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Artigos

 
  • Carta na manga

    RIO DE JANEIRO - Nos tempos da 2ª Guerra Mundial, personagem criado por Walt Disney para a política da boa vizinhança, o papagaio Zé Carioca meteu-se a mágico, arregaçou as mangas na base do "nada aqui nesta manga, nada aqui nesta outra manga". De uma delas caiu uma carta de baralho, o ás de espadas, que ele trazia para qualquer emergência em mesa de pôquer.

  • O pai de fim de semana

    Na semana passada, o presidente Lula sancionou o projeto de lei que cria, no Código Civil, a opção de guarda compartilhada dos filhos de pais separados. Até agora só havia a guarda unilateral, ou seja, o filho ficava com um dos pais, geralmente com a mãe. E isto dava origem a uma figura que acabou se tornando típica: a figura do pai de fim de semana, o pai que vai buscar o filho em geral na sexta à noite e devolve-o no domingo à noite. Como funciona isto? Num blog encontrei um pungente depoimento a respeito. É um pai que declara, patético: "Eu, que desde o dia em que o meu filho nasceu abdiquei de muita coisa para estar perto dele, eu que, por causa do bebê, desisti de projetos profissionais e recusei propostas tentadoras, eu que cuidei dele, eu que sabia o horário certo de aquecer o leite para a mamadeira, eu passei a pai de fim de semana." Uma semana, continua o relato, que custava a passar. E que culminava num fim de semana nem sempre tranqüilo, rotineiramente passado num shopping. Por que o shopping? Porque o shopping oferece diversão, comida, oportunidade de compras; o shopping ajuda a vencer a ansiedade não raro associada a estes encontros.

  • Condenação de militares

    Lemos em um dos jornais de grande circulação em São Paulo que 11 militares são indiciados pelo assassinato de jovens no Rio de Janeiro. Já tratamos deste assunto na semana passada e não queríamos voltar ao assunto, mas devemos, em respeito às Forças Armadas, replicar o tema discutido fartamente nos últimos dias.

  • Dia perfeito para o homem banana

    RIO DE JANEIRO - Um daqueles dias em que há a sensação de que não se deve sair de casa, nem da cama. Tudo começa com o telefonema do editor de uma revista reclamando o texto que ainda não teve tempo de escrever. Promete mandar mais tarde. E outro telefonema informa que a secretária torceu o pé, está no Miguel Couto, não irá trabalhar.

  • A valorização da mulher

    Se há os que estranham, no Muro das Lamentações, a separação entre homens e mulheres, nas orações ao Criador, com respaldo na tradição religiosa, é comum, no moderno estado de Israel, registrar a importância do papel feminino, na construção da sociedade. Nas Universidades e nos centros de pesquisa há o predomínio da presença da mulher, trabalhando de igual para igual.

  • Bolsas em risco

    Temos que tratar neste espaço dos EUA e das dificuldades que eles nos criam, com conseqüências nas bolsas de valores, todas elas em má situação. Mundialmente famosa, por ser a bolsa de valores central dos EUA e do mundo, a Bolsa de Nova York corre o risco de desabar sua diligente estruturação econômica, enfrentando as consequências da majoração do preço do petróleo, do qual os EUA não tem as reservas necessárias para o seu formidável movimento.

  • Gravidez na adolescência: o pacto do desamparo

    Muito significativa a notícia que ZH publicou no fim da semana passado. Diz o texto: "Intrigados com o repentino aumento do número de adolescentes grávidas na escola, os diretores da Gloucester High School (Massachusetts, EUA) descobriram um fato surpreendente. Ao menos metade das estudantes grávidas confessaram ter feito um pacto para engravidar ao mesmo tempo e criar os filhos juntas".

  • Amazônia, o futuro depois do paraíso

    Vimos, todos, a fala do líder dos arrozeiros na Raposa Serra do Sol, Paulo Quartieri, saído da cadeia por hábeas corpus instantâneo, e passeando, de celular, nos salões do Congresso. Daí partiu para o avião e a passeata triunfal em Boavista. Carreata de mais de cem autos, bandeiras e hino nacional, e os beijos nos índios já trazidos à campanha para permanecer o plantio, de vez, na reserva ameaçada.

  • Do tamanho dos hinos

    RIO DE JANEIRO - Quando não tinha assunto para um artigo dos muitos que escrevia para diversos jornais portugueses e brasileiros, Eça de Queiroz esculhambava o bei de Túnis, personagem mais ou menos imaginário ao qual ele atribuía malfeitos e incompetência. Conheci um famoso jornalista da imprensa carioca que, na mesma situação (sem um assunto específico), fazia veementes editoriais exigindo novo hino nacional para o Brasil.

  • Acontecimentos alarmantes na ilha

    De vez em quando eu fico tenso com a vida na cidade grande, bombardeado por uma massa de opiniões e notícias contraditórias, contaminado pela paranóia geral e assombrado por todos os lados, que me dá vontade, como dá a muita gente, de me pirulitar, como se dizia antigamente. E, imagino que ao contrário da maioria dos que querem pirulitar-se, já tenho até aonde ir. Perdoem-me se repito o que disse o baiano Otávio Mangabeira, mas talvez alguns entre vocês ainda não conheçam essa observação. Segundo contam, ele disse que, quando o mundo acabar, a baianada só vai saber cinco dias depois.

  • O Brasil e o Japão

    A imigração japonesa no Brasil, cujo centenário estamos comemorando este ano, teve resultados positivos, muito além do que podiam ter imaginado aqueles que dela participaram em 1908. Alguns decênios antes a vinda maciça dos italianos, que tiveram o apoio direto de D. Pedro II, estimulara a indústria de São Paulo e influíra positivamente na economia dos Estados do Sul do país como também em Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro (em minha cidade natal de Ubá, MG, desde antes dos anos 20 do século passado tinha casas de comércio com nomes italianos).

  • Planos de segurança

    RIO DE JANEIRO - Começou aos poucos, como as tempestades e as gripes. Cariocas preocupados com a violência, sobretudo nos bairros da classe média, se cotizavam e contratavam equipes de segurança para guardarem determinadas ruas ou quarteirões. Antes da classe média se prevenir, a classe mais alta já dispunha de seguranças particulares que levavam as crianças ao colégio e as madamas aos compromissos sociais.