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Artigos

 
  • Politização do pré-sal

    A perda, pelos estados produtores, dos royalties do petróleo decretada por revolução congressual provocada por uma ganância desmedida, que não vai resolver problema algum dos estados não produtores, mas provocará prejuízos graves a Rio de Janeiro, Espírito Santo e, em menor medida, São Paulo, foi causada pela politização da descoberta do pré-sal levada a cabo pelo ex-presidente Lula.

  • Equívocos e preconceitos

    O economista e professor da UFRJ Mauro Osório, especialista em planejamento urbano e estudos sobre o Rio, diz que a percepção de que o Estado do Rio e suas municipalidades brigam por privilégios inaceitáveis está “ancorada em equívocos”, e demonstra que muitos deles têm origem em distorções de cunho político e econômico. O primeiro equívoco é o de que o estado já disporia de boa soma de recursos públicos e teria inclusive uma das maiores cargas tributárias no cenário federativo.

  • Os papas e as papaias

    Na primeira visita de João Paulo 2º ao Brasil, em julho de 1980, o cardeal Eugenio Sales indicou meu nome para integrar a comitiva papal. Pude, assim, acompanhar o pontífice desde Roma até as diversas capitais que visitou, inclusive Manaus, que foi a última. Já estávamos instalados no avião que levaria o papa de volta a Roma quando, estranhamente, houve atraso no voo.

  • Seremos todos telefones

    Esse negócio de Google tirou a graça de muitas coisas. E dificultou a vida dos que mourejam nas letras, obrigados por profissão e ganha-pão a escrever com regularidade, fazendo o que podem para atrair o interesse de leitores e mostrar serviço, pois bem sabem que a mão que afaga é a mesma que apedreja e o quem-te-viu-quem-te-vê será o destino inglório daqueles que dormirem no ponto. Antes do Google, o esforçado cronista recorria a almanaques e enciclopédias e deles, laboriosamente, extraía novidades para motivar ou adornar seu texto. Agora todo mundo pode fazer isso num par de cliques. Além do mais, o cronista podia também exibir-se um pouco, o que talvez trouxesse algum benefício ao combalido Narciso que carrega n'alma, além de realçar-lhe a reputação. Somente alguns poucos, entre os quais ele, tinha tal ou qual informação, ou lembrava certos pormenores, em relação ao assunto comentado. O Google acabou com isso e quem hoje em dia chegar ao extremo de escrever algo do tipo "você sabia?" se arrisca a desmoralização instantânea.

  • Escola renovada

    É sabido que, durante os primeiros séculos de vida, o nosso país tinha características coloniais, impostas pelo domínio de Portugal. A partir de 1808, com a vinda de D. João VI e sua corte, vivemos o princípio da evolução cultural, com obras como a Biblioteca Nacional, o Observatório Nacional, a Academia de Guardas-Marinha e tantas outras instituições que foram fundamentais para o deslanche do nosso desenvolvimento.

  • O pós-PT

    Nos preparativos para a campanha presidencial do próximo ano, cujos primeiros passos já começam a ser dados, o PPS, uma pequena sigla partidária, destaca-se na tentativa de aglutinar as forças do que chama de “esquerda democrática” em torno de um projeto para derrotar “esse bloco que está aí no governo”.

  • Fora do lugar

    Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal está sendo chamado pelos políticos a dar a última palavra sobre temas que estavam para ser decididos no Congresso e não o foram, pela incapacidade de negociação política ou que terminaram em impasse, como no caso dos royalties do petróleo. Mas há casos mais graves, em que os políticos chamam os juízes para decidir procedimentos internos do Congresso, como é o caso da eleição do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

  • Os passos de cada um

    “Para de me dar corda”, comentou sorridente o governador de Pernambuco Eduardo Campos para o senador Aécio Neves, que cochichava alguma coisa no seu ouvido. Os dois são potenciais candidatos à presidência da República em 2014, e cada um está tratando de pavimentar seu caminho com negociações mais ou menos explícitas. Aécio Neves com menos exposição, a ponto de provocar em seus próprios companheiros de PSDB comentários de que estaria muito retraído, mineiro demais para o gosto de alguns.

  • Arte e cultura em Tiradentes

    Mário Mendonça vive para a pintura há mais de meio século.  Suas obras notáveis, especialmente sob a inspiração de D. Quixote, correm mundo, com um estilo pessoal que valoriza  também a arte sacra.  Adotado pela  cidade  mineira de Tiradentes, nela instalou o incrível Museu Mário Mendonça, com preciosidades em quadros e esculturas de valor internacional.  Isso não exclui paisagens belíssimas, que constam da sua obra, como  as que pintou  na Bulgária.

  • Diálogos decisivos

    Embora tenha sido antecipada exoticamente pelo próprio governo, contra todas as melhores regras da tradição política, a sucessão presidencial ainda está num estágio incipiente para os principais candidatos a adversários da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a ex-senadora Marina Silva está em plena luta para criar uma sigla que possa chamar de sua, o governador de Pernambuco Eduardo Campos e o senador mineiro Aécio Neves tentam se organizar dentro de seus próprios terrenos para, a partir daí, se jogarem mais seguramente na tentativa de vencer a máquina governamental, que já está funcionando à toda.

  • No limiar da guerra de religiões

    Vem de terminar, em Viena, o V Fórum da Aliança das Civilizações, promovido pelas Nações Unidas, para buscar a renovação do diálogo, ou do entendimento internacional, visceralmente atingido pelo 11 de setembro, pelo avanço do terrorismo e por uma eventual guerra das religiões. A conferência evitou os lugares-comuns de discursos da boa-vontade, na reiteração das intenções de abertura, e da retórica do óbvio. E, a partir, sobretudo, de reiterar-se a afirmação dos direitos humanos, na clássica previsão da concórdia, e da visão convencional do outro.  É nesta própria reciprocidade de perspectivas que se apoiou uma visão da racionalidade ocidental, que clama por um direito essencial hoje em dia, qual o da diferença, inexistente na Declaração Universal, organizada no meio do século passado. O terrorista é este personagem, hoje, congênito à pós-modernidade, enquanto quer forçar o reconhecimento do outro, e sua difícil coexistência nos conflitos culturais. Exasperam-se no horizonte próximo da “guerra de religiões”, e na continuação, depois da Al-Qaeda, do movimento do Boko Haram, na Nigéria, ou dos extremistas do Mali.

  • A visão de Campos

    Aquela que um dia pareceu ser uma chapa possível para a disputa da presidência da República – Aécio Neves na cabeça e Eduardo Campos de vice – tornou-se uma combinação improvável para a disputa de 2014, mais pelo crescimento do governador de Pernambuco, que hoje é uma alternativa real de contraponto à reeleição de Dilma Rousseff, e não aceita ser vice nem mesmo na chapa oficial. Falta, porém, definir em que campo ele exercerá o papel de oposição.

  • Os trunfos do PSDB

    O senador Aécio Neves também vem se movimentando nos bastidores para pavimentar possíveis acordos partidários quando sua candidatura à Presidência da República for confirmada oficialmente pelo PSDB. Joga com os mesmos descontentamentos que seu provável adversário Eduardo Campos vem tentando explorar na aliança governista, e ambos dependem também da economia para viabilizar suas candidaturas.

  • Deslealdade federativa

    A ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que o governo do Estado do Rio ajuizou no Supremo Tribunal Federal contra a nova legislação de distribuição dos royalties do petróleo, preparada pelo constitucionalista Luis Roberto Barroso, está baseada em dois aspectos:

  • Meio cheio, meio vazio

    É possível definir o encontro entre o senador Aécio Neves e o ex-governador José Serra, ocorrido segunda-feira em São Paulo, como sendo o primeiro passo de uma longa caminhada rumo à pacificação do PSDB. Mas essa seria a escolha de um otimista incurável. É possível, por outro lado, considerar a indefinição de Serra a respeito da candidatura de Aécio à Presidência da República em 2014 como um sinal de que essa pacificação está longe de acontecer, mas essa seria uma escolha de um pessimista.