Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > Artigos

Artigos

 
  • A última do papagaio

    Um britânico descobriu que sua namorada tinha um amante graças às indiscrições de seu papagaio. Chris Taylor, de 30 anos, um programador de computadores de Leeds, contou que, a cada vez que o telefone celular de sua namorada, Suzy Collins, tocava, Ziggy, o papagaio, dizia: "Oi, Gary". A princípio, ele pensou que Ziggy, emérito imitador, havia aprendido a frase pela TV. Suzy negava conhecer algum Gary, e Taylor não suspeitou de nada nem mesmo quando o pássaro começou a imitar o barulho de beijos ao escutar a palavra "Gary" no rádio ou na TV. Uma noite em que Taylor e Suzy beijavam-se no sofá, o pássaro disse, numa voz idêntica à da moça: "Eu te amo, Gary". Suzy confessou então que estava tendo um caso com um ex-colega chamado Gary. À mídia, ela declarou que a relação com Taylor não ia bem: "Ele passava mais tempo falando com o papagaio do que comigo". Taylor acabou vendendo Ziggy para uma loja de animais de estimação. Isso porque o programador de computadores não conseguiu desprogramar o papagaio do hábito de dizer, imitando sua ex-namorada, o nome do sujeito que foi o pivô do fim do romance.

  • Crime visual

    Além da agressão sexual, punida pela lei e pelos bons costumes sociais, além da agressão moral, que é um conceito novo na legislação, uma vez que já existem os crimes de difamação, injúria e calúnia, surge agora a agressão visual, mais profunda que a poluição visual.A diferença parece semântica, mas não é. A poluição é um mau uso que deve ser combatido pela sociedade e particularmente pelo cidadão que se sinta prejudicado em seu bom gosto ecológico ou visual. Acredito que existem órgãos específicos para tratar desses casos. Não chegam a ser crimes, mas hábitos que devem ser denunciados.

  • Mudanças ideológicas

    É preciso remontar ao passado recente para articular uma tese que me parece insuscetível de contestação, a do encerramento do ciclo socialista, altamente sedutor durante o Século XIX e grande parte do Século XX, e a ascensão do ciclo liberal; ou como prefere dizer o Professor Miguel Reale, do social-liberalismo, como ideologia recorrente do mundo contemporâneo, que demonstra não se apegar a fórmulas peremptas, ainda que atraentes.

  • Assim falou Vidigal

    Numa sala imensa, confortável, Brasília com 20 graus de temperatura, portanto fria, sou recebido calorosamente pelo ministro Edson Vidigal, presidente do Superior Tribunal de Justiça. "Deixei milhares de processos, todos urgentes, para conversar um pouco sobre jornalismo e literatura com o amigo." Agradeço a deferência e estico a mão, para entregar ao grande jurista e professor a última edição do meu livro "O padre Antonio Vieira e os judeus".Os olhos do presidente se iluminam. "Como todo bom maranhense, adoro o padre Vieira... E o tema não poderia ser mais oportuno. Quero conhecer detalhes dessa obra, pois tenho ascendência judaica." O papo aquece e depois deriva para a experiência de magistério de cada um de nós. O ministro é professor de Direito Penal em Brasília e em São Paulo. Mas fala mesmo com orgulho de um dos seus feitos no STJ: "Combinei com a Universidade de Brasília, onde leciono, que se deveria estender aos nossos estagiários, no Tribunal, as cotas para afro-descendentes. É uma preocupação que justifico como amplamente democrática."

  • Defesa dos ricos

    Henrique Meirelles concedeu curiosa entrevista à reportagem que "cobre" - jargão da imprensa - o Banco Central. Declarou que os ricos sabem se defender da inflação. Estava eu certo ao dizer que os ricos souberam se defender de tudo, inclusive da inflação, desde Babilônia, Bizâncio e o Império do Meio, nas mais longínquas eras.

  • O nada e o tomate

    Apesar de acompanhar com tédio os eventos públicos, fico impressionado quando os chefes de Estado se encontram em reuniões coletivas ou setorizadas, geralmente um com outro, quando então se deve esperar dos dois mandatários mais substância e objetividade nos pronunciamentos, intenções, concordâncias ou mesmo discordâncias acaso existentes.Bem verdade que os encontros com chefes de Estado e de governo são agora bem mais freqüentes em todas as partes do mundo, e não se pode negar a oportunidade que fornecem para aproximar, social e pessoalmente, os responsáveis pelo destino das nações.

  • O gato e o rato

    Acompanho à distância e sem muito entusiasmo a cobertura dos bastidores da política nacional. Bem ou mal, por dever de ofício, não de consciência ou vontade, passo por um canal da TV e descubro um cidadão dizendo alguma coisa para os outros cidadãos, inclusive para mim, que mal e porcamente me considero cidadão.

  • Depois, afinal, do Mercosul

    Desponta no começo de ano, a notícia de que o Uruguai de Tabaré Vásquez, o socialista do Prata, negocia com os Estados Unidos uma abertura de mercado fora dos protecionismos do Mercosul. O formato aponta à Alca, e se soma ao horizonte do Chile ou do México.

  • Elis Regina e as Guerras Púnicas

    Amigo meu, dos mais queridos, acusa-me de sempre falar nas Guerras Púnicas quando estou sem assunto e, pior do que isso, quando tenho um bom assunto pela frente. Dou o pescoço à forca: é verdade e, mais do que verdade, é uma necessidade de minha parte.

  • Defesa dos ricos

    Henrique Meirelles concedeu curiosa entrevista à reportagem que "cobre" - jargão da imprensa - o Banco Central. Declarou que os ricos sabem se defender da inflação. Estava eu certo ao dizer que os ricos souberam se defender de tudo, inclusive da inflação, desde Babilônia, Bizâncio e o Império do Meio, nas mais longínquas eras.

  • Ele está entre nós

    Sempre me preocupei com o Demônio. Mais com ele do que com Deus. Afinal, se Deus é bom, justo e misericordioso, de uma forma ou de outra ele sempre dará um jeito de me ajudar, de me compreender ou de me perdoar. Consegue mais do que eu próprio, que nem sempre me compreendo e geralmente não me perdôo.

  • Pobre Haiti

    Passei um dia no Haiti, entre dois vôos, para conhecer o país exclusivamente pela sua capital, Porto Príncipe. Obtive alguns folhetos de propaganda, um livro sobre o Haiti, que perdi, e fui embora com a impressão de estar no país mais desgraçado do mundo. Um povo que vive abaixo do nível de miséria, que é o que se via observando as ruas e as praças da capital.

  • Na fronteira dos valores

    Machado de Assis, primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, ensinou no discurso da fundação que a instituição precisa do apoio de todos, que a tradição é o nosso primeiro voto; que ele deve perdurar, e que o passemos aos sucessores como o pensamento e a vontade iniciais. Por isso, o objetivo não apenas meu, mas de toda a diretoria, não é impor idéias, mas conduzir a vontade de todos, claro que sem perda de um só milímetro do espaço das competências.