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Artigos

 
  • Moscou ou Moscovo?(I)

    O Dia (RJ), em 16/10/2011

    Desde logo informo aos meus leitores que o propósito destas linhas não é dar uma resposta à questão proposta acima, porém , tão somente discutir alguns pontos em torno da necessária unidade numa seção do léxico português compreendida pelos nomes próprios geográficos e por nomenclaturas científicas e técnicas, preocupação agora retomada pelo  novo Acordo.  Informo também sobre uma distinção àqueles leitores que sempre veem com má vontade esses esforços de unificação  de certos aspectos possíveis da língua que falamos e  escrevemos, indivíduos que fecham os olhos à consciência da maioria dos falantes de que usamos, na essência, de um só idioma.Discutir se vale a pena unificar o nome da cidade russa—se Moscou, como ocorre no Brasil, ou se Moscovo, como se dizem Portugal—não é o mesmo que discutir se devemos eleger um dos dois: ou o  ‘trem’ brasileiro ou o‘comboio’ português ou, ainda, na mesma linha dos veículos, se o ‘ônibus’ ou o ‘autocarro’.  

  • Novos horizontes ideológicos

    O Globo, em 16/10/2011

    Fez-se atento silêncio no bar de Espanha, quando Zecamunista, que havia levado algum tempo sem aparecer, chegou e anunciou que estava criando o IPCA. Passara muito tempo lendo e meditando sobre a realidade nacional e chegara à conclusão de que era necessário encará-la sob nova perspectiva, despir-se dos vícios intelectuais antigos e abrir novos horizontes ideológicos. Nossos problemas precisavam de soluções originais e ele agora tinha a convicção de que o IPCA seria um dos pontos principais dessa nova abordagem. Se o exemplo da ilha fosse seguido em todo o Brasil, o IPCA poderia ser a chave para uma nova era de paz e prosperidade. Abrir-se-iam oportunidades para todos e se formulariam claramente as bases ideológicas que hoje já mais ou menos norteiam as ações dos nossos governantes. E ele não só tinha redigido o ato de constituição do IPCA como havia marcado uma assembleia fundadora, a realizar-se com a presença de representantes de todos os municípios do Recôncavo.

  • A travessia

    O Globo, em 16/10/2011

    O documentário "Tancredo, a travessia", de Silvio Tendler, que será lançado oficialmente no final do mês, complementa a trilogia que teve início com "Jango" e "Anos JK" no relato da história recente do país, mas se supera na captura da alma conciliadora de Tancredo Neves e na revelação da sua matreirice política que estava sempre a serviço da democracia, como salienta o ex-presidente Fernando Henrique em seu depoimento.

  • A religião, hoje, na China

    Jornal do Commercio (RJ), em 14/10/2011

    Dentro de toda esta realidade que traz os BRICs para o cenário da nova globalização, avançam, também, os primeiros contrapontos entre esses parceiros emergentes. No empenho de um novo vis-à-vis internacional, a China, em missões sucessivas ao Brasil, tem aprofundado o diálogo sobre assuntos, até há pouco, deliberadamente marginalizados, como, sobretudo, o problema da religião no subcontinente. Sustenta a cultura chinesa que o conceito de religião fugia a uma efetiva vigência na formação da sua identidade, esquiva à ideia de qualquer transcendência, diante das estritas éticas comportamentais, expressas pela sabedoria do Confucionismo ou de Lao-Tsé.

  • Tia Alzira e o pré-sal

    Folha de São Paulo, em 14/10/2011

    Nascida e moradora do Uruguai, era dona de terras, gado, imóveis em várias cidades europeias, frigoríficos e um navio refrigerado para transportar carne e frutas para diversos países.

  • Primeira página

    O Globo, em 13/10/2011

    O debate sobre o documentário do diretor Andrew Rossi "Primeira Página, por dentro do New York Times", cuja pré-estreia aconteceu terça à noite no auditório do GLOBO dentro do Festival do Rio, foi uma boa oportunidade para discutir com o público para onde vai o jornalismo depois que os novos meios tecnológicos de transmitir informações passaram a ter um papel preponderante na relação com os leitores.

  • O Senhor de todos

    Folha de São Paulo, em 13/10/2011

    Foi feito pela mão do homem, ao contrário da Lagoa, que foi feita pela mão de Deus. É Senhor do Rio. Não chega a ser um objeto de culto, não pertence a nenhuma religião específica, embora tenha o visual e o nome do fundador de uma delas.

  • O fato novo

    O Globo, em 12/10/2011

    O PSD pode não ser nem de esquerda nem de direita nem de centro, mas talvez por isso mesmo esteja no centro da política nacional pouco depois de ter sido confirmado como o 28º partido político da cena brasileira. Com uma bancada que deve ultrapassar a do PSDB na Câmara, o partido do Kassab, como já está sendo conhecido nos meios políticos, colocou o prefeito paulistano como peça-chave no cenário político paulista, dando-lhe condições de se transformar em ponto de equilíbrio da política nacional.

  • Quinze anos da Lei de Arbitragem

    Folha de São Paulo, em 12/10/2011

    Um dos objetivos do processo de modernização é a diminuição da tutela do Estado e o consequente aumento dos poderes da cidadania. Importante em termos de mudança social, embora pouco percebida pela própria sociedade, essa transformação é essencial, pois trata de criar mecanismos de proteção e garantias individuais que se conformem, não só sob o ponto de vista jurídico mas também sob aspectos econômicos e sociais, com o pleno exercício dos direitos humanos. 

  • O mundo não acabou

    Folha de São Paulo, em 11/10/2011

    "Verdi è morto!" -a saga de Bertolucci "1900" começa com os italianos, apavorados, gritando pelas ruas que o autor de "Aida" tinha morrido. O que seria da Itália sem o seu grande compositor?

  • Democracia digital

    O Globo, em 11/10/2011

    A democracia digital entrou definitivamente no foco da sociedade brasileira, e nos últimos dias tenho participado de diversos debates sobre o tema, seja pelo lado da transparência e acesso a documentos públicos como parte fundamental desse processo, seja pela utilização das novas tecnologias na difusão de informações e pelas consequências dessa ampliação do debate como geradora de fatos políticos como a Primavera Árabe ou mobilizações populares nos Estados Unidos e no Brasil.

  • Netas de Tiradentes

    Diário de Amapá, em 10/10/2011

    Fiquei com pena de Tiradentes. De repente está passando à História como sugador da Nação. Tinha tantos privilégios que até hoje transmite a quatro trinetos pensões de dois salários mínimos. Não temos realmente o gosto de fazer justiça. O maior de todos os heróis brasileiros não pode ser alvo de notícias que podem levar a conclusões erradas. Um menino francês, numa enquete sobre a identidade nacional, disse que ser francês era cantar a Marselhesa, belicosa, a convidar os cidadãos às armas. Aqui, tenho medo de perguntar a um estudante quem é Tiradentes e ele me responder que é aquele que tem quatro trinetos recebendo pensão do governo.

  • Em defesa das nossas crianças

    O Globo, em 28/09/2011

    As esferas de poder tratam a educação mediante um plano de metas e camadas estatísticas, tão deploráveis quanto duvidosos, submetendo alunos e professores a chantagens numéricas, a um plano de metas em que os gestores (que caem na escola de paraquedas e com planilhas de custeio) decidem a frio os rumos de uma escola eficiente, com resultados imediatos, onde a cidadania é tratada com leviandade. Em paralelo, um menino de dez anos fere a professora na sala de aula e suicida-se logo depois. 

  • Do Mediterrâneo Viemos: Carta ao Poeta Ataol Behramoglu

    O Globo, em 25/09/2011

    Caro amigo, imagino você, o mais célebre dos escritores turcos, poeta e dramaturgo, olhando para o Mediterrâneo, do alto, digamos, de um minarete, como o da antiga catedral de Santa Sofia. Penso no Império Otomano e na parte incerta dessas águas verdes e azuis que correm entre as ilhas gregas e a costa da Turquia. 

  • Direito Consensual

    O Globo, em 24/08/2011

    Do deserto da Síria ouço uma voz inabalável. Contra a violência e a favor da paz. Trata-se do teólogo Paolo dall'Oglio, que "descobriu", há pouco mais de trinta anos, um fortim romano esquecido, à beira de um abismo de pedras, e ali decidiu fundar, em pleno deserto, uma casa aberta aos povos e religiões de múltiplos quadrantes.