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Artigos

 
  • Paixão segundo Sabino

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/10/2004

    Boa a repercussão da morte de Fernando Sabino na imprensa. Mais que merecida. Contudo, na maioria das notas publicadas, houve a reincidência de uma crítica profundamente injusta ao fato de Sabino ter escrito um livro cujo personagem principal era a ex-ministra Zélia Cardoso de Melo.

  • Lembrança de Jorge Amado

    Diário do Comércio (São Paulo), em 20/10/2004

    Li, quando foi lançado, um livro interessante sobre Jorge Amado. De autoria de Hana Gooldstein. O Brasil, best selller de Jorge Amado chama a atenção do leitor para o interesse de Jorge Amado em focalizar o Brasil, só o Brasil, em todos os seus livros, que foram numerosos durante a sua gloriosa carreira de escritor e acadêmico. Jorge Amado foi prolífico e criou tipos que ficaram na memória de seus leitores, como Gabriela, os "turcos", pelos quais demonstrava simpatia, e outros.

  • Presença de Fernando

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 19/10/2004

    Que dizer de Fernando Sabino, que nos deixou há poucos dias? Que era um grande escritor? Era, mas não só, porque ele foi também uma das grandes figuras do nosso stablishment cultural, que fala por nós e nos representa. Desde os anos 40 do século XX, quando sua inquietude começava a se transformar em livros, passou a ser um ponto de referência obrigatório em nossa literatura.

  • A crise na VASP

    Diário do Comércio (São Paulo), em 19/10/2004

    Para completar o quadro de crises em que se debate a aviação civil, temos o caso da Vasp, impedida pelo Infraero de decolar, enquanto não efetuar o pagamento do que lhe deve; o pedido de falência da GE e as demissões de pessoal, contra a qual se mobilizou o sindicato da categoria. Evidentemente vai se procurar um entendimento, mas dificilmente a empresa escapará de sanções ou de um colapso, exatamente a empresa que tem as iniciais de São Paulo.

  • Reconsidere, Ministro!

    O Globo (Rio de Janeiro), em 18/10/2004

    Meu caro Gilberto Gil, você agora está ministro e vai bem. Traz uma imagem forte a uma pasta com poucos recursos. Mas foi outro Gil, o excelente músico e letrista instigante, que sempre fez parte da minha vida. É a seus versos que recorro para sair do recolhimento que busco, neste tempo de holofotes, realces e quanto mais purpurina, melhor. É mesmo sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar.

  • O menino triste

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/10/2004

    Semana passada, escrevi sobre o marinheiro triste, poema de Manuel Bandeira que é recorrente na minha vida e na vida de muita gente. Hoje falo do menino triste, que é mais ou menos a mesma coisa.

  • O falso espião

    Diário do Comércio (São Paulo), em 18/10/2004

    Nunca eu poderia imaginar, conversando na Academia Brasileira de Letras, da qual somos membros, que meu caríssimo confrade e amigo tinha sido um contra-espião para desvendar, com sua inteligência, domínio do castelhano e profundo conhecedor dos meandros diplomáticos, era Sérgio Corrêa da Costa, descendente do poeta Raymundo Corrêa, autor de As pombas e outros sonetos . Foi uma surpresa. Li com prazer e curiosidade a reportagem de Veja com o maior interesse. Um belo furo da revista.

  • Sobrevivendo legal

    O Globo (Rio de Janeiro), em 17/10/2004

    Hoje eu ia escrever novamente sobre o assunto do momento, o qual, goste-se ou não de política, é a eleição em São Paulo. A prefeitura da maior cidade do país já é importante em si e foi transformada por “eles” em mais importante ainda. A disputa, pelo menos na minha modestíssima opinião, se federalizou, virou queda-de-braço nacional. Tudo obra “deles”. Não sei bem quem são “eles” e, aliás, já falei bem mais do que acabei decidindo falar, que era nada. Preciso resolver certas questões éticas preliminares, tais como conspirações e esquemas nos quais me disseram que estou envolvido, mas, talvez por contar entre meus inumeráveis defeitos a distração excessiva, não tinha notado. No momento, acho que me encontro enredado em tramas cavilosas com o núcleo da novela de não sei bem que horas da Globo. Preciso de mais informações, estão me escondendo alguma coisa, acho que o núcleo da novela está me desprestigiando e não me chamou para qualquer sessão de conspiração ainda. E, o que é pior, ninguém me deu dinheiro nenhum até agora.

  • Em andanças pelo mundo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 17/10/2004

    CERTA VEZ, NO INVERNO DE 1981, EU caminhava com minha mulher pelas ruas de Praga, quando vimos um rapaz desenhando os prédios à sua volta. Embora eu tenha verdadeiro horror de carregar coisas enquanto viajo (e havia ainda muita viagem pela frente), gostei de um dos desenhos e resolvi comprá-lo. Quando estendi o dinheiro, reparei que o rapaz estava sem luvas, apesar do frio de cinco graus negativos.

  • Machado e Johnny Bravo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/10/2004

    Houve tempo em que minha auto-estima andava lá em cima. Comprara um carro do ano, importado, o carro fazia sucesso, e minha estima pelo auto chegou às nuvens. Vivendo hoje mais modestamente, com carro nacional já velho de dois anos, não tenho motivo para estimá-lo, embora o trate bem e ele me retribua com excelente tratamento, nunca me deixando na mão.

  • Mal necessário

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/10/2004

    O Papa é infalível. Assim estabeleceram Pio 9º e o Concílio Vaticano 1º em 1870. Mas o Papa também é um homem e João Paulo 2º acrescenta a suas virtudes ser um pensador. Gosta de escrever, de publicar livros que vão do teatro à poesia. Agora está sendo anunciado o lançamento de seu novo livro - "Memória e Identidade" -, no qual, segundo divulgam os jornais, consta a tese de que "o comunismo foi um mal necessário, permitido por Deus para render oportunidades para o bem".

  • Hegemonia e diferença subversiva

    Jornal do Commercio (RJ), em 15/10/2004

    Não nos demos conta, talvez, internacionalmente, do quanto a vitória de Kerry no primeiro debate reabriu uma perspectiva de possível derrota de Bush em 2 de novembro próximo. O segundo debate criou uma situação de inércia, entre os pontos ganhos e perdidos de ambos os contendores, e passa-se a jogar tudo no encontro de Arizona. A pesquisa imediata do Gallup deu uma contundente vitória ao democrata, de 55% contra 39%. E de imediato se acirrou o radicalismo republicano, diante do vigor redobrado da ameaça. Um liberal, como Kerry, passa a ser o fantasma para o status quo: o candidato foi acusado por Bush - como quem diz um palavrão - de ser o mais "esquerdista" dos senadores.

  • Perto do lingüicídio?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 14/10/2004

    Há muitos brasileiros preocupados com o destino da língua portuguesa, ainda hoje inculta e bela. Se há um propósito deliberado de assassinar o português, não se pode garantir que o caminho inexorável seja o nosso improvável lingüicídio. Até porque registram-se reações muito importantes ao aparente descaso com que a matéria é tratada.

  • Governar para si mesmo

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/10/2004

    Entre as muitas coisas que não entendo (na realidade, cada vez entendo menos de tudo) estão as previsões e análises eleitorais dos entendidos na matéria, os profissionais da política, os cientistas políticos e os colunistas especializados no assunto.

  • Impostos excessivos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/10/2004

    Somos penta campeões do mundo no futebol. Provavelmente, seremos o hexa possuidor da taça próxima. Mas onde ninguém nos tira a posição que conquistamos é na coluna dos impostos. Chegamos ao campeonato mundial em lugar de relevo, com 38,11% do PIB sobre as costas de todos os brasileiros, uma carga para grande quantidade de muares e, assim mesmo, insuportável para as nossas fracas poupanças.