
Professores ensinam errado
''Os professores, mesmo de nível universitário, não conhecem bem a língua e ensinam errado aos alunos''.
''Os professores, mesmo de nível universitário, não conhecem bem a língua e ensinam errado aos alunos''.
A maior contradição da humanidade se resume a uma constatação: otimistas e pessimistas têm razão. Pertenço à última categoria, tenho motivos para ser pessimista, mas, admito, vou além, admiro os otimistas, até certo ponto os invejo, embora acredite que são ou estão mal-informados.
Convidado, fui no último dia 24 à Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro assistir à missa in memorian do já legendário banqueiro, ou bancário, como ele preferia ser chamado, Amador Aguiar, meu saudoso amigo. A pompa romana, as vozes da missa cantada, o coral do próprio Bradesco e a letra da missa fizeram a beleza da cerimônia em homenagem ao grande criador do poderoso Grupo Bradesco.
Não acompanho as peripécias dos foros por aí realizados, um em Davos, na Suíça, outro em Caracas, mais ou menos perto aqui de casa. São eventos distintos geográfica e ideologicamente, mas terminam no mesmo resultado: palavras, palavras, palavras, com direito a fotos.
O que sempre se viu na política brasileira foi transformarem as coalizões em peças de negação total da fisionomia partidária
Estranha posição, a de Albert Camus, na literatura do século passado. Aos 45 anos conquistou, contra todas as previsões, o Prêmio Nobel de Literatura. Nascido na África do Norte, passaria seus anos de formação longe da Europa, só tendo chegado a Paris aos 23 anos de idade. Se por alguma coisa se distinguia esse racionalista do mito, foi pelo aspecto moral de sua obra. Pode Camus ser classificado como um escritor para quem a ética estava acima da técnica (eu estaria inclinado a usar aqui a palavra estética em vez de técnica, se não estivesse convencido de que a estética pega campo maior do que a simples técnica, já que na estética está contido um princípio de ética). É por isto que Germaine Blée classifica as histórias de Camus ("A peste", "A queda", etc,) de "parábolas". Esta era a sua linguagem, este o seu modo de discutir o que às vezes chamava de absurdo das coisas.
Intelectual e estadista, falecido em 1954, Alcide De Gasperi é reconhecido como o "Reconstrutor da Pátria", conforme epitáfio inscrito sobre sua pedra tumular na Itália. Considerado, ao lado do alemão Konrad Adenauer e do francês Robert Schuman, um dos idealizadores do projeto da União Européia, dizia que o democrata tem idéias, e não ideologias.
Acreditamos que uma direção eficiente, professores valorizados e alunos incentivados são a base indispensável para fazer a educação acontecer. A importância desses três elementos é a mesma, pois, se qualquer um dos pilares falhar, o processo educacional fatalmente será prejudicado.
Não se trata de um negócio da China, que a tradição assegura ser coisa boa, transação ao mesmo tempo rendosa e fácil. Recebo informações de diversas fontes garantindo que o século 21 será da China, como os séculos anteriores foram dos Estados Unidos e da Inglaterra.Não tenho elementos para aceitar ou negar a afirmação. Que a China vem dando sorte, vem. Que é uma gigante que chegou a desbancar a produção dos nossos sapatos, as balanças comerciais confirmam. Como nada entendo de economia, atribuo o atual sucesso chinês ao fato de estar o país atravessando o ano do Cão do Fogo Vermelho. Com a vantagem de ser um ano que não dura 365 dias como o nosso, dura mais, obedecendo a um ciclo de 60 anos presididos pelos animais que visitaram Buda pouco antes de seu desaparecimento - uma vez que Buda não morreu: desapareceu, o que não é vantagem, muita gente aqui no Brasil desaparece por variados motivos.
Um "nariz eletrônico" desenvolvido por cientistas da Universidade de Manchester (Reino Unido) pode controlar remotamente o mau cheiro em depósitos de lixo. "Atualmente, não há nenhum outro acessório sensível o bastante para monitorar a concentração de cheiros e gases nestes locais. Geralmente, eles são analisados por voluntários que inalam amostras de ar", afirma o comunicado da universidade.
Criou o presidente Lula suspense em torno de seu nome e somente no derradeiro minuto do dever de se lançar candidato decidirá se vai fazê-lo ou não. Deve-se considerar Lula um candidato com peso eleitoral, pois os escândalos políticos chegaram até ele mas não o abateram. Lula é, portanto, um animal ferido, mas não vencido.
O Rio de Janeiro é um Estado de todas as cores, de gente essencialmente alegre e realizadora, o que nos leva a crer que aqui nasceu o bom humor do povo brasileiro. O fotógrafo Pércio Campos decidiu, com extraordinária sensibilidade artística, fazer um retrato inédito do nosso Estado. Pércio realizou um documentário fotográfico com temas diversificados, como a arquitetura, a cultura, os sabores, a paisagem, a força e a luz do Estado fluminense.
Os grandes gênios se impuseram, contra tudo e contra todos. Entretanto, o que seria de toda a arte da Renascença italiana sem o patrocínio dos reis e da Igreja? A quem devemos os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina senão ao patronato do Papa Júlio II? O patrocínio cultural é coisa muito antiga, vem dos tempos anteriores a Cristo.
A importância do papel das empresas que investem no patrocínio de produtos culturais é do conhecimento geral. Agora, o status do patrocínio mudou, passando a representar um papel estratégico dentro do organograma das empresas, que ampliam seu campo de atuação através de novos conceitos de mercado.
A liderança nacional do Estado do Rio de Janeiro na área cultural é indiscutível. Estudos sobre a presença do setor cultural no PIB fluminense, baseados nos tributos do ICMS (Estado) e do ISS (capital fluminense), indicam uma estimativa de 3,8% de participação da cultura no PIB do Rio de Janeiro, que chega hoje a 160 bilhões de reais. Assim, a cultura alcança o valor de seis bilhões de reais anuais, gerando emprego para milhares de pessoas. O setor cultural é, portanto, altamente estratégico.
Queremos dimensionar a cultura como valor econômico. Um dos projetos é levar para o povo fluminense, num curto intervalo de tempo, sessões de cinema a 1 real, em todos os 92 municípios, pois 67% destas cidades não tinham acesso à sétima arte, que hoje vive uma nova fase de expansão em nosso País.
As ações da Secretaria de Cultura no setor do cinema têm contado com o apoio do Instituto Telemar, mas a ajuda poderia também vir do Governo federal, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dono de um orçamento representativo, embora não foque sua atuação nessa área cultural.
Outro bem cultural a se considerar é o acesso da leitura a todos. Com o apoio da Biblioteca Nacional, será universalizado o atendimento no Rio de Janeiro, uma antiga aspiração dos homens de cultura. O mesmo se fará na área do teatro, outra vocação nossa que teve origem nas andanças do Padre José de Anchieta entre nós. O missionário jesuíta acreditava piamente no valor do teatro como instrumento educacional. Vinculou o teatro à escola.
A questão do patrocínio cultural passa obrigatoriamente pela Lei Rouanet que tem sido alvo de muitas críticas. Segundo produtores culturais, a Lei Rouanet não possibilita um acesso mais simples aos benefícios. Para reverter esta situação, o Ministério da Cultura (MinC) pretende promover algumas mudanças na legislação. Ainda em fase de debate, estas mudanças já estão provocando polêmica, pois deverão repercutir profundamente no atual modelo de incentivo.
A intenção do governo é criar a possibilidade de beneficiar cada vez mais projetos, democratizando o acesso aos produtos e bens culturais, avaliando a qualidade e pertinência dos projetos apresentados, facilitando e apoiando pequenos empreendedores, desburocratizando e melhorando os instrumentos de gestão e desconcentrando o acesso aos recursos da lei.
Procura-se, urgentemente, os Van Goghs da nossa época. Se surgirão, só o tempo dirá, mas a gestão cultural é, sem dúvida, o melhor caminho para esta busca.
Jornal do Commercio (Rio de Janeiro) 31/01/2005
Mil e oitocentos anos antes de haver Igreja Católica e Bento 16, já havia uma seita de dissidentes caldeus que, além de adotarem o monoteísmo, a crença num só Deus, acreditavam no amor nas duas formas que consta da primeira encíclica do papa atual: o "eros" e o "ágape".Mais ou menos mil anos depois, já com os dissidentes caldeus formando o povo hebreu, então vagando pelo deserto após se libertarem do cativeiro no Egito, um deles subiu à montanha e de lá trouxe a Tábua da Lei, vulgarmente conhecida como os Dez Mandamentos. O sexto era categórico: não pecarás contra a castidade. Tinha a mesma força e valor dos demais: não matarás, não furtarás.
PARECE QUE AOS POUCOS A GENTE vai se acostumando às mesmas metáforas sobre a vida. Faz algum tempo, escrevi nesta coluna o “Manual de subir montanhas”, e de repente me encontro com um leitor em Hamburgo que resolve dividir comigo sua experiência a respeito das escaladas na vida. Descobriu em que hotel estou, tem uma série de críticas sobre a minha página na internet. Faz comentários duros e depois pergunta: