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Artigos

 
  • A nova eleição

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/04/2005

    Abre-se agora na Igreja a fase da escolha do sucessor de João Paulo II. Cerram-se as portas da Capela Sistina para o conclave - o único que conhecemos no seu exato sentido etimológico - e os cardeais com direito a voto vão debater o problema com a intenção de servir a Igreja.

  • Poeta como poucos

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 12/04/2005

    Houve, de certo modo, em muita poesia feita depois de 1914, uma ruptura interna, uma como que desintegração que foi, em relação ao assunto, até o excesso do surrealismo, e caiu, quanto ao ritmo, na quebra muitas vezes forçada e artificial do verso, com o abuso de alguns recursos postiços da divisão poética.

  • Um marco na saúde pública

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/04/2005

    Este 12 de abril representa um marco na história da saúde pública e na história da medicina em geral: há exatamente 50 anos, em 1955, um médico norte-americano, o dr. Jonas Salk, anunciava que, depois de um gigantesco estudo envolvendo quase 2 milhões de crianças nos EUA, concluíra-se que uma vacina contra a poliomielite revelara-se "safe, effective and potent" -segura, eficaz e potente. A notícia foi recebida com enorme júbilo, sobretudo num país que desde o começo do século 20 vinha enfrentando gigantescas epidemias da doença -uma das vítimas fora ninguém menos que o presidente Franklin Roosevelt, que muitas vezes era visto em cadeira de rodas.

  • Silêncio e transparência

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/04/2005

    Estou achando divertida a cobertura do próximo conclave feita pela mídia internacional. Tanto a morte como o funeral do papa foram bem expostos, com exagero em alguns casos, mas a linha geral foi boa. E é de minha obrigação destacar, não por corporativismo ou por amizade pessoal, o trabalho de Clóvis Rossi em Roma. Foi dos melhores que acompanhei em alguns anos de jornalismo.

  • O negócio das indenizações

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/04/2005

    Um dos bons negócios para premiar quem não merece - algumas vezes, alguém que merece -, mas parcimoniosamente, e, mais raramente, quem de fato deve receber uma quantia significativa. No Brasil, os negócios de Estado e os de indenizações são lançados em lei conforme o humor de deputados e senadores, nunca como um princípio de justiça a ser reparado.

  • Santo subito

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/04/2005

    Querendo ou não, o assunto dos últimos dias continua sendo a morte de João Paulo 2º. Durante o seu funeral, uma faixa chamou a atenção de todos: "Santo subito". Em tradução literal, santo já, santo logo, santo imediatamente.

  • Tecnólogos na zona oeste

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/04/2005

    Quem vive a realidade do ensino superior registra um fato objetivo: há uma nova tendência na praça. Os jovens preferem lidar com menos teoria e mais prática, procurando em larga escala os cursos mais rápidos, como os que são realizados nos Institutos Superiores de Tecnologia. Não se trata de uma infeliz volta aos cursos de engenharia operacional, um fracasso completo.

  • Dois comunicadores

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/04/2005

    Foi a capacidade de comunicação, a imagem da fé, luminosa em sua personalidade. O papa que acaba de partir para a morada do Pai tinha várias qualidades, todas amplamente demonstradas durante sua longa vida e seu pontificado, acima do normal de seus antecessores. Onde, porém, destacou-se João Paulo II foi na comunicação.

  • Ainda morro disso

    O Globo (Rio de Janeiro), em 10/04/2005

    Segundo leio de quando em quando e ouço com freqüência, sou politicamente incorreto. Às vezes até me elogiam por essa razão, mas acho que se trata de uma opinião injusta. Considero-me politicamente corretíssimo e faço força para que nada que eu diga ou escreva seja visto por essa ótica, que, para muita gente, denota insensibilidade e falta de sintonia com os sentimentos que a evoluidíssima Humanidade conseguiu aperfeiçoar, ao longo de sua curta existência (tem gente que pensa que é longa, mas, em termos da história do mundo, é microscópica), que temos feito todo o possível para abreviar.

  • O consenso

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/04/2005

    Poucas vezes na história da comunicação de massa houve um fato que concentrasse tantas e tamanhas atenções. No final da 2ª Guerra Mundial, não havia TV nem internet. No atentado do World Trade Center, a tragédia foi fatiada pelas investigações policiais e implicações políticas. Não houve emoção. Houve estupor.

  • Manuel é um homem livre?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 10/04/2005

    MANUEL TRABALHA 30 ANOS SEM parar, educa seus filhos, dá bom exemplo, dedica-se o tempo inteiro ao trabalho e jamais pergunta: “Será que tem sentido o que estou fazendo?” Sua única preocupação é achar que, quanto mais ocupado estiver, mais importante será aos olhos da sociedade.

  • A hora de"ir"

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/04/2005

    À margem do funeral de João Paulo 2º, tive a impressão, em alguns momentos, de estar assistindo a um filme de Buñuel, um filme que ele não fez pelo exagerado custo de produção, mas sobre o qual deve ter pensado, com Fernando Rey no papel de Bush.

  • Um mundo que acorda para a hegemonia

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 08/04/2005

    O que pudemos pensar nesses dias da seqüência natural ao seu poder supremo, urbi et orbi, que representou para Bush indicar, como no desfecho de um silogismo, o seu subsecretário, Wolfowitz, para a Presidência do Banco Mundial? O recado que dá a todos nós é o da absoluta conseqüência deste gesto. O mais importante órgão da aparelhagem internacional só se pode conceber para Washington como prolongamento e, de vez, das decisões do Salão Oval.

  • Do diário de um editor

    Folha de São Paulo (Saõ Paulo), em 08/04/2005

    Dezesseis de outubro de 1978. Pouco mais de 13h no Rio de Janeiro. Em Roma, seriam quase 18h. Mais alguns minutos e a chaminé da capela Sistina soltaria no ar uma fumaça, e a cor dessa fumaça (por mais anacrônico que parecesse numa época de comunicações eletrônicas) seria importante para o mundo. Diante dos teletipos, na minha sala de editor, eu olhava as três máquinas que se moviam sozinhas, comandadas pelas centrais das agências que operavam conosco.