e conspiradores, subiram o preço do barril do bruto de 2,5 dólares para l2 dólares.

  • "La Ronde"

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/07/2005

    Desconfio das coisas muito repetidas, dos slogans e gritos de guerra: "Todo o poder ao povo!". "Povo unido jamais será vencido!". "Tortura nunca mais!". "Um, dois, três, corruptos no xadrez!" (Este último ainda não entrou em circulação, mas não custa esperar).

  • Jorge Amado: marido e mestre

    Jornal do Brasil (Rio d Janeiro), em 06/07/2005

    Durante 56 anos, Jorge Amado foi meu marido e meu mestre. O que sei com ele aprendi. Juntos, corremos mundos, percorremos os mais distantes países, os mais belos e estranhos.

  • O seu a seu dono

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/07/2005

    Uma das angústias do jornalismo é a inevitabilidade das generalizações. Impossível deixar de cometê-las num texto curto, apressado e genérico como são as crônicas publicadas neste espaço.

  • Da guerrilha à Casa Civil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/07/2005

    O cargo de chefe da Casa Civil tem de possuir no seu curriculum informação sobre sua aptidão política partidária, que estua sempre nesse ministério.

  • Caminhos da insubmissão

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 05/07/2005

    Dentre os livros de Henry Miller, um há que pode ser considerado um "Evangelho da Insubmissão". É o volume chamado "Tempo dos assassinos". Nele, ao estudar Rimbaud, o que Miller faz é um levantamento completo dos insubmissos dos últimos dois séculos. De Shelley, Blake, Stendhal e Hegel até Baudelaire, Poe, Conrad, Claudel, Dostoevski, entre outros, mas o insubmisso mais desabrido é Rimbaud.

  • Baile fiscal caipira

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/07/2005

    Não engrosso a turma dos que acreditam próximo o fim de mundo institucional em nossas bandas. Que as coisas estão complicadas, estão. Muito vexame e até mesmo uma espécie de baile fiscal caipira, com a festa junina (em julho) promovida por Lula na Granja do Torto. (Por falar em Torto, lembro que Guimarães Rosa, entendido no assunto, em lugar de Diabo, Satanás ou Demônio, preferia chamar o Pai das Trevas de "O Torto").

  • Envelhecer e morrer é caro

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/07/2005

    A conceituada revista Digesto Econômico , número em circulação, referente a maio e junho, traz um artigo de Sérgio Cabral sobre o custo do envelhecimento. É impressionante como envelhecer, isto é, a vida depois dos 60 anos, torna-se de padrão mais baixo do que antes dessa idade-limite, para serem as pessoas consideradas idosas, e em seguida, acrescento aos argumentos do articulista, a morte.

  • Falso. Verdadeiro. Falso. Verdadeiro

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/07/2005

    Uma mulher pode até conseguir enganar seu parceiro fingindo um orgasmo, mas pesquisadores holandeses afirmam ter conseguido flagrar o falso clímax com a ajuda da tomografia computadorizada. Áreas ligadas a emoções ficam "desligadas" no orgasmo verdadeiro, mas ativas no falso. Folha Ciência, 21.06.2005