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Artigos

 
  • A linhagem de um poeta

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 30/11/2004

    Com este livro chega Reynaldo Valinho Alvarez à primeira linha da poesia brasileira de hoje. Há muito que seus poemas vinham prenunciando essa posição que agora é sua. Mostra ele, em "Lavradio", sua fé e seu espanto diante da beleza das coisas e, por outro lado, perante a força dos acontecimentos que revelem a propensão da natureza humana para o lado trágico de cada avanço.

  • Corrigindo a história

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/11/2004

    Recebi do responsável pelo "Painel do Leitor" o e-mail do sr. Gilberto Souza Gomes Job: "A respeito da celeuma levantada na sociedade brasileira pela altíssima aposentadoria de mais de R$ 19 mil reais mensais concedida pelo governo do PT ao jornalista Carlos Heitor Cony (sou eu mesmo), que se apresentou como perseguido pelo governo militar instalado no Brasil em 31 de março de 1964, gostaria de lembrar que esse jornalista, nos dias que antecederam a queda do governo de João Goulart, escreveu dois editoriais violentos no "Correio da Manhã", com os títulos de BASTA e em seguida FORA, que provocaram a famosa passeata "Com Deus pela Liberdade", em que milhares de cariocas, principalmente senhoras, foram às ruas, num movimento que pavimentou o caminho para que o general Mourão Filho se despencasse de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, completando o trabalho iniciado por Cony (é o mesmo lá de cima). Eu perguntaria para os que se lembram dessas cenas: se Jango estivesse vivo, ele concordaria com essa premiação?".

  • A grande escola da Barra da Tijuca

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 29/11/2004

    Em 2006, na Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro, vai ser inaugurada uma escola média que terá a chancela do Sesc, o que por si só é uma garantia de cuidados especiais na sua montagem desde a origem.

  • Instabilidade administrativa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/11/2004

    No governo Lula prevalece um dos costumes antigos da técnica de governar no Brasil, a instabilidade. Podemos, mesmo, comparar os titulares do governo nos postos mais altos como a profissão de técnico de futebol. Ninguém está seguro. Do dia para a noite, o presidente, ouvindo um de seus conselheiros, despacha o titular de um cargo para casa. Já o fez até com um delegado do governo que se encontrava em Lisboa, para tratar de questões e problemas de governo para governo. Foi mandado embora pelo telefone.

  • Luiz Inácio não veio ver Celso

    O Globo (Rio de Janeiro), em 28/11/2004

    No domingo passado, esperei pôr os olhos no presidente. Não de muito perto, como na primeira vez, porque soube que a segurança dele está mais rigorosa e, além de tudo, não acredito que nem ele nem eu fizéssemos essa questão toda de estar perto um do outro. Mas esperei que ele aparecesse, sim. Era o enterro de um grande homem, cuja vida, até mesmo na FEB, em que se alistou ainda estudante, foi dedicada ao país. Vivemos numa era onde o cinismo e a descrença parecem dominar a maneira pela qual se vê a realidade, mas nessa era Celso Furtado jamais ingressou. Tive a felicidade, embora escassamente desfrutada, de partilhar de sua companhia e lembro que, mesmo fisicamente debilitado, conservava vigoroso o espírito e seus olhos faiscavam, quando falava no que lhe movia o coração. O que lhe movia o coração era o amor, a quase obsessão, pelo Brasil e seu povo, em cujo futuro sempre acreditou com veemência e combatividade, munido da erudição e da clareza de raciocínio que o tornaram um pensador consagrado e reverenciado em todo o mundo. Na época em que minha geração despertava para os problemas nacionais, ele foi mestre e exemplo, e exemplo e mestre continuará pelo resto de minha existência.

  • FHC e a Academia

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/11/2004

    A vaga aberta na Academia Brasileira de Letras está criando problemas para alguns acadêmicos e para os candidatos que desejam suceder a Celso Furtado. Rosna-se por aí que FHC teria feito sondagens para entrar naquilo que os parnasianos chamavam de "nobre sodalício".

  • Um humanista

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/11/2004

    Conheci o professor Celso Furtado no início da década de 60, no tempo em que fui líder estudantil e presidia o Diretório Central de Estudantes da então Universidade do Recife.

  • Revoada de estrelas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/11/2004

    O Brasil passa por um momento de curiosidade internacional. A biografia do presidente Lula, de operário presidente, desperta uma atenção grande e excita indagações. Em seguida, o tamanho do Brasil e sua presença mundial fazem com que sejamos uma potência emergente.O presidente Lula, numa postura inesperada, tem excepcional gosto pela política externa e tem sido um viajante ávido por aumentar as nossas trocas comerciais. Seu estilo é bem pessoal.

  • Bush e a regressão já

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 26/11/2004

    O Governo Bush, revigoradíssimo nas urnas, não perde tempo em mostrar o quanto o seu novo mandato lhe permite escalar no avanço da hegemonia americana, e da garantia de sua defesa para além das próprias convenções internacionais que assinou. O fulcro aí está, no buraco negro de Guantánamo e do sustento de um trato unilateral e discricionário dos cativos da Al-Qaeda, a partir da leva de meio milhar de afegãos já há mais de dois anos na prisão do Caribe.

  • As caldeiras do inferno

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/11/2004

    Uma historinha que ouvi no seminário, envolvendo um padre e o Diabo, serve para ilustrar o que está acontecendo comigo nas últimas semanas.

  • Ameaça totalitária

    Diário do Comércio (São Paulo), em 25/11/2004

    Os três totalitarismos que dominaram o mundo no século passado e introduziram, mesmo, como assinalei no livro O mal na História , não fizeram de pronto, mas numa evolução que culminou na submissão ao sistema partidário, com sua hegemonia total sobre as instituições políticas. A democracia, que já florescia desde Alexandre II na Rússia, que florescia na Itália de Victor Emmanuelle e na Alemanha de Weimar, acabou soterrada pelos totalitarismos.

  • Os fiscais de Sarney

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/11/2004

    Um dos motivos que levaram os norte-americanos a expulsar Charles Chaplin dos Estados Unidos foi o fato de Carlitos ter retirado, na antevéspera do crack na Bolsa de Nova York, em 1929, todo o seu dinheiro e ações do mercado. Criou-se um escândalo. Suspeitaram que ele recebera informações privilegiadas.

  • Democracia - qualidades e defeitos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/11/2004

    Não há dúvida que a invenção dos gregos, criando a democracia, foi um sucesso espetacular para todo o mundo. Basta examinar o funcionamento das boas democracias do mundo para se chegar a essa certeza. Infelizmente, a nossa democracia tem mais defeitos do que qualidades, mas chegaremos lá, numa boa democracia, quando a plantinha tenra de que falava Octávio Mangabeira crescer e ficar frondosa. No momento contentemô-nos em observar as que funcionam bem.

  • Língua portuguesa, uma disciplina fora de moda

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/11/2004

    Nas preocupações da Academia Brasileira de Letras, avultam as questões relativas à cultura e à educação do povo e, aí, ganha relevo maior uma competente e bem orientada política da língua portuguesa como fundamento e instrumento da cultura nacional.