Acadêmico Celso Lafer será homenageado pelos seus 80 anos
Publicada em 19/05/2022
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Já acompanhava, de longe, os estudos de Parisi sobre os sistemas complexos, não de forma específica, mas de ordem geral, filosófica. Bebo da fonte da complexidade, em Edgar Morin e Basarab Nicolescu. Ainda jovem, na casa dos vinte e poucos anos, enviei a Mandelbrot uma serie de perguntas – jamais respondidas – sobre a poética dos fractais, bela, fascinante, enamorada do infinito. Fui capturado desde então pelo complexo. Algumas dessas obsessões aparecem nos meus livros, sob a chancela de diário filosófico, em forma de fragmentos, cujos três volumes sairão reunidos, em breve, com o título de Paisagem lunar.
Um de seus mais belos poemas habita o sentimento do infinito. Para alcançá-lo, apenas a imaginação.
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Nos domínios fictícios do infinito, o pensamento humano só pode naufragar.
Desde a infância, Dante é meu fantasma. Quase de carne e osso. Vibrátil. Tornou-se meu enigma e obsessão. Determinou parte de minhas escolhas e de minhas recusas. Todos os anos volto ao Inferno, Purgatório e Paraíso. Basta entrar uma vez, para nunca mais sair. Um labirinto de beleza.