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Artigos

 
  • Liberdade de expressão

    Uma charge publicada em jornal da Dinamarca, reproduzida em outros jornais, está provocando protestos (alguns deles radicais) no mundo árabe e, de quebra, uma onda de defensores da liberdade de expressão, que estaria sendo violentada pela reação "do outro lado" da corda.

  • A crise no Irã

    Quando tratado o problema da energia nuclear, tive oportunidade de uma vez escrever que essa energia, de infinitas possibilidades de emprego para a paz, no entanto poderia ser usada para a guerra de maneira amedrontadora. Evidentemente, a energia nuclear não ficaria nunca restrita aos Estados Unidos, à antiga União Soviética e mais tarde por alguns outros países.

  • Roda dos expostos

    "Roda dos expostos" recebia bebês rejeitados até o final dos anos 40. Feitas de madeira, eram geralmente um cilindro oco que girava em torno de seu próprio eixo e tinha uma portinha voltada para a rua. Sem ser identificada, a mãe deixava seu bebê e rodava o cilindro 180 graus, o que fazia a porta ficar voltada para o interior do prédio, onde alguém recolhia a criança rejeitada. Em São Paulo, bastava a campainha soar no meio da noite para as freiras da Santa Casa terem a certeza de que mais uma criança acabava de ser rejeitada.

  • O inferno de nossa desesperança

    Como título de livro, sobretudo de romance, nada mais estimulante e politicamente correto do que "Grandes Esperanças". Não vem ao caso lembrar Dickens, que, além de bom romancista (sem ser exatamente genial), parece que era um homem bom, pelo menos a julgar pela obra que deixou.

  • A clonagem de trabalhos e a nova pedagogia

    O assunto é delicado e hoje objeto de graves preocupações por parte de professores e especialistas. Escolas atentas e com um bom projeto pedagógico estão valorizando o emprego de manuscritos, sobretudo em aulas de Língua Portuguesa, para evitar que alguns alunos pretensamente espertos retirem seus textos dos abundantes e nem sempre valiosos sites existentes na Internet.

  • A coroa e a pizza

    Nelson Jobim garantiu que foi técnica a sua decisão sobre a quebra do sigilo de um cidadão que teria emprestado dinheiro (pouco é verdade) ao cidadão Luiz Ignácio Lula da Silva, atual presidente da República e candidato à Presidência da mesmíssima República na próxima eleição presidencial.

  • Síndrome de Herodes

    Não sei se foram três ou quatro as crianças recém-nascidas rejeitadas pelas mães e atiradas em lagoas ou rios em diversos pontos do território nacional. Será um sintoma, uma síndrome de Herodes - aquele rei da Judéia que promoveu a matança dos inocentes para impedir que houvesse alguém que mais tarde o tiraria do trono?

  • Democracia e civilização do medo

    Frente a Angela Merkel, Primeira Chanceler da Alemanha, Bush perguntado, sem rebuços, sobre o escândalo de Guantanamo, também sem papas na língua tornou muito claro que o assunto não é da humanidade, mas, sim, e acima de tudo, da segurança do povo americano. Será indefinida como nos prazos de Kafka, a espera por esse processo, nem há a cogitar-se de que uma Comissão Política Internacional possa visitar o presídio da península cubana. E, significativamente, no enorme alarido que cresce no Congresso contra o Presidente, a denúncia das torturas em Abu Ghraib ou dos vôos secretos da CIA na Europa, ou da escuta sem permissão judicial de todo telefone suspeito não chega ainda à detenção indeterminada dos prisioneiros vindos da primeira onda da guerra do Afeganistão, culminada no abate das torres e na invasão do Iraque.

  • Quantas gigogas fazem uma eleição

    O Rio de Janeiro é um pouco chegado a chuvas escandalosas. Não estou ofendendo São Paulo, onde elas costumam encher túneis e transformar avenidas em canais - e, às vezes, passam mais lanchas que automóveis, porque os automóveis (sem nenhum exagero) estão parados, e aquelas, trafegando.

  • Relembrando Otto Maria Carpeaux

    A Topbooks acaba de lançar "Ensaios Reunidos - Volume 2", com trabalhos de Otto Maria Carpeaux publicados entre 1946 e 1971 em diversos jornais e revistas. Em geral, faço restrições a este tipo de coletânea que recolhe artigos, crônicas, contos, ensaios ou mesmo poemas de determinados autores que espalharam textos muitas vezes circunstanciais, em longa e constante atividade na imprensa. Releve-se a boa intenção e a honestidade dos pesquisadores, mas, em princípio, um autor com acesso às editoras (seria o caso de Carpeaux) teria soberania suficiente para escolher o que, em sua opinião, merecia ser publicado em livro.Há exemplos em que a importância de um Machado de Assis, ou do próprio Carpeaux, obriga à permanência no mercado cultural. Qualquer texto de Machado, seja inédito ou não, merece publicação póstuma. Acredito que Carpeaux esteja no mesmo caso.

  • Livro e Internet

    Quem não o leu deve lê-lo, sim, o artigo do Professor Miguel Reale sobre o livro e a internet. O ilustre filósofo e jurista fez uma sábia reflexão sobre a perpétua do livro e o domínio já insinuado pela cultura e pelo extraordinário que é a internet. Que me conste, é uma primeira análise objetiva e erudita sobre a influência que tem o livro e a internet, cada qual em seu âmbito, para a instituição da cultura como forma de relação social e de projeção internacional.

  • Sufoco nacional

    Amanhã é o dia de são Brás. Não tenho qualquer devoção a ele, mas nunca me esqueço de celebrá-lo. Todos os anos, aqui neste fundo de página, gosto de falar nele, mas nas sextas-feiras escrevo em outro canto, o texto é maior e terei outro assunto.